A procura de um Anjo LIVRO 1: Anjo Caído

Capítulo 19

Elisabeth

-Tristan não está salvo. – Ariel disse para Elisabeth.

-Eu sei. Eu vou salva-lo. Algo me diz que Jhulie não está a salvo, e ela precisa de mais alguém para protegê-la.

-Você também sente isso? – Perguntou Ariel.

Elisabeth assentiu. Eles sentiam algo estranho, maligno ao redor de Jhulie.

-Se já não fosse o suficiente ela ter que lidar com o problema da maldição que Miranda colocou na gente.

-Você tem razão. Carolaine terá que ajudá-la.

-E eu também vou ajudá-la, mas uma coisa de cada vez. Primeiro devo encontrar Tristan.

-Eu a ajudo.

Elisabeth sorriu para Ariel e disse.

-Obrigada. Eu vou precisar, mas tenho que avisar Jhulie, quando ela adormece, eu a trarei para mim.

-Está certa. E ela está muito abalada. Diana está morta.

- No momento em que eu quase a matei, eu sabia que ela ia morrer. E provavelmente Jhulie estará super brava comigo.

-Pode ter certeza.

Elisabeth olhou novamente para Ariel e começou a rir.

Jhulie

Tomi me levou para casa. Aquela casa que estava tão estranha, vazia, quieta. Diana deveria vir ao meu encontro e perguntar onde eu estava até essas horas. Eu iria sorrir e daria uma desculpa. Tia Diana daria um pequeno sermão e mandaria ir dormi.

-Vá tomar um banho. – Ordenou Tomi. – Estarei aqui.

Eu assenti e subi as escadas que levavam para meu quarto.

Alicia havia ido para sua casa, tomar um banho e depois passaria no medico para cuidar de sua perna. Por sorte o meu ferimento na perna não era tão grave como parecia, talvez era apenas mais uma ilusão. Matt e Carolaine iriam cuidar do corpo de Diana para que então pudéssemos fazer o funeral dela.

Funeral...? Essa palavra doía tanto em mim.

Peguei umas roupas e fui para o banheiro.

Olhei no espelho a moça que aparecia no reflexo era tão diferente de mim. Seus olhos estavam avermelhados como o nariz. Seu rosto estava todo machucado, com manchas de sangue. Seu cabelo estava tão bagunçado. Ela parecia tão triste.

Liguei o chuveiro no quente, para ver se assim conseguia me aquecer um pouco. Quando a água quente tocou minha pele, foi que percebi que eu estava gelada. Estava quase como Diana estava.

Respirei fundo e deixei a água escorrer pelo meu rosto até aos pés.

Ah como isso era bom...

Sai do chuveiro, me enxuguei coloquei minhas roupas e nem olhei para o espelho ao sair do banheiro.

Olhei para meu quarto vazio e senti medo. Eu não sabia o porquê esse sentimento tão repentino. Sai do quarto e correndo desci as escadas. Não queria ficar mais nenhum segundo sozinha em meu quarto.

Trombei com Tomi ao virar da sala para a cozinha. Ele segurava uma xícara.

-Chocolate quente. – Ele disse estendendo para mim.

Eu assenti e peguei a xícara. O acompanhei até a sala. Sentamo-nos no sofá.

-Você ficara aqui hoje? – Perguntei e tomei um gole de chocolate quente. Eu estava com medo de ficar sozinha.