cap 34

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A medida em que me aproximava da alcatéia meu nervosismo só aumentava. Tentava me concentrar na música que tocava na rádio, mas era inútil. Minhas mãos estavam trêmulas e minha respiração estava pesada, minha ansiedade estava batendo á porta.
Quando entro na na estrada que se ligava unicamente aos enormes portões da alcatéia, tudo parece piorar.
Respiro fundo e piso no acelerador, eu não podia fracassar agora. Assim que abaixo o vidro e mostro meu rosto, os portões são abertos, contudo, meu desespero só aumentou quando olhei pelo retrovisor e vi um guarda falar algo num radinho, ele com certeza estava avisando ao meu tio.

(...)

Assim que estaciono na frente de casa, suspiro aliviada. Tudo parecia normal, era como se eu nem tivesse saído.
Pego minha mochila e subo os degraus da frente com pressa. Fico relutante, mas tomo coragem e enfim, giro a maçaneta.

Assim que adentro no hall de entrada, escuto vozes na sala, que é onde me encaminho. Meus pais estavam de frente para um mapa que estava estendido sobre a mesa, já meu tio e Daniel estavam de frente para uma mesa lotada de computadores... Espera... O que Daniel está fazendo aqui?.

- mas que bagunça é essa? - pergunto largando minha mochila.

Nesse momento o falatório é cessado, e minha mãe imediatamente corre até mim, me envolvendo num abraço muito, muito, e muito apertado. É sério, era um abraço de esmagar todas as minhas tripas.

- como ousa fazer isso comigo?! - ela fala preocupada com os olhos marejados - eu não consegui dormir direito todos esses dias!.

- mas... Mas eu mandei mensagens para vocês! - falo como se isso pudesse apaziguar um pouco as coisas.

- isso não é o suficiente. Você foi irresponsável e imprudente - meu pai fala vindo na minha direção.

- pai... Eu sinto muito por isso, eu só... - paro de falar quando ele me envolve bruscamente com um abraço.

- o coração de um pai nunca estará em paz enquanto não souber que sua filha está bem - ele me solta e segura meu rosto com as duas mãos -  e Emy, eu estou tão, tão feliz que você está bem.

- eu sinto muito por isso... - falo deixando algumas lágrimas escaparem - é que... Me pareceu o certo a se fazer. Eu precisava respirar, precisava... - minha mãe me interrompe.

- sim, você precisava do seu espaço - ela toca meus cabelos - posso sentir sua dor.

- ok... Agora que todo esse drama melodramático já acabou, posso abraçar minha sobrinha? - meu tio Théo abre espaço entre meus pais e me abraça, me erguendo do chão.

- eu também senti sua falta, tio Théo - dou uma curta risada quando ele me põe de volta no chão.

- pirralha, depois de todo esse drama, vou colocar rastreadores nos carros e motos da garagem - ele sorri brincalhão -  estou aliviado de ver que você não tem nenhum arranhão - ele bagunça meus cabelos.

- hey! - dou risada e tiro meus cabelos do rosto.

- bom... Eu acho que agora é a minha vez... - Daniel anda até mim com as mãos nos bolsos.

- olá, Daniel... - dou um sorriso fraco.

- olá, Emy - ele fala meio sem jeito e fica me olhando por alguns segundos, como
se estivesse buscando algo nos meus olhos. O olhar dele me prendia...

- Daniel foi muito útil durante sua busca, minha filha - meu pai dá dois tapinhas no ombro dele.

Isso está mesmo acontecendo?

Te Amo Meu Alpha-2° volume.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora