Continuação...

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Oii leitores, estão gostando de Perigoso?
Espero que sim pq escrevo com todo amor.
Acompanhem e enlouqueçam bjz
Essa página é uma continuação do capitulo 17 por isso está pequena.


Alexa
- Mamãe?

Eu escuto passos na sala, já é noite e meus pais já estavam dormindo.

Era para eu ter medo do escuro ou de escutar algo que não devia estar lá.
Mamãe sempre me disse que eu não precisava ter medo de nada. Mas eu não tinha. Eu nunca tive.

As pessoas dizem que temos medo do desconhecido. Mas eu acho que não.

Porque uma criança não tem medo do bicho papão ou de algo que possa lhe fazer algum mal.
Se um estranho puxa uma criança para um canto e oferece um doce, ela vai.

Então eu acredito que temos medo daquilo que conhecemos. Nossa mente imagina várias imagens, cenas horripilantes de filmes de terror ou algum conto que ouvimos por ai.
E então, baw! Criamos um monstro imaginário.

Eu escuto mais passos se aproximarem de meu quarto e meu coração gela.
Você diria," porque tanto medo? Podem ser apenas seus pais!"

Eu olho para o lado e meu abujur ilumina um fotografia ,uma foto de minha mãe comigo em seu colo.
Eu devia ter meus 2 anos de idade.
Então tudo vem, mamãe não está comigo mais. Ela não está em nossas vidas.

Minha mãe morreu de câncer de mama quando eu tinha 3 anos e meio, quase quatro. Há 2 anos atrás.
Ela era minha heroína, ela me salvou.

O medo vem, é inevitável.
Porque eu sei o que está por vir.
Eu não tenho medo do bicho papão, do freddy gruger o rei dos pesadelos ou até mesmo do churk.

Eu não tenho medo do escuro, porque eu sei que não há nenhum monstro lá. Eu não preciso olhar em baixo da minha cama, porque nada vai me agarrar.

Os passos param, a maçaneta da minha porta gira.
E meu medo está aqui.
Eu não tenho medo de muitas coisas. Mas eu tenho medo de alguém que deveria ser meu herói.

A porta se abre e meu pior pesadelo entra, ele desafivela seu cinto e se aproxima da cama.

- Cadela!

Ele me chinga, eu me enrolo em uma bola embaixo da minha coberta, já chorando.
Eu espero por o que está por vir.

Então quando eu já recebo mais do que posso suportar, com a garganta entupida de minhas lágrimas. Eu solto um grito coxo de clemência.

- Papai pare por favor....

Eu levanto rápido com lágrimas reias em meu rosto.
Passo minhas mãos em meu rosto para apagar o pesadelo quase real.
Faz algum tempo em que não sonho com nada como isso.
Eu olho para o lado quando sinto um toque quente e confortante em minhas costas.

Então me lembro onde estou, e o alívio é imediato.

Sinto seus braços fortes rodeando minha cintura, apóio minhas costas em seu peito firme.

Luke não diz uma palavra, mas eu sei o que ele está dizendo com seus toques.

Ele está dizendo "estou aqui com você", "nada mais vai te machucar".

Mas ele também está fazendo uma pergunta silenciosa. Me dando tempo para contar o pesadelo. Mas não um pesadelo qualquer, um pesadelo que um dia já foi real.
Eu tenho marcas para dizer por mim, tanto emocionais quanto físicas.

PERIGOSO Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz