cap 7

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Levanto tão rápido que acabo caindo sentada de novo no amontoado de almofadas.

Droga!

Suspiro e procuro manter a calma. Nada que é feito com pressa dá certo. Me levanto e ando a passos largos até o meu quarto, tirando a roupa rapidamente e tomando uma ducha para ver se me acordava. Visto uma calça jeans preta e um body na mesma cor, sutilmente decotado e opto por um cinto fino dourado. Dobro a bainha da calça e calço meus tênis, em seguida apenas solto os cabelos e passo um rímel.

Quem reclamar das minhas olheiras hoje corre risco de morte!

Desço as escadas com pressa e contemplo a cada vazia, meus pais curiosamente não estavam em casa, o que só facilitava a minha vida já que eu não teria que perder mais tempo explicando o porquê  eu ainda não estava na escola. Pego apenas uma torrada e pego minha moto. Passo pelos portões da alcatéia rapidamente e não paro, mesmo escutando os berros do meu tio atrás de mim.


(...)

Assim que chego na frente da escola, a entrada estava vazia, indicando que todos os alunos já estavam na aula... quer dizer... na segunda aula, já que eu certamente já havia perdido a primeira. Ando apressadamente até o meu armário, e me assusto quando o barulho do sinal toca. Meus sentidos estavam aguçados hoje, eu estava mais agitada e aérea.

Que droga está acontecendo?

Todos os alunos começam a sair das salas, e se dirigirem para as próximas aulas, então logo os corredores começam a ficar irritantemente barulhentos. Me afasto rapidamente do armário quando Leon o fecha com força, me fazendo o fuzilar.

- você está louco?! - bufo - podia ter quebrado as minhas mãos!.

- se divertiu no passeio, "Emyzinha"? - ele pergunta com falsidade.

Reviro os olhos e abro o armário de novo, desta vez, o fazendo bater em seu rosto. Ok, isso melhorou o meu humor.

- porra, Emily! - ele reclama irritado.

- ops... - faço uma cara de surpresa - foi um acidente, docinho - dou de costas e saio andando até a próxima aula, ignorando seu olhar que eu tinha certeza que estava em mim.

(...)

Depois de mais dois tempos de aula, eu finalmente estaria na mesma sala que Gabi. Minha respiração estava ofegante e minhas mãos estavam frias, era como se Sarah estivesse em colapso dentro de mim.

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- mas que droga! Qual é o seu problema?! - falo com irritação.

- depois de tanto tempo sem se transformar e das semanas conturbadas que tivemos, o que mais você esperava? - ela fala no mesmo tom.

- fique calma. Não podemos deixar que os humanos vejam absolutamente nada! - peço.

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Assim que entro na sala, sou recebida por um olhar nada amigável do professor de geografia, que hoje parecia compartilhar de um ódio generalizado.

Esse dia só fica pior.

Assim que me sento perto de Gabi, ela abre um sorriso e se inclina para falar comigo.

- eu vi o clima tenso entre você e o bonitão de jaqueta de couro, o que está rolando? - ela pergunta com empolgação.

- "bonitão de jaqueta de couro"? - me faço de desentendida.

- sim, o Leon!.

- ah... ele... - falo sem interesse - ele só estava tentando sugar as minhas energias, como sempre.

- tipo um dementador? - ela fala com humor.

- um o quê? - franzo a testa.


- sim! - ela arregala os olhos - você nunca viu Harry Potter?.

- quem?.

- como assim, Emily?! - ela praticamente grita, fazendo todos nos olharem.

O professor logo nos olha com raiva.

- se não forem pedir muito, teria como as duas senhoritas prestassem atenção na aula?! - ele ordena.

- sim, senhor... - Gabi fala com vergonha por conta dos risos do resto dos alunos, se recolhendo em sua cadeira

- algum problema, senhorita Jones? - ele me encara de braços cruzados. Acho que a minha cara de total tédio deixava isso bem claro.

- ... depende...- finjo que estou pensando - a sua existência conta?.

- saia já da minha aula, Emily Jones! - ele vocifera - não vou gastar meu tempo com alunos rebeldes hoje! - ele completa, fazendo a sala ficar em silêncio.

- sem problemas - suspiro e me levanto.

Aceno me despedindo de Gabi, que me olhava com os olhos arregalados, e me retiro de sala.
Passo na diretoria, e recebo uma advertência. Não era grande coisa, meu dia já estava incrivelmente merda mesmo.
Eu não poderia mais comparecer as aulas de geografia pelo resto do dia, o que significava duas horas vagas. Vou para o jardim, e sento em um dos bancos de concreto que ficava embaixo de uma árvore que rendia uma sombra enorme.

Após colocar meus fones, tento me concentrar em acalmar meus nervos, e principalmente.. o meu espírito lupino. Sabe... eu não tenho o hábito de responder a professores, mas não pude evitar. Foi um acidente.

- hey - Eric sorri, e se senta ao meu lado.

- você não deveria estar em aula? - tiro os fones.

- tempo vago.

- Eric... - ele me olha - por que não me contou que é vampiro? - pergunto de uma vez.


Ele arregala os olhos com surpresa, e se mantém calado, completamente estático. Ok, se eu estivesse no lugar dele, eu provavelmente teria essa mesma reação. 




Te Amo Meu Alpha-2° volume.Where stories live. Discover now