Capítulo 03

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No dia seguinte...

Todas as minhas aulas, como de custume, foram chatas.

Assim que cheguei em casa, resolvi colocar um filme para relaxar.

Estava assistindo — incrivelmente — A Última Música quando... tocaram a campainha!!

Oh meu Deus, quando eu vou ter sossêgo? Parece que sempre quando eu estou calma e tranquila, essa campainha toca!

Eu estava com uma imensa vontade de gritar de raiva e expulsar quem quer que esteja tocando essa maldita campainha, mas me contive e coloquei um sorriso sarcástico no rosto e fui atender a porta.

Quando abri dei de cara com o Guilherme. O Guilherme!

O que esse garoto faz de novo aqui, batendo no meu portão!? Ninguém merece!

Tudo que fiz foi sentir mais raiva ainda, se é que isso fosse possível. Estava com uma imensative vontade de fechar a porta na cara dele de novo,mas resolvi expulsa-lo sem precisar bater a porta na cara dele. Afinal, eu não sou tão ruim assim, só estou com raiva.

— Olha, se você veio aqui pra assistir filminho, pode ir dando meia volta! Eu posso não ter um Pitbull aqui mais posso chamar o gato da minha vizinha, e ele pode te dar umas unhadas e...

— Eu só vim acompanhar a Bi e o Sam. — ele me interrompeu, parecia não querer brigar comigo dessa vez. Olhei a atrás dele e vi que a Bianca e o Samuel estavam mesmo lá. Nossa eu só dou fora mesmo...

Confesso que fiquei um pouco sem graça, então sorri meio envergonhada.

— Ahn... er... podem entrar. — dei passagem, e eles entraram e logo se sentaram no sofá.

— E você está fazendo o que? — perguntou a Bianca.

— Assistindo, ahn... — estava com vergonha de falar que estava assistindo um filme romântico. Logo eu que sempre digo o quanto destesto filmes românticos. — Ahn...

— A última música! — a Bi completou, muito animada. Claro, ela ama romances. — Que milagre você assistindo a filmes românticos. Hum e ainda tem Nutella!

— Não vai di... — o Samuel foi interrompido pela campainha tocando.

Affe! Agora é sempre isso!?

— Será se eu não posso mais ter paz?! — sussurrei enquanto ia atender. Abri a porta e dei de cara com a minha irmã mais velha, Yasmin, que mantinha um sorriso perfeito no rosto, suspirei e forcei um sorriso.

— Oi Yasmin... — falei desanimada.

— Oi Jade! — ela logo me puxou para um abraço apertado, como se não nos vissemos a meses. — Tenho uma surpresinha maravilhosa para você! — disse toda empolgada, e já foi entrando e cumprimentando todos com muito amor.

— E então Yasmin que surpresa é essa? — perguntei.

— Bom... lembra da nossa aposta? aquela sobre a sua mãe e tal? — disse ela se referindo a uma aposta que fizemos a três anos atrás*.

Ela tentaria encontrar meus pais biológicos, e caso meus pais fossem uns desnaturados eu ganharia a oposta, e se eu perdesse eu teria que beijar o Guilherme. A Yasmin sempre pensou que eu e o Guilherme tivessemos algo — até hoje ela pensa isso —, então fez essa proposta.

— Hum... acho que me lembro mais o que tem a ver? — me fiz de esquecida para, talvez, ela esquecesse disso. Mas é claro que não deu certo.

— É que a aposta ainda está de pé. E não se esqueça que se eu ganhar você vai ter que beijar o Guilherme. — disse a Yasmin toda felizinha da vida, e eu e o Guilherme nos olhamos. Eu é que não vou beijar o Guilherme!!

Nos caminhos do Senhor Where stories live. Discover now