CAPÍTULO 4

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MARIA SILVA

Edição

Acordo no domingo um pouco mais tarde do que costumava levantar, olho para a cama de Belinha. Que ainda está dormindo, vou para o banheiro fazer minha higiene matinal termino e volto para o quarto.

Encontro Belinha sentada na cama olhando para o nada.

_ O que foi? - chego perto e pergunto já sentando na cama.

_ Que susto Maria! Nem vi você chegar.

_ No mundo da lua como você estava duvido mesmo que me viu, mas o que foi? -pergunto novamente.

_ Nada! Só pensando como vai ser quando a gente chegar em São Paulo.

_ Espero que a gente se dê bem lá.

_ Nós vamos mulher, dois gatos dentro de uma casa pensa só! -diz Belinha suspirando.

_ Estou pesando e vai ser encrenca mesmo.

_ Por quê?

_ Você ainda pergunta? –respondo com outra pergunta.

_ Só porque são homens!? Não quer dizer nada! Não precisa ficar com medo de morar com eles.

_ Não estou com medo. –digo apreensiva.

_ Está bom então. –rebate revirando os olhos.

_ Vá fazer sua higiene para a gente ir tomar café. -digo me levantando da cama.

_ Sim mamãe! -diz zombando.

_ Não sou tão velha assim.

_ Não! Mas tem alma de uma. -diz saindo do quarto.

Depois do café da manhã, ajudo com as coisas de casa. De tarde, meus tios veem se despedir de nós e trazer as coisas de Belinha, que não era muito, apenas duas malas. Mas logo eles tiveram que  voltar, pois o patrão do meu tio vai precisar dele amanhã cedinho. A despedida teve um pouco de choradeira, mas é sempre assim mesmo.

Após as despedidas, vou para o meu quarto terminar minhas malas as colocando no chão perto da minha cama quando prontas e  me sento na mesma. Poucos minutos depois Belinha entra no quarto toda eufórica.

_ Adivinha quem estava lá fora? -pergunta.

_ Quem? Fala logo, não sou vidente.

_ Você não tem nem ideia?

_ Não!

_ Você estava fazendo o que aqui?

_ Terminando de arrumar minhas coisas.

_ Não terminarmos naquele dia que eu te ajudei?

_ Não. E você não me ajudou em nada naquele dia, ficou só pensando no Gabriel.

_ Pare de ser mal agradecida e falando dele é ele que estava lá fora.

_ Ele e quem? -pergunto.

_ Ele veio sozinho!

_ Hummm! Ele falou com você?

_ Sim, estava tão lindo! Pena que o pai dele teve um imprevisto com o trabalho e não pôde vir.

_ Veio dizer para a gente esperar que amanhã virá nos pegar aqui. -diz.

_ Me diga uma coisa Maria. –emenda Belinha.

_ O quê?

_ Você está caidinha pelo Sr. Pedro não é?

_ Não viaja garota! –digo emburrada.

- Hoje não, mas amanhã sim! Prepare-se São Paulo que aqui vou eu! -diz Belinha feliz.

_ Meninas vêm jantar! – grita minha mãe.

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Após o jantar e ter lavado a louça, fui tomar banho. De banho tomado fui para o quarto peguei uma camisola, vesti e me deitei, olhei para a Belinha parada perto da porta parecendo que estava decidido se ia ou não tomar banho.

_ Vai logo!

_ Estou esperando o tio sair do banheiro. –diz sem olhar em minha direção.

_ A tá! Pensei que estava enrolando para não tomar banho, a gente sabe do seu histórico, de não gostar de tomar banho! -digo rindo da sua cara de brava.

_ Engraçadinha você hein?! Não sou você, não!

_ Claro que não! Eu gosto de tomar banho, já você nem tanto.

Belinha revira os olhos e sai do quarto. Escuto o barulho da água até que meus olhos pesarem e pegar no sono.

PEDRO: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 1) REPOSTANDO  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora