Capítulo 13 (Parte I)

444 27 4
                                    

Voltar a tocar o corpo que tanto lhe fez falta é como ir do inferno ao seu em um nível que não dá para ser descrito em palavras no caso de alguém ousar lhe perguntar qual é e como se define essa sensação.

Hanna Marin e Caleb Rivers estavam indo do inferno ao paraíso por aquela fração de segundos a minutos com a qual se beijavam e se tocavam desesperadamente. Eles de fato, estavam perdendo-se um pelo outro como costumava fazer quando era um só.

Mas, espera.

Em algum momento deixaram de ser um só, mesmo quando estavam com outros? Essa, definitivamente, era uma questão para ser pensada em outro momento, todavia, aquele momento, o que estava acontecendo no presente e não mais no passado e nem mesmo em algum ponto distante do futuro, era o que os importava, era o que os mantinham focados, era o que os mantinham ali, numa sintonia perfeita, num estado de espirito que poderia ser sonho, entretanto, pela forma como o homem tocava a mulher e a maneira como ela reagia a todos os beijos que lhes eram dados, não havia forma alguma de tudo o que estava acontecendo ser um sonho.

Não era um sonho. Não era um sonho e Hanna sentiu, pôde ter a certeza de que era mais do que real quando Caleb quebrou o contato causado pelo intenso beijo que davam e a olhou nos lindos olhos que àquela altura se encontravam dilatados, mas, sem resquício algum de lágrima.

Ela já não chorava mais.

- Eu senti tanta saudade do gosto dos seus lábios. – Murmurou contra a boca dele, notando que sua respiração estava pesada demais para responder algo a respeito daquilo.

Mas, ele respondeu:

- Hanna, eu...

- Eu senti saudade de você. Eu não deveria estar fazendo isso, mas preciso disso.

- Nós não deveríamos fazer isso.

- Mas eu preciso. Você precisa. Nós dois precisamos, Caleb.

Como se aquela pausa que usaram para dizer palavras sem sentido fosse necessária para respirarem, os dois voltaram a se segurar um no outro, forte, e o beijo se iniciou mais intenso do que antes, acabando fazendo com quê Caleb guiasse Hanna para o sofá que lhe pareceu mais próximo, quase tropeçando em uma de suas pantufas e assim, acidentalmente embora nem tanto, caindo com seus corpos no macio assento que resultou em almofadas indo de encontro ao chão, não sendo empecilho algum para aqueles que se entreolharam uma vez mais e outra vez, como provavelmente se repetira incontáveis vezes, voltaram ao beijo que era a única coisa que necessitavam para continuarem insano uns pelos outro ao passo que a chuva do lado de fora não dava trégua alguma.

(Ps: se eu fosse vocês, ouviria Close do menino Nick Jonas)

As mãos de Hanna pairavam dos ombros esguios do rapaz e iam deliberadamente para seus braços, voltando a fazer o caminho inverso ao mesmo instante em que ele beijava seu pescoço e se sentia, ao mesmo tempo, petrificado pela forma desesperada que ela agia a cada toque, em todos os simples toques que lhe era dado: era como se Caleb fosse o único que poderia amá-la daquela forma e isso o deixava em choque.

Oh damn, I'm so perplexed. With just one breath, I'm locked in.

"Oh, droga, estou tão perplexo. Com apenas um suspiro, estou trancado."

Caleb estava tão decidido a fazer o que estava fazendo. Mas por alguma razão ainda desconhecida, ele parecia sentir que Hanna poderia vir a estar um passo de desistir de tudo porque, seu coração, ele podia sentir, batia num ritmo acelerado contra seu peito e a cada respiração, a cada respiração que não só ele como ela dava, o fazia sentir que estavam trancados num mundo que não teria mais volta.

AmnesiaWhere stories live. Discover now