1- A Telepata_ Persuadidos

Capítulo 37- Tudo parecia querer me engolir outra vez.

A semana seguinte correu de pressa, tanto que mal percebi ele passando.
E tantas coisas pareciam foram de contexto de repente.

Minha melhor amiga não estava mais só me ignorando, em um determinado momento começou a se juntar a parte obscura da escola. Junto do tipo de garota que ela jurou jamais ser, ela tentava sabotar minha vida de todas as formas que ela descobriu.

Espalhou boatos sobre mim nos corredores da escola. Riu de mim quando ninguém estava vendo e se tornou uma cópia de Lexi com uma rapidez absurda.

Na tarde de quinta, quando estava entrando para a aula de educação física, peguei ela e Dave trocando beijos e mãos bobas no vestiário das meninas.

Ela havia enlouquecido de vez?

Como ela poderia ficar com aquele cara, achei que ela odiava ele.

-O que você está olhando?- disse ela com um sorriso debochado assim que me pegou encarando ela e Dave naquela situação constrangedora.

Eu não sabia se ria ou se chorava com aquela atitude dela, só sabia dizer que estava completamente perplexa com sua atitude.

-Você está louca?- perguntei com um semblante sério. Era tão inacreditável a situação que eu não conseguia acreditar que ela estava mesmo acontecendo.

-Qual o problema gata? A fila anda.- disse Dave com os lábios inchados.

Levantei as mãos na altura do rosto. Me rendendo completamente.

-Agora você se superou mesmo.- disse para ela, ignorando completamente Dave.

Depois sai do banheiro, peguei a minha mochila e fui para casa.

Tinha passado tanto tempo com Zac que não tinha visto o mundo se transformar? Ou aquilo aconteceu enquanto eu dormia? Porque nada fazia mais sentindo.

Segunda tinha ido conhecer as pirâmides do Egito, literalmente assim. Zac tinha me levado para aquele deserto e me mostrado como era o seu ponto de vista. Feito um piquenique para mim ao estilo Cleópatra.

Foi estranho ser teletransportada, me sentia como se todas as minhas partes tivessem sido colocadas desordenadamente. Mas com o passar do tempo já estava me acostumando, mesmo que sentisse uma náusea logo após aparecer em algum lugar.

Ele segurava a minha mão e quando eu via o mundo mudava de foco e lá estávamos nós em um lugar completamente diferente. E era tão maravilhoso que eu não me importei de repetir a dose mais algumas vezes.

Na terça ele me levou para uma ilha na Nova Zelândia. Fizemos uma trilha que ele parecia conhecer de cor e depois nadamos no meio de um monte de peixes coloridos. Era indescritível o lugar, com todas aquelas cores e texturas. Nunca tinha visto um lugar como aquele nem nos documentários do Discovery.

Na quarta comemos croassant enquanto olhávamos para a torre Eiffel. O senário mais romântico que ele podia me proporcionar.

Tudo estava maravilhoso. Eu já nem sabia quais eram os meus problemas, ainda que quando voltasse para casa eles estivessem lá.

Zac me tratava com um carinho que eu nunca tinha visto e nem sentido de alguém. Me bajulava e sempre encontrava uma forma de me fazer sorrir para as coisas mais simples da vida.

Ficamos por algumas horas no seu santuário entre um teletransporte e outro. Conversamos sobre nossos passados e fizemos tantos planos para o futuro que eu quase acreditei que tudo seria diferente.

Os dias ao lado de Zac eram tudo que me mantinha no lugar. Vivíamos praticamente grudados todos os dias, mas na metade da semana ele havia me deixado esperando por ele na hora do almoço. Depois esqueceu nosso encontro quando a noite chegou.