O Crime 2 - Harry Styles FanFIC

Capitulo 2 - Ciúmes.

Riu-me um pouco por dentro. Não devia estar a fazê-lo mas hoje o Harry irritou-me por completo. O Zac olha para ele, fazendo-se de desentendido.

- Algum problema? - pergunta o Zac, sorrindo e tentando ser educado.

- O meu único problema és tu. - cuspe Harry.

Afasto o Harry do Zac com a minha mão e começo a força-lo a entrar no compartimento. Há alguns minutos atrás ele esteve a deixar cair bába da boca por causa de uma prostituta qualquer e agora já esta com ciúmes?! Viro-me para o Zac e sorriu.

- Vemo-nos por aí - digo-lhe simpaticamente e ele levanta a sua mão fazendo um pequeno aceno.

Empurro o Harry com força dentro do compartimento, fazendo-o quase cair na cama.

- Porque raio disseste aquilo?! Ele estava a ser simpático comigo, ou já não posso fazer amigos?! - grito.

A prostituta levanta-se da cama, rindo-se discretamente.

- Vou mas é embora, não quero presenciar um assassinato. - diz ela, dando gargalhadas, e sai.

Harry baixa a cabeça. Ele ainda não esqueceu o que aconteceu alguns meses atrás... e eu prometi nunca mais lembrar-lhe. No entanto, a palavra '' assassinato '' acabou de estragar tudo.

- Estás bem? - pergunto calmamente.

- Eu estou, tu é que parece que não. - diz Harry arrogantemente.

- Ele só estava a ser educado! Ao contrário de ti! 

- Só educado?! - Harry ri-se. - Primeiro é um beijo na mão e a seguir?! Tu nem desconfias no que vai na cabeça dos homens Milla, tu não percebes nada.

- Percebo mais que tu decerteza.

Harry inspira e revira-me os olhos, tentando acalmar-se. De seguida, pega nas suas malas, arruma-as e começa a ir-se embora.

- Vou dormir com o Liam. - diz ele zangado.

- Podes nem voltar. - digo eu e Harry bate com toda a força na porta, fazendo-me estremecer.

Meto as mãos na cara e as minhas lágrimas de ódio e tristeza começam a cair pela cara. Já não é a primeira discussão. Ainda a semana passada ele esteve a dormir no sofá da minha sala por causa da porcaria de um comando. Nós discutimos quase todos os dias e eu choro quase todas as noites. Eu sinto-me bem com ele mas ao mesmo tempo sinto-me mal. E se o nosso destino é ficarmos separados? É que nada está a resultar... A nossa relação melhorou mas ao mesmo tempo piorou drasticamente.

Deito-me na minha cama, que agora vai ser a de baixo e fecho os olhos. O som do comboio acalmou-me e passado pouco tempo eu adormeço e entro num mundo de sonhos, que é so meu.

***********************************************************************************

Acordo com o som de alguém a rir-se e a falar. Abro devagar os olhos e vejo a rapariga ruiva na cama ao lado, sentada a conversar ao telemóvel e a rir-se como uma maluca.

- E tu? E ele? - ri-se de novo . - Katy, tens de ter esse homenzinho nas mãos! Fogo, 40 mil dolares!? Olha, se eu estivesse aí ja tinha ido com ele para a cama à muito. O quê? Quero lá saber, 50 anos também não é assim tanto.

Apetecia-me pegar no cabelo dela, puxa-la para fora do comboio e meter a sua cabeça nos carris para um comboio passar por cima dela.

Levanto-me e olho para o relógio. 13:04. Hum, por acaso até dormi um pouco demais. Decido ir procurar a carruagem com o restaurante e almoçar, já que a hora do pequeno almoço já passou.

Passo pelo compartimento do Liam e depois de pensar muito, decido não bater à porta. Eu não fiz nada de mal por isso vai ter de ser o Harry a pedir-me desculpas.

Finalmente encontro o pequeno restaurante que está todo ocupado mas consigo arranjar um lugar, perto de rapariga da minha idade chamada Lílian.

- Sabes onde estamos? - pergunto enquanto enfiu na minha boca um pedaço de carne.

- Chegamos a Lille, algumas horas atrás, o comboio esteve parado cerca de 2 horas por causa de um acidente qualquer. Estou a ver é que amanhã, nem a Alemanha chegamos...

- Ah, eu estive a dormir. Não me parece, este comboio é rápido apesar de ser um pouco mais antigo.

- Vamos ver... eu só sei que não gosto nada dele. É tão mediaval e estranho... prefiro os mais modernos, vais ver que este não vai ser o último acidente.... - diz ela e engole o seu arroz.

Harry entra no restaurante com Liam e acompanhado da........ rapariga do meu compartimento. Ele quer mesmo provocar-me. Eles sentam-se e o Liam manda-me um olhar confuso. Viro a cabeça, não me apetecer estar a ver o que é que aqueles dois estão a fazer juntos...

- As pessoas daqui são todas meio estranhas não achas? - pergunta-me Lílian.

Por acaso, nunca reparei muito nas pessoas que estavam a viajar comigo... Olho para os lados e para as 4 mesas ocupadas. Acho que estão cá todos. Lílian olha para mim e nota que eu ainda não conheci quase nenhuma delas, ao contrário dela. Ela aponta para a mesa 1.

- Aquelas ali são familiares. Antonella e Vera são mãe e filha, umas senhoras muito ricas mas que estão a viajar para Bósnia por terem ganhado viagens grátis num concurso, acreditas? - ela ri-se e eu faço o mesmo. 

Vera é uma moça jovem de aproximadamente 26 anos. Tem um cabelo preto escuro muito bem cuidado e uns olhos azuis claros. Veste-se muito classicamente, Pelo vistos, não é só o comboio que é antigo...

A sua mãe, ao contrário dela é uma senhora cheia de glamour e com maquilhagem por todos os cantos da cara. Tem aproximadamente 40 e poucos anos... parece ser muito nova mas também muito chata. Ainda não parou de conversar com a filha e o pior de tudo é quase toda a gente está a ouvir metade da conversa.

Aponta para a mesa 2 mas diz logo que não faz ideia de quem sejam.

Na mesa 2 estão sentados o Zac, o rapaz que conheci hoje e que pelas palavras de Lílian é '' um giraço '', outro rapaz mais ou menos da idade dele, uns 30 ou menos e um senhor com uma cara que mete respeito. Não me admirava nada que fosse um advogado como eu...

Lílian aponta para a mesa 3 mas eu nem preciso de ouvir as suas explicações pois já conheço os individuos sentados lá. É o Harry, o Liam e a rapariga cujo ainda não sei o nome mas a qual já odeio.

- E naquela - continua ela apontando para a mesa 4 - está um oficial da América, chamado Mr. Valter, a sua mulher Lina Valter e uma senhora que eles so devem ter conhecido agora, a Sheila Schild, que é é uma criada de uma família qualquer na Croácia. Estamos em pleno século XXI e ainda existem criados, ai ai. - suspira ela e continua a comer a sua comida.

A conversa foi interessante mas neste momento estou mais interessada no que está a passar-se na mesa ao nosso lado.

Olho discretamente e o Harry está entretido a conversar com a rapariga. Que nervos!