Capítulo 127

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Semanas depois

      - Amor me socorre - ouvi o grito do Eduardo de longe e corri ao seu socorro.

      Mas quando cheguei lá e vi do que ele estava tentando fugir não pude me conter e até sentei no chão de tanto rir.

 
      - Não tem graça Luma.

      - Tem sim - falei explodindo novamente em uma gargalhada - vou tirar umas fotos.

...

      - Já chega Luma - ele estava meio emburrado mas não liguei.

      - Luma - ouvi a Heloisa me chamar no corredor e fui até ela - tem um delegado esperando vocês na sala de visitas.

      - Avise a eles que já estamos descendo.

      Corri pro quarto chamei o Eduardo e descemos correndo.

      - Bom dia - o Eduardo cumprimentou a todos. Pra nossa surpresa não estava apenas o delegado, estava os nossos pais, o Joseph e o pai do Dylan.

      - Bom... ha ha - o Joseph disparou a rir do Eduardo e inevitavelmente todos na sala também.

      - Filho posso perguntar por que você está vestido de boneca? - o senhor Lucas perguntou quando conseguiu parar de rir.

      - Não estou vestido de boneca - ele falou com raiva, arrancando a manta que estava na sua cintura e tirando as fitas rosas do cabelo - ri mesmo Joseph, mas não se esqueça que você também vai passar por isso, caso se esqueceu você tem três filhos e duas são meninas.

      - Deus me livre.

      - Ele não vai não, e eu vou estar lá rindo da sua cara otario.

      - Vamos parar com isso - intervi - o que os trazem até aqui?

      - Achei que vocês gostariam de saber que conseguimos apreender a quadrilha - já ia começar dar pulinhos de felicidade quando ele soltou a bomba - mas o Andrew conseguiu escapar.

      Depois disso eu não ouvi mais nada, eu  vi que o Eduardo e os outros entraram em uma discussão calorosa sobre o que fazer, eles estavam concentrados, estressados. Mas eu não conseguia, na verdade nem tentava prestar atenção no que eles dizia, minha mente ficava repassando o sonho que tive me deixando mais desesperada.

...

      - Eis o que vamos fazer - o Joseph falou depois três horas debatendo sobre o que devia ser feito pra conseguir deter o meu tio - ele com certeza não vai atacar dispreparado, ele pode está sem a gangue dele, mas isso não significa que é menos perigoso agora, então vamos jogar o jogo dele.

      - Não entendi nada - falei.

      - Ele já deve ter o armamento pronto pra atacar, então nós também vamos ter o nosso.

      - Eu ainda não...

      - É uma ótima ideia - meu pai me interrompeu. E todos estavam concordando.

      - Devo lembrá-los que nenhum de vocês tem porte de arma - o delegado falou. Então era isso! Será que só eu não tinha entendido que eles estavam falando sobre armas?

      - Eu... - me interromperam de novo.

      - Nada que você não possa resolver, não é mesmo?! - o Eduardo falou dando um tapinha no ombro dele.

      - Vocês querem para de ser grosseiros e me deixar falar - falei com raiva.

      - Estava me perguntando quanto tempo você ia aguentar - meu pai falou rindo.

      - Desculpa meu bem - Eduardo falou - o que você quer dizer?

      - Agora mais nada.

      - Então se está tudo com...

      - Papaiii - a Maitte entrou correndo na sala, interrompendo o que o delegado ia dizer, e assim que viu todos na sala abriu um sorriso enorme - vocês vielam brinca comigo - ela falou batendo palminhas e saiu correndo.

      - Nem pensem em sair e deixar minha filha na mão - o Eduardo falou quando o pessoal começou a levantar.

      - Mas... - Joseph tentou argumentar.

      - Parece que a hora de eu rir de você chegou mais cedo, vou buscar minha câmera, meu bem não deixa ninguém sair daqui.

      - Pode deixar - falei e fiquei na porta pra impedir que passassem.

      Dez minutos depois estavam todos, inclusive o delegado, brincando de chá de tarde com meu bebê, enquanto o Eduardo quase morria de tanto rir da cara de desagrado deles, que só piorou quando a Maitte começou a colocar fitinhas rosas nos cabelos deles.

...

      - Eduardo.

      - Sim - ele falou se aconchegando atrás de mim.

      - Eu não quero você mexendo com armas perto das crianças, na verdade eu não queria nem que você trouxesse uma pra dentro de casa, mas como é pra nossa segurança eu não vou me opor, mas como eu disse, não mexa com isso perto das crianças.

      - Tudo bem, eu entendo. Por mim eu não traria isso pra dentro de casa também, mas é pra nossa segurança.

      - Só espero que no final isso tudo valha a pena.

      - Eu também.

A Esperança ✔Where stories live. Discover now