cap 4

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Antes de sair da sacada, tenho a leve impressão de ter visto algo na floresta, o que me faz voltar e verificar. Acho que a minha raiva estava fazendo eu ver coisas. Dou de ombros e destranco a porta do quarto, em seguida entro debaixo das cobertas.

Que dia mais estressante!.

Antes mesmo que eu possa pegar no sono, escuto a porta ser aberta, mas continuo de olhos fechados. Nem morta que eu ia me desculpar com ele!

- eu sinto muito por hoje, Emy - meu pai me dá um beijo rápido na cabeça.

- tenha doces sonhos, minha filha - minha mãe fala delicadamente como sempre.

Pelo menos dessa vez ele se desculpou.

Assim que escuto a porta ser fechada novamente, abro os olhos. A sensação agora era outra, eu podia dormir em paz. Fecho os olhos, e deixo que o sono me vença.

(...)

Acordo no dia seguinte com o despertador gritando ao meu lado. Eu ainda vou queimar esse negócio.
Me levanto contra minha vontade, e sigo me arrastando para o banheiro.
Após fazer minhas higienes, passo apenas um rímel e um blush para esconder minha cara de defunto e sigo para o closet para me vestir, opto por uma calça jeans preta e uma blusa branca básica, visto minha jaqueta de couro e pego minha mochila, descendo as escadas logo
em seguida.

Sabe, pensando melhor na briga de ontem, faz sentido meu pai ser tão protetor quanto a lobos desconhecidos, muito dessa tensão piorou quando meu avô John morreu, ele era o antigo supremo, então tinha inimigos também. Ele viajava muito desde que tivera se aposentado e passado o comando para meu pai, que insiste que o acidente foi causado pelos rebeldes. Eu não o culpo, porque embora não haja provas, uma parte de mim me faz crer que talvez aquilo não tivesse sido totalmente um acidente. Meu pai evita falar dessas coisas com minha mãe, ela ainda sente muito a morte do meu avô materno.

Assim que chego na cozinha, encontro meus pais tomando café da manhã tranquilamente na mesa. Minha mãe bela como sempre, e meu pai que parecia estar indo para alguma reunião importante, visto que usava uma roupa social.

- bom dia - dou um sorrisinho para ambos, e me sento com eles.

- bom dia, Emy - minha mãe sorri e volta a beber seu suco.

- bom d... - meu pai para e olha o relógio, e faz uma cara de assustado - Santa Deusa!. Eu estou atrasadíssimo para a reunião com os alphas! - ele se levanta apressadamente e bebe de uma vez o resto de café que restava em sua xícara.

- eu te avisei! - minha mãe ergue uma das sobrancelhas.

- até logo, meninas - ele nos dá um beijo rápido e saí correndo pela casa.

- eu também não posso perder a hora - digo terminando de comer meu sanduíche.

- por que não vai andando para a escola hoje, querida?. Não é longe daqui - minha mãe sugere - contato com a natureza te fará bem!.

- eu acho que seria uma boa ideia - sorrio - até logo, mãe - dou um beijo nela.

(...)

Estou andando tranquilamente pela calçada, apressiando a paisagem que me rodeava, quando um corolla na cor preta para ao meu lado.
Começo a ficar nervosa, mas logo me acalmo quando vejo quem era o motorista.

- hey, filha do supremo! - Leon se inclina até o banco do carona para alcançar a janela - quer uma carona?.

- não precisa - falo calma  - eu gosto de andar.

- tem certeza? - ele faz uma cara de confuso - ...é uma via bem movimentada...

- não se preocupe - volto a andar - nos vemos na escola!

Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde histórias criam vida. Descubra agora