Capítulo 12

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Jhulie

Estava na mesma floresta a onde encontrava Elisabeth.

Foi estranho, quase doloroso quando sai do corpo e apareci aqui.

Desde que cheguei não consegui me mover. Era como se meus pés estivessem colados no chão.

Avistei um homem, cabelos ruivos, seus olhos eram alaranjados, ele como Tristan tinha asas pretas.

-Quem é você? – Perguntei.

-Ariel. Vou protegê-la enquanto Tristan não estiver.

Ariel? Lembro-me uma vez que Tristan havia falado esse nome. Acho que Ariel é de confiança.

-Por que não consigo me mexer? – Perguntei.

-Porque você não acredita completamente que está aqui. Jhulie, eu agradeço por querer ajudar Tristan.

-Tudo que eu puder fazer eu farei. E... Eu acredito que estou aqui.

-No fundo você não acredita.

Ariel tinha razão. No fundo eu ainda pensava que estava em um sonho,

ou talvez em um pesadelo.

Concentrei-me e deixei bem claro em minha mente que tudo era real.

Eu estava sim em um mundo onde algumas pessoas não acreditam, ou talvez tenham medo de acreditar.

Qual seria o nome do lugar onde eu estou? Aonde os espíritos vão para descansar. Paraíso? Mas isso não estava parecendo o paraíso. Não deveria estar cheio de "pessoas"? Um enorme lago, algumas pessoas na beirada dele assistindo o nascer do sol? Um nascer do sol, porem não na terra? Aqui seria o mundo do além? Eu preciso acreditar que estou aqui, mas que lugar é esse

que eu tenho que acreditar?

Certo. Estou em uma floresta, onde Elisabeth estava antes. Estou aqui, pois tenho que salvar Tristan. Eu estou aqui. Não é um sonho. Estou aqui.

Olhei para Ariel e consegui dar um passo em sua direção, depois outro e mais outro até parar em sua frente.

Iara e Alberto, meus pais. Se eu estou no mundo dos espíritos então significa que eu possa vê-los?

-Ariel, eu posso ver meus pais? – Perguntei.

-Talvez. Eles estão no paraíso. Talvez eu consiga com Gabriel um dos lideres do conselho permissão que eles venham até você.

-Obrigada.

-Mas...

Sempre tem a porcaria do "mas".

-Qual o problema?

-Se Kematian descobrir que você está aqui, poderá ocorrer problemas.

-Por quê?

-Sabe o que o nome dele significa?

-Não.

-Significa morte.

Deveria sentir medo, mas eu não sentia nada. Nenhum sentimento, até minha voz saia monótona.

-E o que tem se ele descobrir? – Perguntei.

-Não era para você estar aqui.

-Acho que entendi. Isso é ruim.

-Muito. Ele pode fazê-la ficar aqui para sempre.

A procura de um Anjo LIVRO 1: Anjo CaídoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant