Semanas depois
- Amor me socorre - ouvi o grito do Eduardo de longe e corri ao seu socorro.
Mas quando cheguei lá e vi do que ele estava tentando fugir não pude me conter e até sentei no chão de tanto rir.
- Não tem graça Luma.- Tem sim - falei explodindo novamente em uma gargalhada - vou tirar umas fotos.
...
- Já chega Luma - ele estava meio emburrado mas não liguei.
- Luma - ouvi a Heloisa me chamar no corredor e fui até ela - tem um delegado esperando vocês na sala de visitas.
- Avise a eles que já estamos descendo.
Corri pro quarto chamei o Eduardo e descemos correndo.
- Bom dia - o Eduardo cumprimentou a todos. Pra nossa surpresa não estava apenas o delegado, estava os nossos pais, o Joseph e o pai do Dylan.
- Bom... ha ha - o Joseph disparou a rir do Eduardo e inevitavelmente todos na sala também.
- Filho posso perguntar por que você está vestido de boneca? - o senhor Lucas perguntou quando conseguiu parar de rir.
- Não estou vestido de boneca - ele falou com raiva, arrancando a manta que estava na sua cintura e tirando as fitas rosas do cabelo - ri mesmo Joseph, mas não se esqueça que você também vai passar por isso, caso se esqueceu você tem três filhos e duas são meninas.
- Deus me livre.
- Ele não vai não, e eu vou estar lá rindo da sua cara otario.
- Vamos parar com isso - intervi - o que os trazem até aqui?
- Achei que vocês gostariam de saber que conseguimos apreender a quadrilha - já ia começar dar pulinhos de felicidade quando ele soltou a bomba - mas o Andrew conseguiu escapar.
Depois disso eu não ouvi mais nada, eu vi que o Eduardo e os outros entraram em uma discussão calorosa sobre o que fazer, eles estavam concentrados, estressados. Mas eu não conseguia, na verdade nem tentava prestar atenção no que eles dizia, minha mente ficava repassando o sonho que tive me deixando mais desesperada.
...
- Eis o que vamos fazer - o Joseph falou depois três horas debatendo sobre o que devia ser feito pra conseguir deter o meu tio - ele com certeza não vai atacar dispreparado, ele pode está sem a gangue dele, mas isso não significa que é menos perigoso agora, então vamos jogar o jogo dele.
- Não entendi nada - falei.
- Ele já deve ter o armamento pronto pra atacar, então nós também vamos ter o nosso.
- Eu ainda não...
- É uma ótima ideia - meu pai me interrompeu. E todos estavam concordando.
- Devo lembrá-los que nenhum de vocês tem porte de arma - o delegado falou. Então era isso! Será que só eu não tinha entendido que eles estavam falando sobre armas?
- Eu... - me interromperam de novo.
- Nada que você não possa resolver, não é mesmo?! - o Eduardo falou dando um tapinha no ombro dele.
- Vocês querem para de ser grosseiros e me deixar falar - falei com raiva.
- Estava me perguntando quanto tempo você ia aguentar - meu pai falou rindo.
- Desculpa meu bem - Eduardo falou - o que você quer dizer?
- Agora mais nada.
- Então se está tudo com...
- Papaiii - a Maitte entrou correndo na sala, interrompendo o que o delegado ia dizer, e assim que viu todos na sala abriu um sorriso enorme - vocês vielam brinca comigo - ela falou batendo palminhas e saiu correndo.
- Nem pensem em sair e deixar minha filha na mão - o Eduardo falou quando o pessoal começou a levantar.
- Mas... - Joseph tentou argumentar.
- Parece que a hora de eu rir de você chegou mais cedo, vou buscar minha câmera, meu bem não deixa ninguém sair daqui.
- Pode deixar - falei e fiquei na porta pra impedir que passassem.
Dez minutos depois estavam todos, inclusive o delegado, brincando de chá de tarde com meu bebê, enquanto o Eduardo quase morria de tanto rir da cara de desagrado deles, que só piorou quando a Maitte começou a colocar fitinhas rosas nos cabelos deles.
...
- Eduardo.
- Sim - ele falou se aconchegando atrás de mim.
- Eu não quero você mexendo com armas perto das crianças, na verdade eu não queria nem que você trouxesse uma pra dentro de casa, mas como é pra nossa segurança eu não vou me opor, mas como eu disse, não mexa com isso perto das crianças.
- Tudo bem, eu entendo. Por mim eu não traria isso pra dentro de casa também, mas é pra nossa segurança.
- Só espero que no final isso tudo valha a pena.
- Eu também.
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A Esperança ✔
RomanceAs vezes quando estamos no fundo do poço o universo nos mostra que podemos afundar mais ainda. Luma é uma garota de 17 anos, prestes a fazer 18. Sua mãe foi sequestrada quando ela tinha 11 anos, e é quase sete anos depois ainda não foi encont...