A procura de um Anjo LIVRO 1: Anjo Caído

Capítulo 8

Jhulie

-Em uma cidade pequena a onde vivia... – Alicia começou a narrar.

Eu não estava nervosa. Eu estava preocupada com Tristan. Eu não sentia sua presença.

-Ó minha bela e amada princesa Marilia. Estava com tanta saudade. Não via a hora de retornar para você. – Disse Marlon em seu personagem de príncipe Zareck.

Alicia foi para o centro do palco e nós fomos para o canto enquanto ela prosseguia com a historia.

-Princesa Marilia não sentia saudade do príncipe Zareck, já que ela estava ocupada nesse meio tempo.

Alicia foi para o canto e eu fui andando lentamente para o centro como se caminhasse tranquilamente.

-Princesa Marilia! – Chamou Tomi que era o Jeremy Gollen.

-Olá Gollen. – Parei de caminhar e olhei para atrás onde Tomi estava.

Ele veio em minha direção como se fosse me abraçar. Dei dois passos atrás e balancei um de meus dedos em sinal negativo e disse.

-Não... Não. O príncipe acabou de chegar. Eu sou uma mulher compromissada.

-Eu posso dar um jeito nisso.

-Como?

-Logo você vera.

Fomos para o canto e Alicia foi para o centro novamente.

Felizmente fiquei um pouco sem aparecer enquanto os outros faziam seus personagens.

-E nessa linda noite que a lua brilhava tanto. Aconteceu. – Disse Alicia. Um dos garotos ergueu um papelão onde estava desenhado uma lua.

Eu e Marlon entramos novamente. Ele me puxou para um abraço e disse.

-Eu te amo tanto. Princesa Marilia.

-Com licença. – Pediu Jeremy.

Franzi a testa como mandava o meu texto e perguntei.

-O que faz aqui Gollen?

-Eu disse que daria um jeito.

Zareck que era Marlon virou-se para Tomi e perguntou.

-E daria jeito em que?

Tomi se aproximou de Marlon e fincou uma faca em seu peito. No mesmo momento eu e Marlon gritamos.

-Não!

Empurrei Tomi e me sentei ao lado de Marlon que estava de olhos abertos como alguém que morreu, ele parecia até não respirar.

E a tinta vermelha dominava sua roupa e já pingava no chão.

Pinguei colírio em meus olhos e logo já estava chorando.

-Não! Não! – Gritei a meio a soluços falsos.

Era para Tomi falar "Não chores, fiz o que era o certo." Mas não. Ele franziu a testa e encostou em Marlon e na tinta vermelha que parecia ser

sangue. – Tomi levou suas mãos sujas de tinta até próximos a suas narinas e depois sussurrou para mim.

-Ele está morto de verdade, Jhulie.

Escutei o grito de pavor de Alicia e então comecei a chorar de verdade olhando para minhas mãos que continham o sangue de Marlon.

Começou um verdadeiro caos. Eram gritos de pavor, gente correndo, gente que perguntava o que estava acontecendo.

Tomi me ajudou a me levantar e a cena do teatro a onde Tomi fincou a faca no peito de Marlon dominaram minha mente. Tomi havia matado Marlon.