Capítulo 35 - Douglas decide confessar

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[Em revisão]

William pensou que sua nova ideia de expor Douglas na TV havia falhado, porque não tivera nenhuma informação desde anunciada a busca oficial por ele e seu suposto cúmplice. Portanto, meio frustrado, rumou-se a seu apartamento e torceu para que as coisas andassem mais rápidas pelo menos no outro dia.

Mas a boa notícia chegara mais cedo que o sol.

William havia recebido a ligação de Robson naquela madrugada e sua inquietação foi difícil de ser controlada.

O detetive queria saber mais, muito mais que aquilo que Robson lhe contara, mas o pobre coitado parecia estar tão desesperado que mal conseguira relatar o pouco que entendera.

"Então quer dizer que Douglas desistiu da brincadeira?"

- Acho que pressioná-lo através da mídia funcionou - sussurrou para consigo mesmo.

Segundo Robson, Douglas estava na Cidade Esperança, e em breve se entregaria.

O detetive não sabia traduzir em horas e minutos o "breve" usado por Douglas, mas pulou de sua cama e foi para o banheiro tomar um banho frio, fazia calor, mesmo com a chuva que caia lá fora, mas a temperatura fria da água ajudá-lo-ia a ficar atento e acordado. William precisava estar energizado, afinal, seu desejo de ter o pescoço de Douglas envolto numa corda prestes a enforcá-lo, estava perto de ser concedido.

Quando William chegou à delegacia e a porta do elevador se abriu no Departamento de Homicídios, notou um pequeno grupo aglomerado na sala de espera. Eram os mesmos jovens que encontrara na FHCE na Noite do Jogo, com exceção, claro, de Douglas. Ele apareceria mais tarde.

Ouviu alguns deles reclamando do estacionamento, o qual estava em reforma e tiveram que deixar seus respectivos carros no meio da área não pavimentava. A chuva, que já havia cessado bastante, ajudou a aumentar a frustração dos amigos que tiveram que pisar no barro e esfregar seus sapatos nos tapetes duros e altamente rugosos da delegacia.

O detetive William não gostou daquela movimentação, queria conversar com Robson, pois Douglas havia se comunicado exclusivamente com ele. Perguntou-se porque todo o grupo estava ali. Só foi entender quando chamou Robson em sua sala, e ele explicou ao detetive que estavam reunidos em sua casa no instante em que William apareceu no jornal e comunicou a busca oficial de Douglas e seu suposto parceiro.

Depois dessa conversa, William se encaminhou à sala de espera e deu um aviso geral aos jovens atônitos.

- Obrigado por terem vindo e comunicado o contato que Douglas fez com vocês, agora preciso que vão para suas respectivas casas e deixem conosco a partir de agora...

Neste exato momento um policial entrou em contato com William via rádio.

- Detetive William. Capturamos o suspeito, Douglas de Lima Acanho, caminhando próximo à rodoviária Rodocenter. Está sozinho e disse que só falaria com o senhor. Disse que a essa altura o senhor já sabe que ele se entregaria.

- Positivo. Tragam-no para cá, imediatamente - William respondeu, fazendo uma varredura com os olhos pela sala. Com certeza o seu pedido para que fossem embora não seria atendido. Todos ali haviam percebido o que estava acontecendo.

Em breve o culpado de tudo aquilo estaria atrás das grades!

**********

Douglas estava algemado e era escoltado por dois policiais fortes até a sala de interrogatórios do departamento de Homicídios.

Seu rosto estava vermelho e brilhava por causa da pele oleosa banhada por lágrimas.

Tentou abaixar a cabeça, fugindo dos olhares que o fulminavam, mas foi inevitável não fitar os olhos de Robson, que chorava copiosamente com aquela cena, enquanto os demais apenas sustentavam expressões assustadas em seus rostos.

O Cúmplice e o Assassino (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora