Capitulo 15 - O assassino.

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Parecia ver a minha vida toda atravessar à minha frente neste momento. Comecei também a pensar que tinha enlouquecido mas quando a pessoa falou percebi logo que não estava a sonhar e que tudo aquilo era real. De todas as pessoas que estavam no comboio esta era a última que iria culpar.

O tão simpátivo Zac estava à minha frente vivo. Estava assustado e começou a arrancar os seus cabelos com as mãos enquanto gritava '' Como é que eu fui tão burro?! ''.

Liam e Harry estavam do meu lado chocados com as bocas abertas. Eles também devia estar a pensar que tinham ficado malucos.

- Mas mas tu estaa-vass morto! - pronuncia Harry soluçando nervosamente.

Olhei para ele e ele estava branco como o cal.

-Pois, olha resussucitei! - disse Zac arrogantemente,

- Eu não entendo nada! - finalmente digo.

- Eu é que não entendo como fui tão burro para cair numa cilada destas! - grita ele.

A pessoa que nos trancou começa a destranacar a porta. O revisor olha para o Zac, depois para mim, depois de novo para o Zac e desmaia no chau,

- Tu podes explicar-nos o que está a acontecer aqui?! - digo zangada.

Zac senta-se na minha cama e mete as suas mãos na cara.

- Não me digas que ainda não chegaste lá - diz ele.

Eu não consigo pensar. Só consigo olhar para ele. Eu não entendo nada.

- O meu nome é David Alexander Cliffer. - diz ele.

Finalmente percebo.

- Tu és familiar da Vera e da Mrs. Antonella? -pergunta Liam e senta-se ao lado dele.

- Exato. Mas preferia não o ser. A oferecida da minha mãe engravidou aos 16 e simplesmente livrou-se mim. Enquanto eu estava todos estes anos num orfanato onde era maltratado e odiado, aquela Vera, a desejada filha dos meus pais, vivia na riqueza.

- Isto tudo foi uma vingança?! - pergunto. - Eu pensava que tu eras mais inteligente e nunca chegarias a esse nível! 

- Achas que foi fácil?! Eu fui procura-los aos 18, quando saí do orfanato e quando encontei o meu pai ele nem quis falar comigo! Eu passei 2 anos na rua, a viver em caixotes de lixo e sem comer nada, até que um dia decidi falar mais uma vez com o meu pai para pedir-lhe so uma pequena ajuda e ele sentiu-se mal e morreu mesmo na minha frente. Foi uma das melhores coisas que já senti! Ver a pessoa que mais odiamos a cair à frente dos nosso pés e a implorar por ajuda! A ajuda que eu nunca lhe ía dar, tal como ele nunca me a deu! - diz Zac sorrindo.

- Oh meu tu és doente! - solta Harry.

- Mas isto não ía ficar por aqui, ou acham que eu deixaria aquelas duas continuarem a sua feliz vida?! Arrangei um bom emprego e em menos de um ano consegui estabilidade economica! A minha vida estava a correr tão bem mas eu ainda não me tinha esquecido da puta da minha mãe a da mimada da minha irmã. Para não haver suspeitas, ofereci-lhes uma viagem, simulando que elas ganharam-nas num concurso e decidi matá-las aqui. De seguida era só sair na paragem de Zagreb e ninguém nunca desconfiaria de mim.

- E o médico?

- E isso foi mais um dos meus brilhantes planos. Quando no primeiro dia eu soube que estaria no comboio a famosa advogada Millena Sheldon e o famoso procurador Liam Payne percebi que eu não escaparia tão facilmente. Quando vocês iniciaram as investigações uma excelente ideia veio à minha cabeça! - Zac sorria cada vez mais - Um dia quando estavamos no nosso compartimento, ele contou-me que vocês encontraram uma mensagem no compartimento da minha mãe.Eu propus-lhe a seguinte ideia : íamos simular a minha morte para o ''chefe '' zangar-se por o assassino não ter matado só duas mulheres, e dizer-nos quem é o assassino! A mensagem com isso escrito eu deixei cair de propósito no compartimento da minha mãe.

- E aquela espuma? 

- Foi um medicamento qualquer que ele me deu. Ardia um pouco mas valeu a pena.Eu só tinha de estar quieto e não fazer barulho. Ele examinou-me muito depressa na vossa presença e vocês foram-se todos embora logo. Foi fácil! 

- E onde está o médico agora?- pergunto já desconfiando da resposta.

- Logo a seguir vocês foram conversar e eu mandei-lhe uma mensagem em anónimo a pedir para ele voltar ao compartimento. Aquele velho pensou que eu ía contar-lhe o resto do plano e que em poucas horas íamos descobrir o assassino mas ele nem desconfiava que o assassino era eu. Eu levei-o até às traseiras e atirei-o de cima do comboio.

Meto as mãos na boca. Lágrimas começam a cair pela minha face. Como alguém pode ser tão cruel?! Eu fui mesmo burra, como é que não percebi logo que aquele Zac ou David, não era aquilo que mostrava ser?!

- E pronto, primeiro matei a minha mãe e depois a Vera. - continuou - Deviam ter visto as caras delas quando antes de esfaquea-las eu contei-lhes quem eu era - Zac solta uma maléfica gargalhada.

- Estiveste todos estes dias a esconder-te no teu compartimento?

- Sim foi fácil, eu já tinha guardado alguns alimentos, noites antes da simulação da minha morte e tentei nao beber muita água para não ir tantas vezes à casa de banho. Mas uma vez ía perdendo tudo! Eu preciava mesmo de ir à casa de banho, não conseguia aguentar mais e por isso saí do compartimento e dirigi-me até la. O pior é que quando estava a sair a outra... a ruiva.. viu-me. Ela ficou toda branca e eu pensei que ela ía ter um ataque cardiaco ali na minha frente. Voltei para trás e rezei para ela pensar que simplesmente tinha enlouquecido. Ouvi atrás da porta que ela depois desse caso andava muito em baixo. Coitada - ri-se.

- E quanto àquela vez em que nós entramos no teu compartimento, depois de ser encontrado morto? - pergunta Liam.

- Eu estava a pensar no que ia fazer a seguir, quando ouvi a porta começa a abrir-se. Só tive tempo de me deitar e fechar os olhos. Vocês quase nem olharam para mim por isso também foi fácil. Estava tudo a correr tão bem! Eu iria sair em Zagreb e quando vocês adivinhassem que o meu nome era falso e eu era familiar das Cliffer, eu já estaria muito longe! Mas ficou tudo estragado quando eu soube que o Dr. Filch tinha deixado alguma coisa a contar a verdade sobre a simulação da minha morte. Eu vi logo que ele não confiava lá muito em mim...

Liam interrompeu-o.

- E nós encontramos - disse ele e sacou o telemóvel do bolso e começou a ler a mensagem - '' Eu e o Zac simulamos a morte dele para encontrarmos o culpado. Ele está vivo. Assinado : Dr.Filch ''. Era isto que dizia mensagem, isto é um codigo binario - disse Liam orgulhoso.

- Pois, pois... - resmungou Zac triste. - Eu procurei-o por todos os lados para o destruir mas não consegui encontrar. Faltava ver só na mala da Millena e por isso quando ouvi-vos hoje a gritar no restaurante que iam revistar todos, decidi voltar lá e procurar mais uma vez.

- E correu-te mal - respondeu Harry a sorrir.

Zac baixou a cabeça e começou a abana-la, triste.

- Vou já telefonar ao policias. Vais ter de repetir essa historia mais uma vez. 

- Eu fui tão burro.. acham que vou ganhar muitos anos? - pergunta Zac e Harry responde '' Espero que sim '', o que faz Zac revirar os olhos.

-Enquanto o Liam fica com o Zac e liga para a policia, eu peço a Lina Valter que tente acordar o revisor que ainda está desmaiado e que não se assuste quando vir a pessoa com quem o Liam está no compartimento.

Este caso foi se calhar o mais misterioso que já alguma vez tive. Eu simplesmente não estava à espera de nada disto! Eu estou chocada e vou continuar chocada por muitos mais dias! Nunca me vou esquecer deste dia! Ainda estou a pensar que tudo não passa de um sonho...

O Crime 2 - Harry Styles FanFICWhere stories live. Discover now