Capitulo 5

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Uma voz acordou-a:
- Joana!! Ei!
Ela abriu os olhos lentamente, levantando-se em seguida com um certo cuidado com o seu ombro cuja razão da dor permanecia desconhecida. Mais uma coisa escondida atrás do tal muro que ela odiava.
-O que foi? - perguntou ela há pessoa
- Tens o raio da assembleia lembraste? - aí ela percebeu mesmo sem olhar que se tratava de Newt.
- Ah pois o raio da assembleia...
- Isso foi para gozar comigo? - perguntou Newt desconfiado
- Não, foi sem querer agora vais tirar-me daqui ou quê?
Ele não respondeu limitando-se a abrir a porta.
- Horrível hum?
- Eu até estava a gostar...- infelizmente ele não se riu
- Lembraste-te de algo? Para além do nome?
Por momentos ela ponderou se podia confiar em Newt. Perguntou-se se deveria contar-lhe as escassas imagens que havia recolhido do seu sonho/recordação ainda não tinha a certeza de que realmente se tratava de uma.
- Não
- Sabes teres batido no Gally não te vai ajudar.
- Mas o que é vocês tem contra mim? Que raio é que eu vos fiz!!??
-Bem chegas aqui com o Minho e de repente cais para o lado e já não te lembras de nada... Hmm deixa cá pensar parece estranho! Já para não falar que apareceste no labirinto do nada. - disse com o tom de voz a aumentar a cada palavra.
Do nada... Ela tinha a certeza que que tinha vindo de algum lado. Não podia simplesmente ter aparecido ali do nada.
- Tens razão. - admitiu calmamente
Andaram os dois em silêncio durante um bom tempo até que Joana decide quebrar o silêncio.
- O que é que te aconteceu há perna?
-Não tens nada haver com isso mete-te na tua vida.
- Simpático...
- Vais fazer o quê? Não há colheres por perto haviso desde já.
Ameaçá-lo com uma colher tinha sido um ato estúpido mas não o ia admitir.
- Está mas é calado!
- Cala-te tu estou farto da tua atitude!
Por esta altura estavam ambos a gritar.
- E eu da tua! Desuses não te suporto!
- Tu és mesmo uma grande/ - mas não chegou a terminar a frase pois Minho interrompeu-o
-EI EI EI o que é que se passa aqui?
-Esta cara de traca dum raio aqui armou-se em esperta.
Ela revirou os olhos a tal acusação. Dando uma gargalhada sarcástica respondeu:
- Não fui só eu seu/
- Acabou! - desta vez foi Alby que apareceu vindo do nada.
Do nada... O enigma ainda pairava nos seus pensamentos...
- Acalmem-se e vamos embora!- gritou Alby
Ambos com os braços cruzados e expressões de ódio nos rostos olharam-se um ao outro.
- Maneta - atirou-lhe Newt
- Pata choca - atirou-lhe Joana.

Ambos seguiram Alby  relutantemente com Minho logo atrás. Quase pareciam estar a ser escoltados. Mal entraram no edifício todos os que se encontravam dentro do mesmo se dirigiram aos seus lugares. Havia um meio círculo de cadeiras e uma no meio virada de frente para as outras.
- Esses chancos precisam de guardas é? - um dos presentes na sala perguntou com uma risada.
- É para ver se não se matam um ao outro. - Afirmou Minho
Tal como lhe indicaram Joana sentou-se na cadeira em frente a todos os outros. Não sabia era se conseguiria permanecer calada muito tempo. Olhou em volta em busca de caras conhecidas. Viu o paspalho do Newt, Minho, Alby e Gally mais conhecido como brutamontes.
Alby deu então início àquilo:
- Estamos aqui reunidos para debater o assunto da Joana. Minho guardião dos exploradores foi testemunha e guiou-a até nós. - Ele fez uma pequena pausa e todos na sala olharam para ela- Infelizmente esta perdeu a memória assim que chegou.
Como ainda não se lembra de nada pedimos ao Minho que conte o que aconteceu.
Os olhares de todos poisaram em Minho, este olhou para ela por uns segundos e de seguida começou a falar:
- Eu estava a correr como de costume quando ouvi o som de um magoador. Como estava longe continuei o meu caminho, passados alguns minutos entrei num grande corredor e esbarrei com esta chanca aqui que a primeira coisa que me disse foi para correr se queria viver. Fui atrás dela e perguntei-lhe o que se passava e ela respondeu-me que estava a ser perseguida por um magoador. - ele fez uma pequena pausa olhando para todos os presentes - chegámos ao fim do corredor e ou virávamos há direita para a clareira ou há esquerda para a secção 8. Ela queria virar há esquerda mas eu insisti com a direita ela disse que por ali seria seguro e eu o mesmo mas no final acabei por puxá-la para a direita. - seguiu-se outra pausa- nesse caminho de volta á clareira ela disse-me "Nunca devia ter voltado a sair... Saio uma vez em meses e isto acontece-me logo!" -todos pararam para olhar para ela com ar desconfiado.- Voltámos para a clareira, ela caiu para o lado e o resto é história.
Seguiram-se uns momentos de pausa. Ela ainda não se lembrava de nada.
- só isso? - perguntou alguém
- sim
- mais nada?? Não falaram nada no caminho todo??!!- perguntou Alby um pouco zangado.
- Falar e correr pela vida ao mesmo tempo não costuma resultar estava a contar falar com ela quando chegássemos.
-Bem não resultou - disse Newt sem qualquer tipo de emoção
- Obrigadinho capitão óbvio.
- Bem por esse lado não há nada a fazer mas bateste no Gally ou seja quebraste uma das nossas maiores regras...
Ela revirou os olhos não tendo paciência para aquele assunto.
Só lhe faltava aquilo. Estava naquela situação e o que eles decidiram foi prendê-la e acusa-la. Para ela nada daquilo fazia sentido. E o pior ainda estava para vir.

NEWT
A história fazia sentido só faltava encaixar a parte dela.
Agora falta o assunto do Gally que acho estúpido estar a ser debatido agora mas quem manda é o Alby.
- Eu digo 1 semana na choça! - gritou o Winston
A Joana levantou de imediato a cabeça com um ar apavorado e confuso.
- Eu digo duas! - gritou outra pessoa que não consegui identificar
- CALADOS - Gritou Alby
- Gally qual é a tua opinião já que foste o 1º rapaz a levar uma tareia de uma miúda
Ouviram-se risos abafados de todos os lados. Joana mantinha-se sentada e calada sem mostrar registos da sua expressão de há segundos.
Gally levantou a cabeça e quase que sorrio.
- Expulsão. - todos se calaram- Mandem-na embora. - seguiu-se outro momento de silêncio.
Eu posso não gostar muito dela mas gosto ainda menos do Gally e acima de tudo acho injusto apesar de tudo. Pata choca... O insulto não me saía da cabeça por alguma razão.
Infelizmente Gally continuou:
- Ela até queria sair! Ela nem veio da caixa mandem-na embora não há razão para ela ficar...
- Não a vamos abandonar. A miúda não tem memória queres abandoná-la naquele labirinto! - disse Frypan
- Ele tem uma certa razão a miúda não pertence aqui nem sabemos se é uma armadilha.- sugeriu Winston.
Joana revirou os olhos
-Sim eu sou um monstro vim para vos matar! Fujam todos eu mordo! - disse ela com um ar sarcástico.
Eu quase que dei uma gargalhada mas contive-me.
- O raio miúda não dura um dia lá dentro sem memória! Ela é tão fraca não a vamos abandonar! - acabei por dizer
- sim tens razão a miúda é fraca.
- hm a miúda está aqui! - disse ela sendo completamente ignorada.
Rebentou então uma discussão, todos falavam ao mesmo tempo. Para sorte da Joana metade dos guardiões estavam do lado dela entre eles eu, Frypan e Minho. O que já era uma sorte.
Por fim Alby pôs fim há discussão.
- eu tenho que ponderar.
Aí era capaz de jurar que ela se ia passando mas para minha surpresa conteve-se.
-Vou pensar, por enquanto ponham-na na choça Newt, Minho e Frypan já que estão do lado dela estão encarregados da comida. Eu tenho de tomar uma decisão.
Assembleia encerrada.

JOANA
Ela não podia acreditar. Minho foi ter com ela e sorrio-lhe. Newt por outro lado limitou-se a passar por ela. Gally chocou propositadamente com ela mostrando-lhe um sorriso maléfico que ela reconhecia provavelmente de um filme que vira algures antes de tudo aquilo.

Desta vez foi Frypan quem a levou para a choça revelando-se bastante simpático.
E lá estava ela de volta àquela prisão esperando o seu destino.

No lugar erradoWhere stories live. Discover now