Capítulo 118 - Eduardo

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Joseph na imagem



      - Você deve estar pensando que sua esposa morreu...

      - Como sabe? - o interrompi.

      - Imaginei que você estava pensando que aconteceu a mesma coisa que aconteceu com a moça loira que foi a óbito.

      - De fato eu pensei isso.

      - Ela não morreu - me senti tão aliviado que senti meus olhos lacrimejando - mas no estado que está - ele baixou a cabeça.

      - No estado que ela está o que?

      - Vou ser direto com você - ele suspirou e falou - ela teve eclampse.

      - Como assim? Ela me parecia saudável.

      - Ela estava, mas na hora do parto a pressão dela aumentou dentre outras coisas, olhei no prontuário dela e vi que a pressão dela já tinha aumentado em outras ocasiões. Mas não foi exatamente isso que fez ela ter eclampsia, só ajudou no processo. Quando ocorre só na hora do parto não há nada que possa fazer, se ela não manifestou os sintomas antes não dá pra prever, e consequentemente impedir, mas tem tratamentos que farão ela melhorar.

      - Mas ela já está melhor? Onde ela está agora?

      - Não. Ela está na UTI.

      - Mas...

      - Entenda senhor as secuelas disso são graves e vou ser sincero com o senhor, embora todos os médicos que a examinaram dizer que não a chances, eu acho que ela vai se recuperar. Mas quero que esteja ciente que ela pode vir a óbito a qualquer momento.

      - Quais foram as sequelas?

      - Não sabemos todas mas, ela perdeu provavelmente a visão, perdeu a mobilidade da cintura pra baixo e muito possivelmente perdeu a memória, embora isso só vamos saber quando e se ela acordar. O segundo nós temos certeza porque ela perdeu durante o parto.

     

      Após terminar a conversa fui direto pra onde a Luma estava, não queriam mas me deixaram entrar, nada que um ataque de fúria não resolvesse. Ela estava deitada, imóvel, quase sem vida. Não aguentei segurar as lágrimas, o que seria da minha vida sem ela?

Duas semanas depois

      - Eduardo acorda.

      - O que foi Joseph? - me espreguicei na cadeira ao lado da cama da Luma.

      - É hoje.

      - O que?

      - O mandato de prisão contra aqueles d&$§#@¢£©¥€. Não vai junto com os policiais?

      - Não! Vou ficar aqui, ter ido na audiência já basta. Você poderia comparecer por mim e mandar aqueles d&$#%©£@¥© pra aquele lugar.

      - Vou ter o maior prazer em fazer isso - ele deu um sorriso meio maligno - se cuida.

      Depois que o Joseph se foi chamei a enfermeira e pedi pra ela chamar os médicos que estavam cuidando da Luma.

      - Ela apresentou alguma melhora? - perguntei.

      - Infelizmente não, mas ela também não piorou; considere isso um avanço.

      - Não á mais nada que possam fazer?

      - No momento não, eu sinto muito - ele olhou alguns papéis que a enfermeira o entregou - mas tenho uma notícia que vai lhe agradar.

      - Qual?

      - Seu filho recebeu alta essa manhã. Pode levá-lo pra casa.

...

      - Filho não seria melhor se você fosse pra casa com ele? - minha mãe perguntou.

      - Não.

      - Meu bem você precisa descansar - ela acariciou meu rosto - ter uma noite de sono decente.

      - Só vou ter uma noite de sono decente quando a Luma estiver bem e em casa comigo.

      - Não vai fazer bem pra ele ficar no hospital - ela foi até o berço que eu pedi pra colocar no quarto onde a Luma estava e pegou meu filho - eu posso levar ele pra casa e ficar com as crianças, elas devem estar desorientadas sem saber o que aconteceu com a mãe e com você.

      - Isso ajudaria muito mãe, se puder mesmo fazer isso eu agradeço.

     ...

      - Que cara é essa? - perguntei quando cheguei a sala de espera e vi o Joseph com uma expressão dura no rosto.

      - Eles conseguiram fugir! Aqueles filhos da $#&@ conseguiram fugir.

      - Me explica isso direito.

      - Fomos até o local mas encontramos somente a Poluqueria, ela foi presa mas se recusa a dizer onde estão os outros.

      - Filhos da mãe.

      - Fomos até sua casa e os funcionários disseram que não veem a Virginia a mais de dois dias. Eles sabiam sobre a investigação, não sei como más sabiam!

      - Alguém deve ter contado pra eles - tentei imaginar das poucas pessoas que sabiam qual delas tinha abrido a boca - foi a Olga.

      - Oi?

      - A Olga! É claro que foi ela!

      - E como você tem tanta certeza?

      - Desde o dia da festa que fizemos pra comemorar a guarda do Caleb elas ficaram bem próximas da Virginia.

      - Você acha que a Virginia chantageou elas e as forçou conseguir alguma informação?

      - Não! Com certeza ela deve ter oferecido dinheiro e além do mais o objetivo de vida aquelas duas no momento é me ver na sarjeta.

      - Faz todo sentido. Mas não podemos afirmar isso sem provas.

      - D&$§®€¢£%#$.

      - Quando eu colocar a mão nesses #$%¥£©£®¢.

A Esperança ✔Where stories live. Discover now