Capítulo 8

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Luke Lennox

Eu nunca em toda a minha vida havia me sentido tão bem quanto agora, isso sem dúvidas explica o porquê de Dom e Amanda parecerem dois coelhos quando estavam juntos, explica o porquê minha irmã Lizzie ter ficado em Londres, não que eu gostasse de pensar muito a respeito. E explicava o porquê o meu pai e minha mãe quando brigavam, ficavam trancados no escritório e depois saiam de lá sorrindo um para o outro; não que eu quisesse pensar muito nisso também.

Mas cara, o sexo sem dúvidas podia fazer a cabeça de um homem. Era algo viciante, que quando você prova não consegue mais ficar sem. Sem contar que toma conta da sua mente, eu não conseguia parar de pensar, lembrar e desejar Sarah com mais avidez do que antes de prova-la. E eu que pensei que depois que eu saciasse a minha fome dela ficaria satisfeito. Que ledo engano, ela era como cocaína, metanfetamina, ou como qualquer outra droga. Depois que você prova pela primeira vez, depois que passa por aquela sensação de pura euforia, você nunca mais consegue ficar sem, fica ansioso pela próxima dose.

— Meu filho você está distraído. — Minha mãe me alertou na mesa de jantar.

— Desculpe mãe, o que disse?

— Disse que você está distraído.

— Só estou pensando no trabalho. — Ela me encarou com aquele olhar de raio X que só Nicolle Lennox tinha. Ela era observadora ao extremo e por Deus até mesmo Sherlock Holmes ficaria com inveja de minha mãe, porque Deus me perdoe, mas a maldita sabia quando estávamos mentindo.

— No trabalho? Sei... — Ela pegou a taça de vinho e bebeu um pouco, observando-me por cima da taça.

— Deixe o garoto baby, deve ter um rabo de saia na cabeça. — Comentou meu pai.

— Eu não... só estou concentrado no trabalho, só isso.

— Foi a sua preocupação com o trabalho que o fez desaparecer por horas segunda-feira? — Deus eu como sendo o único filho adulto que restou na casa, era eu quem sofria com esses interrogatórios sobre minha vida pessoal.

— Eu estava apenas relaxando perto do lago, já disse. — Encarei minha irmãzinha caçula Julianne e senti inveja dela por ter apenas dez anos e estar livre desse tipo de pergunta, pelo menos por mais uns seis anos.

— Relaxando por quatro horas? — Disse meu pai e riu.

— Porque vocês estão me fazendo tantas perguntas? — Questionei impaciente.

— Não fique irritado meu filho, é que nunca o vimos tão distraído assim, se não o conhecesse tão bem diria que você está apaixonado. — Comentou minha mãe.

— Eu não estou apaixonado. Nunca fiquei apaixonado mãe. Vocês sabem que não acredito nessas coisas. — Disse olhando de um para o outro.

— Um milagre pode acontecer na vida de um ateu, mesmo que ele não acredite. — Observou meu pai.

— Isso não tem nada a ver, eu acredito em Deus.

— Eu sei meu Luke isso foi apenas um exemplo. — Disse meu pai.

— Eu ficaria feliz se você se apaixonasse, mesmo que isso me matasse de ciúmes, você sempre vai ser meu bebê e acho que não existe mulher alguma que o mereça. — Disse minha mãe.

— Depois eu é que sou insano quando Elena se casou... — Bufou meu pai. — Depois eu é que sou o neurótico quando tentei proteger a Lizzie e que Deus me ajude do que você irá me chamar quando for a vez da Julianne... — Falou meu pai para a minha mãe. — Mas quem sabe eu dê sorte e Julianne entre para um convento.

Atração Irresistível - Série Lennox - Livro 7Where stories live. Discover now