A procura de um Anjo LIVRO 1: Anjo Caído

Capítulo 20

Jhulie

Estava com um vestido preto simples, meus cabelos estavam presos em um perfeito coque. Olhei-me no espelho e não vi aquela garota que meses e meses atrás ficava ansiosa para chegar o natal e poder viajar com seus pais, para visitar sua avó. Aquela garota a qual amava assistir filme a tarde junto com sua família e seus amigos, mas agora as coisas mudaram, mudaram rápido de mais. As coisas que eu tanto amava se foram. Deixando uma parte de mim destruída.

Pelo reflexo do espelho vi Tomi na batente da porta. Ele usava um terno preto.

-Vamos.

-Já vou. – Eu disse.

Ele saiu, e eu fiquei mais um pouco me encarando no espelho. Hoje seria o Funeral de Tia Diana.

A policia disse que Diana havia se matado, isso por que Ariel havia os persuadido. Era bom, assim a policia não precisaria investigar mais e o funeral poderia ser hoje. Por que, sinceramente não sei se aguentaria esperar mais para isso.

Desci as escadas. Tomi me esperava.

-Estou com meu carro aqui, vou levá-la para o cemitério.

Respirei fundo e assenti.

Entramos no carro de Tomi o mazda rx7 vermelho.

Antes de Tomi dar a partida ele acariciou meu rosto.

Ninguém disse nada no trajeto para o cemitério. Sai do carro e Carolaine me recebeu com um abraço. Logo Alicia também me abraçou, ela usava gesso na perna. Depois Matt que abraçou fortemente. Segurei minhas lagrimas que já estavam prontas para cair.

Entramos na igreja perto do cemitério. Quando eu vi o corpo de Diana sendo velado, eu corri para perto dela. Era como uma lembrança que tinha de meus pais. Nenhum parente de Diana veio, era apenas eu e meus amigos.

Depois de horas na igreja chegou a hora de enterrá-la. A lapide dela ficava próxima a dos meus pais. Como eu queria gritar e não deixá-los colocar Diana dentro da terra. Ela tinha que ficar comigo, viva.

Todos me observavam enquanto eu caminhava na lapide de tia Diana. Coloquei duas rosas. Olhei para o lado e vi a lapide de meus pais. Fui até lá me abaixei e coloquei as outras duas rosas. Então assim comecei a chorar.

Quem mais tirariam de mim? Não aguento mais isso. Tudo foi minha culpa. Eu quem matei meus pais e eu quem matei Diana e mais um monte de pessoas. Até quando?

Levantei-me e avistei Tomi, ele era o mais próximo de mim. Corri para seus braços. Eu precisava sentir-me segura. E com ele eu me sentia.

Tomi me levou para casa. Ele não ficou, pois tinha que ir em sua casa pegar algumas roupas, e depois voltaria.

Escutei batidas na porta. Eu abri a porta. Era Um homem de cabelos grisalhos, um pouco mais alto que eu. Havia um garoto atrás dele, deve ter a minha idade, ele tinha os cabelos pretos como os meus, seus olhos eram cinzas, era um pouco alto e encorpado. Suas roupas eram pretas.

-Olá Jhulie. – Disse o homem.

-Tio Jhon?