cap 38

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Assim que abro os olhos tenho uma certa dificuldade para me localizar. Olho a bagunça de roupas e almofadas jogadas no chão, o que me faz voltar a realidade. Um sorrisinho envergonhado involuntário toma conta dos meus lábios, a noite anterior tivera sido perfeita. Me mexo com cuidado na cama e logo sinto um peso na minha cintura. Daniel dormia serenamente ao meu lado.

Acaricio seu rosto delicadamente, contornando suas feições e o vendo despertar lentamente. Assim que abre os olhos, ele me puxa para mais perto e dá um sorriso de canto.

- bom dia, Emy - sua voz rouca me desperta desejos da noite anterior.

- bom dia - me aninho mais em seus braços.

- você está bem? - ele me olha.

Certamente se referiu a ontem.

- sim - o olho - estou bem.

- fiquei com medo de te machucar - ele admite e acaricia meus cabelos.

- eu não senti dor alguma - fico de bruços e apoio meu rosto nas minhas mãos - adorei cada minuto.

- eu também - ele acaricia minha bochecha - é melhor eu ir. Não será bom se seu pai nos vir descendo as escadas juntos - ele ri.

- você tem razão - falo com humor - mas volte para tomar café conosco.

- pode deixar - ele me beija.

Ele se levanta e começa a procurar suas roupas no chão, e enquanto isso, admiro seu corpo estrutural. Droga, será que ele malha todos os dias?.
Após se vestir, ele caminha até a sacada do meu quarto.

- Daniel, o que vai fazer?! - me sento na cama.

- eu vou pular, é claro - ele fala como se fosse óbvio.

- está louco?! - me enrolo nas cobertas e caminho até ele - pode se machucar com a altura. Fora que alguém pode te ver!.

- Emy, sua sacada dá para a floresta. Ninguém vai me ver - ele ri - e além disso, eu prefiro quebrar um braço do que seu pai quebrar todos os meus outros ossos ao me ver saindo do seu quarto.

- merda - murmuro - tome cuidado.

- não se preocupe, amor - ele fala convencido e seus olhos logo ficam dourados. Ele pula da sacada e caí no chão em pé, como se a altura e o impacto não tivessem nem feito cosquinha.

Ele... Ele me chamou de "amor"?

Ao chegar ao solo, ele acena para mim e corre em direção a floresta. Ele teria que fazer a volta pela alcatéia para que ninguém o visse saindo daqui.
Dou uma risada curta e entro no quarto.
Eu estava me sentindo revigorada, completamente revigorada.
Recolho minhas roupas do chão e as coloco no lugar certo, em seguida sigo para minha rotina matinal.

Não conseguia parar de pensar na noite anterior, tivera sido tão bom. Ninguém nunca me viu como ele me viu ontem, Daniel me fez me sentir confortável do início ao fim. Afinal, todo corpo tem sua particularidade, e toda mulher sabe disso. Eu amei do início ao fim.

(...)

Após me vestir com um short jeans simples e um body preto com detalhes nas costas, passo apenas um rímel e penteio meus cabelos. Merda, por quê estavam tão embaraçados?.

Ah... Lembrei o porquê. Rsrs.

Desço calmamente as escadas e me sento a mesa junto com meus pais, que conversavam tranquilamente.

- bom dia, família - sorrio.

- bom dia, querida... - meu pai fala desconfiado.

- está de bom humor hoje? - minha mãe ri - o que houve?.

- hm... Não ouve nada - disfarço - apenas acordei bem - sorrio.

- aí tem coisa - meu pai ergue uma das sobrancelhas e me encara.

- não tem não - rio de nervoso - tive uma boa noite de sono, só isso - mordo um biscoito.

- espero que isso se repita por mais dias - ele ergue as mãos para o alto, como se pedisse uma prece.

- Tris! - minha mãe ri - respeite nosso limãozinho - ela se refere a mim.

Eu não sou um limão!

- eu estou sempre de bom humor, ok? - rio.

- querida, quando caiu da cama hoje você bateu a cabeça com muita força? - meu pai fala brincalhão.

- pois saiba que... - sou interrompida pelo som da campainha - oh... Daniel chegou.

- o que ele faz aqui? - meu pai franze a testa - não são nem 10 horas da manhã! - ele fala olhando o relógio em seu pulso.

- seja amável, Tristan Jones! - minha mãe fala em tom de ameaça.

- bom dia a todos - Daniel fala tímido.

- bom dia, querido - minha mãe fala simpática, como sempre - sente-se conosco para o café!.

- não - meu pai fala alto, fazendo com que todos congelassem - eu preciso falar com ele. Sabe... De homem para homem.

- como é? - tento não esbanjar meu desespero.

- e precisa ser agora? - minha mãe bufa.

- tudo bem, Luna - Daniel fala educado - estou sempre a disposição do pai da minha companheira.

- puts... Ele não fez isso - minha mãe sussurra para mim.

A palavra "companheira" Ainda não passa muito suavemente pelos ouvidos do meu pai.

- que seja, vamos logo - meu pai se levanta com brutalidade da mesa e anda a passos largos até o escritório.

Daniel caminha atrás dele e ambos saem de nossa visão.

- não se preocupe, Emy - minha mãe toca minha mão - é o tipico de conversa entre pai e o namorado da filha.

- esse é o problema - a olho assustada - sabe como ele consegue ser assustador quando quer...

- o Daniel? - minha mãe pergunta sem entender.

- não. O Supremo Alpha, vulgo meu pai - falo já sentindo um nó na garganta.

- bom... Não falemos disso - ela muda de assunto - e então, como foi? - ela pergunta eufórica como uma adolescente.

- como assim?.

- não dificulte as coisas, Emy - ela ri - sei que teve sua primeira noite de amor.

- como sabe?! - arregalo os olhos - nós fizemos... Barulho?.

- não, querida - ela gargalha - mas eu conheço você. Identifiquei isso no minuto que se sentou a mesa. Conheço o brilho do olhar de uma mulher apaixonada.

"Apaixonada"?.

- foi tudo tão... Mágico - falo encantada.

- estou feliz que ele tenha conseguido sua confiança para isso. Você está se tornando mulher, Emy - ela sorri.

- bom... Isso é meio estranho. É agora que compartilhamos algumas dicas eróticas? - falo com humor.

- que horror, Emily - ela gargalha - eu ainda nem tomei minhas vitaminas.

Continuamos a conversar, até que escutamos as vozes de Daniel e meu pai de longe. Eles finalmente haviam acabado a tal conversa.









Te Amo Meu Alpha-2° volume.Where stories live. Discover now