Capítulo 37 - A jogada final

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[Em revisão]

William estava cansado, mas só descansaria depois de solucionar os crimes, obviamente. Convocou alguns policiais para que acompanhassem a reconstituição da cena do crime.

Os jovens envolvidos nos dois casos foram devidamente informados e escoltados até àquele bloco da FHCE para reviver o terror.

Tudo ali seria registrado através de fotos e vídeos para, segundo William, explicar melhor ao público como tudo ocorrera, mas na verdade sua intensão ali era outra.

William nunca havia trabalhado daquela maneira, mas não achou de todo ruim finalizar o caso de forma teatral.

Antes de começar, o detetive fitou os vários rostos que estavam ali, e foi capaz de captar várias expressões. Vocês não perdem por esperar. Fez sua apresentação e deu uma pequena introdução dos fatos. Explicou superficialmente o que estava prestes a acontecer e disse:

- Agora, vocês devem ir até a sala em que escolheram na Noite do Jogo, mas não entrem, apenas fiquem postos de costas para a porta e aguardem.

- E o que eu faço, senhor? - Andrew perguntou.

- Permaneça no centro do corredor, já que foi assim que aconteceu.

Andrew obedeceu.

A voz de William chegou a ecoar no corredor devido ao silêncio que se fez depois dos ruídos de passos. Ninguém se atrevia a murmurar.

Havia duas salas "vazias", ou melhor, duas portas não escolhidas. Uma era a de Juliet. A outra era a que Douglas estivera antes.

Todos encaravam a porta onde Douglas deveria estar, por um momento aquilo parecia mais curioso do que a porta faltando de Juliet.

Quando todo mundo estava em seus devidos lugares, intrigados com a encenação que viria, William deu uma ordem a um policial:

- Pode trazê-lo.

Douglas apareceu, vinha escoltado. Estava algemado e passou de cabeça baixa, não querendo receber tantos olhares fulminantes e acusadores em cima de si. Foi posicionado, junto do policial, de costas para a porta da sala em que estivera na Noite do Jogo.

Ninguém ousou falar, mantinham suas expressões com olhares gelados e corações batendo mais rápido. O de Douglas também batia forte, mas neste caso, não era porque estava sendo exposto como assassino, o coração dele pulsava de ódio e de excitação, porque estaria livre e veria a punição justa acontecer em alguns minutos.

- Agora que estão todos em seus lugares, gostaria que demonstrassem como agiram na noite em que Juliet fora assassinada. Ao que me lembro, a brincadeira começava com o Cúmplice, portanto, Andrew, nos explique como foi que fez.

- Bom... eu havia pensado por um tempo - disse, olhando para todos a sua volta. - E acabei escolhendo o Dênis para ser o Assassino do Jogo.

- Ok, então mova-se até aqui.

Andrew fez, postando-se ao lado de Dênis.

- E agora você, Dênis, o que fez depois que Andrew o escolheu?

- Eu disse a ele que... eu mataria Juliet. Então peguei os disfarces no meio do corredor e fui até a sala dela para cumprir com a brincadeira. E depois disso eu me encaminhei até a sala de Lúcia para... vocês sabem... beijar ela.

- Muito bem, então nos mostre como fez.

Dênis saiu de perto de Andrew e foi até o centro do corredor, como se para resgatar o disfarce hipotético, depois disso ele foi até a sala de Juliet e parou.

O Cúmplice e o Assassino (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora