BÔNUS-BELINHA

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BELINHA

  EDIÇÃO

Observar todos os dias o homem que você ama com outra pessoa não é para todo mundo, ainda mais quando vocês moram na mesma casa e ele não se importa com o seu sofrimento, trazendo a namorada todos os dias para dormir aqui e me tratando como uma boa amiga que serviu só para trocar uns beijinhos até sua namorada voltar para ele de novo.

Mas não foi por falta de aviso, Eva minha colega de faculdade tinha me alertado que ele e Ruby não ficavam nem um mês brigados. Eu na minha inocência pensei que se nos conhecêssemos melhor Gabriel poderia mudar de atitude e ficar comigo, doce engano só foi sua namorada ligar para ele e o mesmo me dispensar na hora como se meus sentimentos não valessem nada.

E sinceramente estou achando que sou meio masoquista depois do meu "namorado" me largar assim que conseguiu o queria de mim, resolvi tentar de novo e olha o que aconteceu tomei no cu novamente.

E vendo minha prima tão feliz com Pedro não consigo dizer a ela o que realmente está acontecendo, por isso toda vez que ela me pergunta como estou me sentido digo que estou bem, porque sei que ela pode até ser quietinha, mas tenho certeza que se eu disser o quanto ruim me sinto vivendo no mesmo ambiente que Gabriel ela ia querer sair dessa casa comigo e isso não iria prestar.

_ Sozinha? -pergunta uma voz rouca me puxando dos meus pensamentos.

_ Não mais né? -respondo mal-humorada.

É muito pedir para ficar sozinha curtindo minha sofrência?

_ Calma docinho, que mal humor. – Patrick, o gato e idiota tio do Gabriel.

_ Não me chame assim! Não sou nada doce. -mexo meus pés na água esperando que ele vá embora.

Mas o desgraçado tira o sapato e senta do meu lado colocado os pés também na água.

_ O que a moça faz uma hora dessas fora da cama? -respiro fundo para não dar a uma resposta atravessada.

_ Só estou sem sono e resolvi vir olhar as estrelas. -bem educada o respondo até porque não posso descontar minha frustação em ninguém.

_ Não acho que você veio ver as estrelas. -olho pra ele em silêncio.

_ E tenho certeza que essas lágrimas derramadas não são porque o céu está lindo. -passo as costas da mão no rosto e limpo as lágrimas que nem percebi que tinham caído.

_ Saudades de casa. -viro o rosto para o outro lado não querendo mais enfrentar seu olhar.

_ Então não é pelo meu sobrinho? -filho da puta.

_ Quem disse? Não tenho esse tipo de sentimento por Gabriel, somos amigos. -tento convencer a ele e a mim.

_ Não sei, talvez o jeito que você olha para ele não seja um olhar para um amigo. - enfatiza a palavra amigo.

_ Ou talvez, você esteja com a vistas ruim e está vendo coisas aonde não tem. -zombo da sua idade.

_ Ahh vai, não sou tão velho assim e minha visão está ótima. -sorri.

_ Humm sei. -tento o ignorar, mas ele estava disposto a me atormentar.

_ Porque eu acho que você está mentindo sobre seus sentimentos? Só quero ajudar. -tão prestativo que chega a incomodar.

_ Não lhe devo satisfação dos meus sentimentos, então não vou ficar aqui dizendo o que sinto ou não pelo o seu sobrinho. -levanto da borda da piscina pego meu celular e saio.

Mas antes de chegar na porta escuto um "Boa noite'' não respondo e entro subindo para o quarto. Tenho que dormir, pois amanhã é um novo dia e será melhor, pelo menos assim espero.

PEDRO: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 1) REPOSTANDO  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora