Capítulo 100

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Bjus e boa leitura 😘📖❤❤




    - Vamos acordar - sinto alguém me cutucar na cintura.

      - O que foi? Me deixa dormir - reclamei.

      - É assim que você recebe um amigo que está a meses sem ver? Sua ingrata - reconheci a voz e acordei na hora.

      - MATTHEW!

      - Eu mesmo - ele falou sorrindo quando eu o abracei apertado.

      - Que saudade de você - o apertei mais ainda.

      - Eu também estava com muita saudade de você.

...

      - Vamos tentar medicar ela com comprimidos, se não melhorar vou pedir pra ela fazer alguns exames - o Matthew falou escrevendo uma receita.

      - Mas esses são os mesmos remédios que ela tomou mas na forma de pílulas - falei e ele confirmou - então por que dar esses mesmos remédios se sabemos que vai fazer mal a ela?

      - Desconfio que não seja o remédio.

      - O que? - perguntei confusa.

      - Nada. Aqui está a receita, compre em uma farmácia que seja de sua confiança.

      - Tá, eu vou comprar em uma farmácia de confiança - falei olhando desconfiada pra ele.

      - Matthew - a Selena entrou afobada na sala - é uma emergência.

      - O que aconteceu? - ele perguntou se levantando e indo até a tia.

      - Um bebê acabou de dar entrada no hospital, a casa dele estava em chamas, ele e a mãe foram socorridos as pressas e trazidos pra cá.

      - Só um segundo e eu já estou indo. Luma, eu vou pedir pra Maitte ficar dois dias em observação só pra ter certeza, pra ver se o quadro dela vai apresentar mudanças ou não.

      - Pode ir pra casa querida, eu fico aqui com minha neta - a Selena falou.

      - De maneira alguma Selena, você ficou aqui a noite toda tem que ir descansar.

      - Você também passou a noite aqui.

      - Pode ir descansar Selena, mais tarde eu ligo pra minha mãe e peço pra ela vir ficar com a Maitte.

      - Tá bom, mas qualquer coisa me liga.

    
      Fiquei a manhã toda com a Maitte, quando era por volta de meio dia o Eduardo chegou igual um furacão no quarto.

      - Até que em fim eu te achei - ele falou parecendo aliviado - não sabe o susto que você me deu.

      - Já quase uma da tarde e agora que você deu falta de nós duas? - tá, eu estava exagerando, era meio dia e dez.

      - Eu pensei que você tinha ido na casa da sua mãe ou tinha ido dar um passeio. Mas quanta Heloisa me ligou perguntando seu eu sabia se a Maitte tinha melhorado que eu fui descobrir que vocês não tinham ido passear.

      - Já está tudo bem, não precisa se preocupar - tentei tranquiliza-lo.

      - Não preciso me preocupar? Pelo amor de Deus Luma, ela também é minha filha, você não sabe o desespero que me bateu quando eu soube que ela estava no hospital - ele falou, e dava pra perceber que ele estava nervoso pela vermelhidão do seu rosto.

      - Agora você fica preocupado e desesperado né?! Engraçado que você não ficou assim quando não ligou pra ela e praticamente mandou ela embora comigo quando aquela lá ainda estava viva e fazendo a sua cabeça - fiquei com raiva também.

      - Eu me arrependo disso tá, eu me arrependo todos os dias, você não tem ideia da raiva que eu sinto de mim mesmo quando lembro disso. Mas eu não não mandei ela embora com você, você que foi embora e levou ela! O que me deixou mais enfurecido com você - ele não tinha assinado a autorização? Mas a letra era idêntica a dele! - eu sou humano Luma, não sou perfeito.

      - Mas erra muito.

      - Eu sei me perdoe. Estou tentando melhorar.

      - Não parece.

      - Eu vou melhorar você vai ver.

      - Não querendo parecer pirracenta, mas eu não consigo acreditar em você.

      - Eu entendo, no seu lugar eu também não acreditaria em mim. Mas te peço uma chance, pra te mostrar que estou disposto a ser melhor, a fazer dar certo.

      - Tudo bem Eduardo. Uma chance que eu vou te dar e mais nada, se perder essa chance não vai haver outra.

      - Não vou te decepcionar - ele falou sorrindo - eu prometo.

     
      Fui ligar pra minha mãe enquanto o Eduardo ficava com a Maitte, aproveitei também pra ir na lanchonete. Voltei pro quarto e vinte minutos depois minha mãe chegou.

      - Eu volto a noite pra ficar com ela, só vou em casa dormir um pouco.

      - Fica tranquila filha, pode ir descansar, eu fico com ela enquanto você descansa.

      - Obrigada - falei abraçando ela é lhe dando um beijo - até mais tarde.

      - Até.

      - Boa tarde Taylor - o Eduardo falou.

      - Boa tarde. Ae já ia me esquecendo, deixei a Lua na sua casa, ela estava me pedindo pra ir ficar com você a muito tempo.

      - Que bom, eu também estava com muita saudades dela.

     ...

     - Pra onde está indo? - o Eduardo perguntou quando fui em direção ao meu carro.

      - Eu vim no meu carro.

      - Deixa ele ai, quando chegarmos em casa eu peço alguém pra buscar ele.

      - Não precisa.

      - Precisa sim Luma. Você passou a noite no hospital, está cansada e deve está com sono também.

      - Tudo bem, você está certo, estou quase desmaiando de sono.

     
     ....

      Não vi quando chegamos em casa, quando acordei estava em minha cama e já era quatro da tarde. Me levantei meio desorientada e fui tomar um banho, logo depois arrumei a Lua e fomos ao cinema.

      - Lulu, eu quero ir no trenzinho - a Lua falou quando saímos do cinema.

      - O trenzinho não está funcionando meu bem, mas se quiser podemos ir no brinquedão.

      - Eu tenho medo, você vai comigo?

      - Claro meu bem.

      Fui ao brinquedo com a Lua e imagina a minha vergonha, só eu de adulta no brinquedo. Além de mim não tinha ninguém com mais de sete anos, minha vontade era de me esconder na piscina de bolinha. Mas a vergonha passava toda vez que eu ouvia o riso da Lua.

     Eu iria até o fim do mundo por ela.

A Esperança ✔Where stories live. Discover now