Capítulo 21

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      Depois de conversar com a Miranda eu a levei pra casa e fui pra empresa do meu chefe, quando cheguei tive que esperar como sempre, ele estava em uma reunião. Eu estava cansada demais pra manter boa postura então simplesmente me deitei no sofá da sala dele e continuei a ler meu livro de como cuidar bem de um bebê. O tempo passou e nada do Eduardo chegar, até terminei de ler o livro, não tinha muita coisa pra fazer lá, então eu simplesmente me sentei na sua cadeira super-iper-mega confortável e comecei a girar, então ele chegou, fala sério por que ele só chega nas piores horas, acho que ele fica me espionando pra ver a hora que eu vou pagar mico e aparece.

      - O que você está fazendo aqui? - ele perguntou sério demais pra quem me pegou no flagra e me deu um susto.

      - Bom dia Sr. Eduardo, hoje é o dia de buscarmos a Maitte, ela recebeu alta de manhã bem cedo e já são duas da tarde, estamos muito atrasados.

      - Então por que não buscou ela ainda?

      - Por que eu sou menor de idade, não posso chegar lá e pegar ela e também porque foi você que assinou os papeis da internação dela - falei.

      - Está bem, vamos lá - ele falou abrindo a porta. Mas na hora que eu fui passar a Jhenna travou meu caminho.

      - O que a essazinha tá fazendo aqui? - ela falou com desdém.

      - Com todo ou nenhum respeito, nada que é da sua conta, vamos Eduardo - falei.

      - Eduardo, ela foi mau educada comigo! Não vai fazer nada?

      - Fazer o que? - ele perguntou pra ela, que não respondeu nada, apenas saiu pisando duro, quase quebrando o salto.

      Durante o caminho para o hospital nós não trocamos muitas palavras, só falamos coisas necessárias, eu estava incomodada com o nervosismo do Eduardo, de uma hora pra outra ele voltou a ser o ser insuportável que eu conheci messes atrás, eu não entendia, não entendia mesmo? No meio do caminho ele parou o carro no estacionamento de um shopping que eu nunca vi na vida e saiu do carro.

      - Aonde o senhor vai? - perguntei muito confusa, saindo do carro também e indo atrás dele.

      - Comprar um presente pra Maitte - quê! Eu tinha ouvido direito, ele comprando presente pra uma criança que ele nem queria.

      - Não creio - não queria falar isso mas escapou - quer dizer, você vai comprar um presente pra ela?

      - Vou - eu fiquei espantada e ele percebeu - o quê que tem demais nisso?

      - Fala sério Eduardo - já comecei a ficar irritada(sem, na verdade com motivos) - você nem gostava dela! Nem queria ela na sua casa! Agora quer pagar de bom moço?! Eu não acredito nisso.

      - As pessoas mudam Luma - ele disse assim que saímos do elevador e fomos em direção à uma loja de bebês.

      - As pessoas, não você - falei.

      - Você não acredita em mim mesmo não é?!

      - Não!

      - Por que? - ele parou de andar e ficou de frente pra mim.

      - Porque você é temperamental, uma hora você é legal e gentil, depois do nada se transforma em ser arrogante, grotesco, intolerável, mal educado, ranzinza, chato e...

      - Tá, para, você já falou o suficiente e eu já entendi.

     Entramos em uma loja cheia de coisinhas lindas, dava vontade de comprar tudo, mas como eu não tinha dinheiro eu só ia esperar o Eduardo e pronto.

A Esperança ✔Where stories live. Discover now