Capítulo 15

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Acordei com o meu chefe me chamando, levantei assustada e assim que o vi ali parado na minha frente uma vergonha eterna tomou conta do meu ser.

- Luma acorde - o meu chefe me chamou.

- humn... O que aconteceu?

- Você veio aqui trazer a minha agenda e uma encomenda pra mim e acabou dormindo na minha sala.

Nessa hora eu dei um pulo do sofá e "comecei" a tentar me explicar.

- Desculpe Sr. Eduar..., quer dizer, Eduardo, é que você pediu pra mim esperar aqui, eu estava cansada e esse sofá é muito confortável e eu acabei dormindo.

- Tudo bem Luma- ele disse e deu aquele sorriso que me fez perder o rumo - a propósito, eu não encomendei nada - Assim que ele disse isso um choro fino ecoou pela sala, o mesmo do meu "sonho" - da onde vem esse choro?

- Eu não sei - eu disse já me levantando - mas parece que vem daqui - eu disse já indo em direção à caixa.

Assim que abri a caixa tomei um susto enorme, quase desmaiei, era inacreditável, tinha um bebê lá dentro. Assim que peguei no colo vi que era uma menina, ela era linda nos seus mínimos detalhes, tinha os cabelos ruivos parecendo fogo, os olhos azuis e algumas sardas no rosto e ela ainda possuía o cordão umbilical.

- Ela é linda- murmurei assim que meu choque passou.

- UM BEBÊ - O Eduardo praticamente gritou, respirou fundo e voltou a falar - Luma como você trás essa caixa com uma criança pra cá?

- Me desculpe, eu não sabia que era um bebê, ela estava tão quietinha, eu não poderia imaginar.

- Você devia ter olhado o que era.

- Abrir a sua encomenda?! De jeito nenhum.

- Seja lá como for precisamos leva-la à um hospital e depois a delegacia.

- Tá bom.

Saímos da empresa e já era quase 19:00 da noite, fomos direito pro hospital. Chegando lá eles levaram a bebê, ela ficará na UTI, a mãe do meu chefe disse que vai cuidar dela, o Eduardo não queria me deixar ficar lá no hospital mas de tanto que eu insistir ele acabou deixando. Fiquei lá tanto tempo que acabei adormecendo de novo.

- Luma acorde- o Eduardo disse me cutucando - temos que ir.

- Não, por favor, me deixe ficar - pedi a ele.

- Não Luma, já são mais de 23:00, você precisa ir embora descansar, amanhã você tem que ir pra faculdade.

- É mesmo - estava tão preocupada com a bebê que acabei esquecendo da faculdade - tenho que ir embora.

- Então vamos - ele disse e saiu me puxando.

- Posso ir ver a nenem, só um pouquinho? - pedi fazendo a minha melhor cara de pidona.

- Luma... Você sabe que não pode entrar lá.

- Mas eu preciso vê-la Eduardo.

- Tudo bem, vou ver o que posso fazer.

- Muito obrigado, você é um amor - não sei o que me levou a falar isso e o que me levou o abraça-lo, só depois que percebi o que havia feito me afastei bruscamente e muito sem jeito - desculpe, foi sem querer.

Eu estava morrendo de vergonha, achei que ele me xingaria, mas não, ele apenas deu uma risada, aquela mais gostosa de se ouvir e saiu me levando pelos corredores do hospital.

A Esperança ✔Where stories live. Discover now