Capítulo 13

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O lugar onde Kevin estava me levando era lindo, tinha um jardim cheio de flores e árvores, e era bem afastado da casa do comandante.
- Pode ficar tranquila, meu pai nunca vem aqui.
- Ok.
- O que foi com você ? - Ele pegou na minha mão.
- Não sei, o jantar hoje, quero dizer, ontem, foi meio tenso não sei como reagir com você quando tem outras pessoas perto. É difícil essa situação, de dia tenho que fingir que você não é ninguém, e a noite estamos aqui, como deveria ser sempre. - Me senti mal por ter falado aquilo, mas tinha que ser dito.
- Júlia, eu me sinto mal em falar isso mas eu não posso fazer nada, eu tento te manter segura mas não dá, todo lugar que você vai você vai correr perigo, e dói te ver assim, dói saber que você está sofrendo e eu não posso fazer nada. Se você achar isso arriscado tudo bem, não te obrigo a nada.
- Saiba que eu te amo, e sempre vou te amar, obrigada por tudo que você fez por mim, mais é arriscado tanto para mim como para você. Por favor não ache que eu estou te dispensando, eu te amo e é por isso que eu estou fazendo isso, vai ser bom para nós dois Kevin. - Cheguei mais perto e dei um beijo nele, talvez o último beijo que eu iria ter na vida.
Ele estava chorando, eu não consegui ver aquilo, então eu levantei, e ele falou.
- Júlia, eu também te amo, e vou da um jeito de tirar a gente daqui, eu prometo.
E assim eu fui embora.

O HolocaustoWhere stories live. Discover now