Capítulo 8

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Querendo ou não naquele dia eu só lembrava de Kevin e no que ele me disse naquela madrugada. Eu achava errado está pensando nele enquanto minha mãe estava morta, mas é que ele me passou segurança.
Terminei o trabalho, fomos mandando de volta a cabana, e tentei dormir, sabendo que as 3 horas Kevin iria me acordar e me levar para a parede de um galpão imenso.
E assim foi feito, dormia quando fui acordava por Kevin.
- Ei, acorde. Está afim de um encontro romântico ? - Ele riu
- É claro

Saímos em silêncio e fomos para o mesmo lugar.
- Hoje eu trouxe dois cobertores extras e chocolate quente.
Hummmm! Chocolate quente, quanto tempo não comia um desses
- Chocolate quente ? É sério ?
- É claro, seria crueldade passar figa em você. - Ele me tampou com o cobertor e me deu um copo cheio de chocolate quente.
- Kevin, obrigado por tudo. - Eu olhei nos fundos de seus olhos.
- Não precisa, é o mínimo que eu posso fazer se eu não posso te tirar daqui e construir uma família com você. - as bochechas deles corou, e a minha também
Família ? O que ? Então realmente ele pensava a mesma coisa que eu.
- Família ? Mas... Kevin, eu não sei o que dizer.
- Sabe, só diga o que eu quero ouvir. - Ele viu minha expressão e continuou. - Eu te amo, Julia. Te amei desde o momento que você se esbarrou em mim.
Ele me amava. Oh meu deus.
- Eu... eu também te amo, Kevin. Te amo. - Não pude conter as lágrimas.
O meu desejo era de segurar naqueles cabelos pretos e beijá-lo como quis fazer no primeiro dia. Por um instante ele ficou me olhando e então me puxou para mais perto de si e me beijou da forma mais suave, o calor que saia daqueles lábios rosados era o que eu mais queria, no começo foi mais suave, mais depois foi ficando mais suave até que paramos.
- Não, não - Eu balancei a cabeça- Isso não pode continuar, é errado, e perigoso.
- Eu sei, mas eu arriscaria qualquer coisa para viver esses pequenos minutos com você.
- Eu também, mas isso pode custar sua vida, ou a minha, ou a de nós dois.
- Não se formos discretos, e isso - Ele levantou as mãos mostrando o mundo dentro da cerca - Uma hora tem que acabar, e quando acabar, a primeira coisa que eu quero fazer, é me casar com você.
Ele me beijou novamente, e assim ficamos, beijando e conversando até eu ir para o meu inferno.

O HolocaustoWhere stories live. Discover now