Capitulo 5 - A mensagem.

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A porta do compartimento de Vera Cliffer e Antonella abre-se. Entro eu, entra o revisor, entra o médico e entra a própria Vera. O Harry, o Liam , a Elina e o resto dos curiosos ficam de fora a observar. O revisor fecha a porta, a pedido meu e finalmente olhamos para o corpo pousado à nossa frente. Antonella está sentada na cama, com as costas apoiadas na parede, Provavelmente ela estava à espera de alguma coisa ou estava a conversar com o assassino quando ele matou-a, não me parece que ele tenha-a sentado só porque apeteceu-lhe. A janela está aberta o que indica que ele saiu por ali. Não havia mais sitios por onde sair porque a porta estava trancada. Eu gostava era de saber como é que ele voltou para dentro do comboio.... se é que ele voltou.

Dr. Filch começa  a examinar a senhora e Vera quase desmaia de novo. Digo-lhe que se ela não se acalmar nós mandamo-la embora e ela decidi deixar os seus ataques de panico de lado. O que aconteceu já aconteceu, não são os nossos nervos ou lágrimas que mudaram alguma coisa.

- Foi apunhalada uma vez com um faca, bem no meio da barriga, não havia forma de ela sobreviver - diz o médico.

- Vera, porque deixou a sua mãe aqui sozinha? - pergunto.

Vera limpa as lágrimas.

- Eu fui conversar um pouco com a Sheila.

- Às 2h da manha?

- Está a querer dizer que eu matei a minha própria mãe?! - pergunta ela indignada.

- Eu não disse isso. Mas vamos deixar os interrogatórios para mais tarde.

Dr. Filch continua a examinar a vítima mas não descobre mais nada de novo. Procuramos por pistas mas não encontramos nada, até que Vera sente algo debaixo de si. Levanta-se e vê no seu banco um telemóvel. Eu pego depressa nele e começo a examina-lo. Só ha uma mensagem e mais nada, nem contatos nem nomes... se estivessemos em Londres eu já o teria mandado para procurar impressoes digitais mas infelizmente não é o caso...

Leio a unica mensagem que está la. '' Se matares mais alguém para além das duas mulheres, tu é que vais estar morto, nem te atrevas, estou a vigiar-te e vou avisar a policia.Ass.Chefe. ''.Vera salta e põe as mãos na cara.

- Duas mulheres?! Oh meu deus! Isto não vai ficar por aqui?! - grita Vera assustada. 

O aparecimento daquele telemovel é muito estranho, pois eu não o tinha visto quando entrei... será que Vera colocou-o de propósito la? Hum... muitas coisas nao batem certo aqui...

-Não vamos falar disto agora. Eu vou guardar este telemovel, alguém encontrou mais alguma coisa? - pergunto e todos dizem que não.

Decidimos deixar o corpo de Antonella ali e leva-lo a um hospital ou morgue logo que voltarmos para Londres.  Vera pega nas suas malas e coisas e o revisor tranca de novo a porta,decidindo também trancar a janela, só para o caso. 

Enquanto andamos pelo corredor todos sussurram e olham para nós mais curiosos do que nunca. Harry pergunta-me com o olhar se está tudo bem e eu pisco-lhe o olho. 

- Onde é que eu fico agora? - pergunta Vera triste.

- Pode ficar com a Sheila  e Lílian - diz o revisor e eu peço-lhe uma planta do comboio e dos seus compartimentos. 

Vera regressa para o seu novo compartimento e promete voltar à hora do almoço, para comer.  Eu decido ir agora e conversar com o médico e revisor para determinarmos os nossos proximos passos.

- Acha que deviamos interrogar toda a a gente? - pergunta Dr. Filch,

- Penso que não, algumas pessoas eu tenho a certeza que não estão metidas nisto - respondo.

- Os seus amigos não é?

- Sim e eu confio totalmente neles.

O revisor acaba de desenhar a planta com comboio num guardanapo e mostrama.

- Interessante... - digo enquanto analiso curiosamente a planta. - vamos interrogar toda a gente menos Harry Styles, Liam Payne, eu, o senhor médico e só.

- Pensa que eu posso estar metido nisto? - pergunta o revisor desiludido.

- Não, simplesmente eu preciso de saber tudo o que viu de suspeito ontem.

- Obrigado pela confiança- diz Dr. Filch e eu sorriu para ele.

Chegam as 13h e todos começam a entrar no pequeno restaurante para comer. Deixamos todos almoçarem calmamente e sem preocupações e ao fim de uma hora o revisor faz um anúncio para todos, a dizer que toda a gente vai ser interrogada dentro de alguns minutos. Os Valter mostram-se um pouco zangados e desconfortáveis por uma ''advogadinhas qualquer '' estar a poder culpa-los de um crime mas o revisor explica-lhes que esta pode não ser a única morte nos proximos dias e eles concordam em participar no interrogatorio.

- Deviamos era sair deste comboio - ouço Lina Valter a comentar nervosa.

- Só faltam 2 dias para chegarmos a Bosnia, temos de aguentar - responde-lhe o marido.

Às 14 horas todos abandonam o restaurante e eu junto as 5 mesas com  a ajuda do revisor. O médico senta-se do meu lado e eu fico no meio das mesas que estão alinhadas em fila. Decidimos que é melhor o revisor não presenciar os interrogatorio pois pode atrapalhar-se com os seus depoimentos.

Confio em Dr. Filch como confio em mim própria. Eu tenho a certeza absoluta que ele ele não fez nada e ainda por cima eu preciso de um conselheiro. Chamo também o Liam para se juntar a nós e ele promete estar atento a todos os gestos e caras que os passageiros fizerem, ele percebe muito de psicologia.

- Quem chamo primeiro? - pergunta o revisor.

Olho para a planta do comboio.

- Vamos começar por Dylan Coronel. 

O Crime 2 - Harry Styles FanFICWhere stories live. Discover now