Te Amo Meu Alpha-2° volume.

cap 21

Assim que entramos no escritório de meu pai, ele revira os olhos cansado.

- será que não posso passar um dia sem que minha querida filha arrume confusão? - ele bufa largando os papéis que estava mexendo, e se arruma na cadeira acolchoada.

- então deve imaginar a minha surpresa quando soube que Emy não havia provocado - meu tio fala com humor - bom... pelo menos dessa vez.

- mas que droga! - me defendo - foram semanas relativamente calmas!.

- tanto faz - meu pai suspira - para começo de conversa, vocês não deveriam estar nas vossas alcatéias? - meu pai olha para os três rapazes, que estavam visivelmente incomodados.

- nosso pai nos deu o dia livre - um deles fala firme.

- tenho certeza de que Marco ficaria muito interessado em descobrir o que os filhos estão aprontando nas alcatéias alheias - meu tio cruza os braços. 

Alfa Marco é um grande amigo de meu pai, mas alguns anos se tornou alpha, o que acabou os afastando um pouco.

Após contar toda a história da confusão obtida, o olhar raivoso de meu pai só aumentava a medida em que meus amigos confirmavam a minha versão, e é claro, o desespero dos três babacas só aumentava. Isso é realmente divertido.

- Théo, faça o favor de acompanhar esses três delinquentes até a alcatéia de Marco. Ele vai adorar saber que seus filhos não passam de covardes repulsivos! - meu pai fala entre dentes.

- supremo, por favor... - o loiro abre a boca para fala, mas é interrompido por meu pai.

- cale-se! - ele vocifera - saiam já da minha frente!.

Tio Théo praticamente os arrasta para fora da sala, e logo meu pai volta seu olhar para mim.

- acho melhor você ir para casa - ele suspira - todos vocês.

Assinto positivamente e saio da sala acompanhada de meus amigos.

(...)

- nos vemos em breve - Angiel e Julia me abraçam.

Me despeço dos demais, ficando apenas com Leon.

- dia e tanto, não é? - ele me olha divertido.

- estou exausta - rio.

- até amanhã, Emy - ele me dá um beijo rápido. 

- até mais - sorrio, e o vejo sair com as mãos nos bolsos.

(...)

Assim que chego em casa, noto que minha mãe havia saído e eu estava sozinha, apenas com os empregados. Entro no elevador e subo para o terceiro andar, em seguida ando tranquilamente até a biblioteca.
Assim que fecho a porta atrás de mim, sinto um calafrio percorrer minha espinha e arrepiar todos os meus pelinhos do braço. Que estranho...

Ignoro a sensação estranha, e sigo para a seção de livros de fantasia. Enquanto procurava algum livro que já não tenha lido, quase pulo de susto quando escuto um barulho alto vindo de outra prateleira próxima a mim. Ah, que ótimo!. Agora só falta o cara da serra elétrica aparecer bem na minha frente.
Ando até a direção do barulho, mas não vejo nada, apenas um livro caído no chão.  Mas como ele caiu, se tudo estava perfeitamente organizado?.

Quando pego o livro noto que uma das páginas estava marcada, então logo a abro. O livro era sobre a minha árvore genealógica, todos os meus antepassados estavam lá, e bem no último havia o meu nome. No entando, meu nome estava manchado com alguma coisa, parecia ter sido recente. Aproximo o livro do meu rosto, e sinto meu coração palpitar quando sinto o cheiro de sangue vir da mancha. Largo o livro rapidamente e me afasto.

- que brincadeira idiota é essa?! - falo com a voz assustada.

- olá, Emily... - uma voz soa atrás de mim.

Me viro rapidamente e contemplo o dono da voz. Espera... era o Erick!. Como ele conseguiu entrar aqui?.
Depois que acordei do coma, soube que Erick havia saído da escola e estava sumido desde então, mas uma coisa era fato... este na minha frente parecia ser o Erick versão maligna e assustadora. Seus olhos já não eram calmos e dóceis, e sim raivosos e pertubadores. Aquele não era o meu amigo.