Capitulo 4 - Um pedido.

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O Harry empurra o revisor e entra no compartimento, tento ir atrás dele mas ele não deixa. As pessoas começam a sussurrar as suas teorias umas para as outras e o revisor manda todos acalmarem-se. Vera Cliffer aparece por detrás de todos, confusa e preocupada. O revisor começa a mandar todos voltarem para o seu compartimento.

- O que aconteceu? - pergunta Vera tremendo e esperando pelo pior. - A minha mãe está... ?

A palavra não sai da sua boca e ela quase desmaia. Liam apanha-a e senta-a na minha cama, fazendo-lhe vento com as mãos para ela conseguir respirar. O revisor apressasse a ir buscar um copo de água.

Começo a sentir um tremendo frio.... tento aquecer-me com o casaco mas o frio torna-se cada vez pior. Finalmente o ambiente começa a ficar um pouco mais quente.

Vera não pára de chorar. O revisor tenta dar-lhe agua mas ela não aceita. O revisor tranca a porta do compartimento e volta para perto de nós.

-É mesmo ela? Antonella Cliffer? - pergunto triste.

- Sim, é. Foi apunhalada com uma faca.

O comboio começa de novo a andar e Vera finalmente acalma-se um bocadinho. Ponho-me de joelhos à frente dela.

- Vais ter de nos contar tudo o que sabes amanhã, isto é um homicidio, alguém queria fazer-lhe mal. E fez. - digo calmamente e ele acena a cabeça limpando as lágrimas.

Viro-me para o revisor e peço-lhe que não abra a porta do compartimento de Mrs. Cliffer até amanhã de manha. Ele concorda comigo e pede a todos para voltarem para os seus compartimentos e dormirem um  pouco para se acalmarem.

- Como quer que eu durma? A minha mãe acabou de morrer - choraminga Vera mas todos nós convencemo-la que agora não é a melhor altura para tentar descobrir o que aconteceu ou entrar em pânico.

O Liam acompanha-a com o revisor até ao seu compartimento enquanto Harry fica comigo.

- Acho que é melhor eu ficar contigo hoje... não te quero deixar sozinha - diz Harry.

- Eu sei cuidar de mim, já não é a primeira vez que lido com criminosos - respondo-lhe.

Harry baixa os olhos.

- Eu insisto. Eu não vou conseguir dormir sabendo que vais estar sozinha lá dentro. - diz ele.

Eu volto para o meu compartimento e aceito ele vir comigo. Eu sinto falta dele mas eu não me vou esquecer de tudo o que aconteceu hoje, assim sem mais nem menos. Ele magoou-me mesmo...

Tiro o meu casaco e deito-me na minha cama, voltando-me de costas para o Harry. Ele permanece sentado mais um bocadinho a olhar para mim e antes de deitar-se na cama ao lado, dá-me um beijo na bochecha.

- Boa noite, dorme bem, não precisas de te preocupar, eu estou aqui. - diz ele com a sua voz calma e rouca.

Com ele, nem em uma cela eu teria medo de dormir.

(...)

Acordo por volta das 8h da manhã. Harry está aconchegadinho a dormir na cama ao meu lado sem nenhum cobertor. O seu cobertor está em cima de mim. Levanto-me e pego nele. Começo a coloca-lo no Harry e ele acorda.

- Bom dia - digo-lhe baixinho sorrindo. - ficaste a dormir assim a notie toda?

Harry esfrega os olhos e sorri para mim.

- Tu estavas a tremer tanto que eu não tive coragem de te deixar suportar aquele frio.

Harry levanta-se e olha para mim.

- Vou trocar de roupa, ao compartimento do Liam- diz ele meio sonolento.

- Tá - respondo e ele mostra-se triste. Se calhar estava a espera de outra resposta...

Visto-me também e decido ir tomar o pequeno-almoço no restaurante. Passo pelo compartimento de Mrs. Cliffer e sinto um enorme arrepio.

Entro no restaurante e sento-me numa mesa. As conversas das pessoas que estão lá são sobre a noite de ontem, todos estão com medo e ninguém sabe o que aconteceu. No restaurante estão Zac, Sheila, Vera e Dr. Filch. O revisor entra no restaurante, manda um olhar aos presentes e eles todos levantam-se, dirigindo-se até mim. Vem aí coisa...

- Podemos sentar? - pergunta o revisor e eu digo que SIM.

Todos sentam-se à volta da mesa e o revisor começa a pedir-me para eu ajudar a resolver o caso.

- Espere, espera, eu sou só uma advoga. - digo confusa.

- Nós sabemos, mas também sabemos que é uma optima investigadora. Por favor, já ligamos à policia de Alemanha mas ele nem nos quiseram ouvir, disseram para resolver isso com o nosso país e não temos condições favoraveis para voltar para Londres. Nos ainda vamos estar aqui 2 ou mais dias e ninguém mais quer morrer. - o revisor diz e todos concordam.

- Por favor, eu preciso de saber o que aconteceu com a minha mãe. - diz Vera triste.

- Mas eu já disse que não sou nenhuma detetive...

Passado algum tempo, depois de muitas discussões em aceito e prometo-lhes que vou tentar. Já é a segunda vez que eu vou meter-me em problemas e não estou a gostar nada disto...

- A porta esteve trancada a noite toda, se quiser pode ir la ver, eu abro - diz o revisor.

- Sim claro, primeiro tentamos perceber como ela morreu, penso que temos um medico entres nós - aponto para Dr. Filch e ele acena com a cabeça. - e depois podemos seguir a maneira de Hercule Poirot, fazemos uma interrogatório.

- Acha que o assassino está entre nós? - pergunta Vera.

- Não acho, tenho a certeza. - respondo. 

O Crime 2 - Harry Styles FanFICWo Geschichten leben. Entdecke jetzt