O Crime 2 - Harry Styles FanFIC

Capitulo 10 - Vera Cliffer

Acordo com um grito. Levanto-me bruscamente da cama mas Harry acalma-me dizendo que está tudo bem.

- O que aconteceu? - pergunto preocupada.

- Aquele palhaço esteve aqui! - diz Liam zangado. - Eu cheguei agora e as minhas coisas estavam todas de pernas pró ar, voces não ouviram nada?!

- Eu só ouvi-te a entrar - digo.

- Mas eu so voltei há 1 minuto atrás.

Olho para o relógio e são 4:03. Quer dizer que o assassino ou seja lá quem for, esteve no mesmo compartimento que nós meia hora a procurar alguma coisa!?

- Liam, vê se desapareceu alguma coisa - diz Harry e Liam obedece - eu também ouvi-te a entrar e depois adormeci logo, o dia de hoje foi muito atarefado.

- Eu não percebo nada. O que ele queria?!

O revisor entra no nosso compartimento e o Liam conta-lhe tudo outra vez. O revisor diz que as unicas pessoas que sairam do compartimento depois das 3h foi o Liam, que foi buscar uma água e a Elina, que foi à casa de banho.

Liam furioso sai e dirige-se até ao compartimento dela enquanto eu e o Harry vamos atrás dele.

- Foste tu que mexeste nas minhas coisas?! - grita ele fazendo Elina levantar-se da cama ainda sonolenta mas assustada.

- Ouve lá, eu estava a dormir! 

O Dylan também acorda e parece confuso.

- Foste tu ou não?! Eu tinha lá coisas muito importantes que ninguém podia ver!

- Não fui eu - diz Elina arrogantemente e revira os olhos, não lhe ligando e voltando para a cama - Agora saí daqui! Só por ser um advogado pensa que já pode fazer o que bem lhe apetecer pfft.

Liam bufa e sai do compartimento deles ainda mais zangado. 

- Vocês também, Adeusss - grita ela.

- Fds tem calma! Não me parece que tenhamos interrompido alguma coisa - diz Harry fazendo um sorriso falso.

- Não precisas de ter inveja bebé. Um dia serás tu - diz ela piscando-lhe o olho.

Reviro os olhos e saiu do compartimento e o Harry faz o mesmo.

- Ela é que começou... - diz-me Harry no ouvido e eu sorriu.

Aquilo afetou-me mas já chega de brigas. Sento-me na cama do Liam.

- O que quer que seja que ele procurou, não encontrou... - digo.

- E o que achas que ele estava a procura? Ou ela... 

- Sinceramente não sei... mas - sou interrompida quando o comboio pára novamente. Mas que raio?! Já é a terceira vez hoje! 

Uma ideia surge bruscamente na minha cabeça. Fecho os olhos e decido pensar. Oiço alguma coisa a cair bruscamente lá fora. Abro os olhos e vejo o revisor a correr para a primeira carruagem. Penso, penso, penso e a ideia ganha lógica. Sim, talvez mas e se for verdade... quem será? Fecho os olhos e penso mais uma vez. Harry e Liam estão a falar comigo mas eu não os oiço. Só preciso de mais uma resposta... só mais uma. 

Essa resposta finalmente aparece. Depois de pensar muito lembro-me de uma coisa que aconteceu logo no primeiro dia que entrei no comboio. E essa coisa poderá salvar a vida a alguém. Pego no braço do Harry e do Liam e começo a correr até ao meu antigo compartimento. Tento abrir a porta mas ela está trancada. Bato com força.

- Parte-a! - grito ao Harry e ele parece estar confuso.

Ele começa a tentar partir a porta com a ajuda do Liam em vão. Parece que algúem está a segura-lo dentro com compartimento. O revisor aparece assustado e eu peço-lhe que não faça perguntas e que simplesmente peça ao condutor do comboio para fazer o comboio andar.

- Mas é impossivel!!!!! Temos uma avaria! - grita o revisor assustado!

- Faça qualquer coisa!!! O comboio tem que andar! - grito e finalmente a porta parte-se e cai. Entramos todos dentro com compartimento e o que eu ja estava à espera aconteceu.

Vera Cliffer está deitada na sua cama com uma faca espetada na sua barriga. Dou um pequeno grito e o Liam põe as mãos na cara. Harry aproxima-se dela e tenta sentir a pulsação.

- Está morta - diz ele tristemente e dá-me um abraço.

Olho para a janela e como eu já estava à espera, ela está aberta. O comboio começa a andar e nenhum de nós diz uma unica palavra. Todos estão chocados. Todos querem sair daquele comboio o mais depressa possivel.

- Amanhã despeço-me. Quero lá saber da crise... mas só sei que não vou continuar a trabalhar neste comboio amaldiçoado. - diz o revisor.

Liam pega cuidadosamente na faca e enfia-a dentro de um saco, dizendo que em Londres tentará descobrir impressões digitais.

- É tudo culpa minha... eu nunca deveria te-la deixado ficar aqui sozinha - digo triste e vencida.

- Ouve.. isto iria acontecer de qualquer maneira. - diz o Harry ajoelhando-se à minha frente e dando-me um beijo na cara.

- Como sabia que ela íria ser a proxima? - pergunta o revisor.

Limpo as lágrimas com a minha mão e o Harry senta-se ao meu lado, abraçando-me.

- Iria haver certamente duas mortes, de duas mulheres. Eu só nao sabia de quem. - digo calmamente - até que quando o comboio parou hoje pela terceira vez eu percebi logo como foi feito o primeiro crime. Naquela noite o comboio tinha parado e o assassino saiu do seu compartimento pela sua janela. De seguida, foi até ao compartimento de Mrs. Cliffer e matou-a e saiu de novo pela janela. Enquanto estive na rua, pude confirmar isso. Dava perfeitamente para sair pelas janelas. 

Todos ouve-me atentamente.

- Quando hoje o comboio para outra vez eu percebi logo que havia uma grande probabilidade de acontecer o mesmo. Era só uma hipotese.., e por isso comecei a pensar em quem é que podia ser a proxima e esperemos, a ultima vitima. Lembrei-me então de que no primeiro dia que estive cá, Lílian Morgan contou-me algumas coisas acerca dos passageiros. Uma delas foi que as duas Ciffer ganharam uma viagem grátis para passar as férias de Natal a Bósnia. Ela eram muito ricas mas no entanto decidiram ir, o que me pareceu estranho. Acontece que, essa viagem não surgiu por acaso.

- Queres dizer que o assassino convidou-as de próposito para Bosnia, para mata-los no Expresso Alepe? - pergunta Liam.

- Exatamente. Era esse o objetivo dele. - digo - Mas continuo a não entender certas coisas. Como por exemplo, porque é que o Dr. Filch desapareceu e o Zac está morto e porque é que o assassino quis matá-las logo neste comboio.

- O que fazemos então ? - pergunta Liam.

- Eu ja tenho um plano, só espero que resulte. Falamos disto amanha. Ah e uma coisa, peço ao senhor revisor que desta vez haja mais um acidente no comboio e de preferência que dure muito. 

- Vou tentar mas não prometo nada.

- Tente.. pois é a nossa unica esperança. Se alguém sair do comboio amanha... está tudo perdido.