Capítulo 20

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Mais um capítulo porque vocês não se aguentam de esperar kkkk.
Vejam o vídeo a cima, é um book trailer da história.
Espero que gostem e comentem o que acharam do trailer.
Beijos.

Boa leitura!






Alexa
Luke me deixou em casa faz alguns minutos, alegando que entraria comigo, não me deixaria sozinha agora no meu estado.

Eu pensei que era uma atriz melhor, me levou poucos anos para aprimorar a arte da mentira.
Eu precisava mentir para professores, médicos e amigos.

Depois de um tempo os professores não perguntavam mais, os médico não me viam porque era mais fácil me cuidar em casa do que ir ao hospital, e, ter muita gente perguntando não era fácil. Os amigo simplesmente não gostavam de serem enganados e ignorados.
Eu não os culpo, a culpa não era deles, nunca foi.

Então quando Logan chegou para ficar, de verdade, eu sabia que precisava mante -o longe de todos os meus problemas.

Então ai que entra meu defeito, ou uma qualidade dependendo do lado que você vê.
Eu não posso mentir para quem eu amo.
Eu até posso, mas não consigo, as mentiras travam em minha garganta, então eu só fico como se alguém estivesse apertando minha traquéia e fico soltando sons estrangulados e estranhos.
Não é bonito.

Então quando Luke me perguntou qual era o motivo para querer voltar alguns dias mais cedo do que o esperado.
Eu disse a verdade mais próxima possível sem levantar suspeitas.

"Meu pai precisa de mim"

Ele queria saber mais.
Claro que queria, ele se preocupa comigo, isso é óbvio.
Mas não posso colocar duas pessoas que amo uma contra a outra.

Depois de muita discussão, uma promessa de uma mensagem para mais tarde e um beijo, Luke me deixou na frente de casa e se foi.

Agarro minha mala do chão, bolsa nas costas e respiro fundo mais uma vez, entro para enfrentar oque me aguarda.

Agora é 12:30am de um domingo, então preciso fazer o almoço, mas antes subo para um banho e troca de roupa.

Faço uma macarronada, uma jarra de suco e um café bem forte para papai quando acordar.
Ele vai precisar.
Com o que Débora me contou pelo telefonema, hoje mais cedo, ele teve uma grande bebedeira, oque ocasiona em acordar com uma grande ressaca, já que faz um tempo que ele não bebe.

Pego uma aspirina no armário de remédios e uma caneca quente de café.
Subo os degraus para o seu quarto e bato na porta.

Nada.

Bato mais uma vez e entro.

O cheiro é horrível, cheira a suor, álcool e a algo mais forte.

Me aproximo de sua cama, coloco a caneca e a aspirina em cima de seu criado mudo e paro para o avaliar um pouco.

Faz quase um mês completo que não o vejo.
E tudo o que noto em seu rosto é a marca de uma barba suja, olheiras sobre seus olhos e marcas de arranhado em seus rosto.

Ele abre a boca e solta um palavrão em seu sono.

Olho mais uma vez para seu corpo jogado na cama de qualquer jeito e ao invés de o chamar como eu geralmente faria, me viro em uma onda de desgosto e raiva me consumindo.

O sentimento é novo direcionado a meu pai, e não sei lidar exatamente com isso, mas me deixa tão chateada que não noto o barulho que faço ao pisar no chão ou da porta abrindo.
Mas noto meu nome  saindo de seus lábios.

PERIGOSO Where stories live. Discover now