Capitulo 25

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Oii pessoal.
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Muito obrigado.
Boa leitura!



Luke
Eu tenho uma lembrança específica que realmente nunca sai da minha mente.
Eu nunca entendi o porque depois tantos anos eu ainda me lembrava dela.
Eu não me lembro da minha idade, ou a da minha Irmã.
Eu sei que devia ser por volta dos meus 12 anos e 5 dela.
Talvez.
Não posso me lembrar o motivo na verdade, mas eu imaginei que tinha sido algo bom o suficiente para me ter feito perder a cabeça.
Talvez.
Não me lembro do castigo que levei depois ou se meus pais até mesmo ficaram decepcionados comigo.

Mas eu me lembro claramente do sangue, me lembro do cheiro doce que senti, me lembro do sabor metálico na minha língua dos respingos.
Me lembro dos gritos de dor, e, me lembro dos gritos de medo da minha irmã também.

Havia esse menino, um menino da minha idade.
Eu não lembro do seu nome, ou da sua aparência real.
Eu me lembro de como seu rosto ficou no final. Em uma cor escura, cheio de arranhões e contusões.
Me lembro do olhar de medo em seu rosto.
Era doentio, mas mesmo naquele época, com meus 12 anos de idade apenas, eu sentia a fome, a paixão pelo seu medo.

Eu me lembro de ver minha irma chorando, e então como se as luzes fossem apagadas eu me lembro de estar no parquinho.
Quebrando a cara do moleque, tão feio que foi preciso chamar a ambulância logo após.

Eu sempre sentia as ondas de ansiedade sob minha pele.
Queimando.
Arranhando para sair.
Eu tentei futebol.
Futebol americano, oque ajudou um pouco, por causa da violência do jogo.
Mas só ajudou por pouco tempo, depois ficou maçante e chato.
Eu tentei roquei.

Qualquer esporte que me deixasse menos tedioso.

Mas nada.
Nada me deixou tão calmo como bater em alguém.
Eu sabia que era ruim.
Era errado.
Mas foda-e se eu não gostei.
Eu amei.

Eu me lembro de todas as vezes em que machuquei alguém.
Mas aquela foi minha primeira vez, então ia sempre ficar gravado em minha mente.

Após desligar a ligação com pequena, eu corro meu caminho para fora da sala, eu não me importo se estou sendo louco ou rude por sair assim sem uma única explicação.

Mas quando minha mão toca na maçaneta da porta da frente, uma mão me segura pela jaqueta.

Puxa forte e me vira, eu vejo todos os caras na minhas costas.

Todos com seus olhares de preocupação.

-  Oque houve?

Léo é o primeiro a perguntar.

Eu me desespero, cada segundo conta para que aquele desgraçado toque um dedo na minha garota.
E foda-se, agora eu tenho um bebe para pensar também.

- Preciso chegar até Lex, então me solte irmão se você não quer ter suas mãos cortadas para fora de mim.

Eu rosno.

- Você precisa nos dizer oque está acontecendo, Alexa também é uma parte importante pra gente, então eu vou dizer, solta o verbo irmão-Vick.

- Eu não tenho tempo para explicar, me solta porra, esse é o meu negócio e vou atrás dele.

Eu não espero que me soltem, eu puxo minha jaqueta e corro para minha moto.
Eu salto sobre ela e estrondo pelas ruas.
Tudo passa por borrões, como se eu tivesse aquele mesmo interruptor desligando a luz como tive com o garoto, minha primeira vitima.
Ou meu primeiro prêmio.
Como eu gostava de dizer.

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