Cap.8

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   Já faz 2 horas que voltamos, já faz 2 horas que eu estou no mesmo lugar, já faz 2 horas que eu estou fitando essa merda de teto, 2 horas que Max entrou nessa merda de escola. Sim meu lindo povo, Max o mesmo cretino que me pôs um par de chifres, o mesmo ser que se mudou de escola, o mesmo ser que deve tá rindo da minha cara nesse exato momento. Fui fraca, sai de lá correndo. E agora cá estou eu no ap do Gui tomando uma Skol.
   Saio do meu pensamentos quando meu célula toca, atendo sem nem mesmo ver quem era.

   Chamada on:

   Xxx: Aonde você tá?
   Ali: Quem é?
   Xxx: Caramba garota me responde!
   Ali: Não vou falar a minha localização para um total estranho.
   Xxx: Sou eu!!! Seu colega de quarto.
   Ali: Ahh o que você quer?
   Alex: Que tal... SABER A MERDA DE LUGAR QUE VOCÊ TÁ?
   Ali: Calma ae estressadinho, tô na casa do Gui.
   Pude ouvir do outro lado da linha um suspiro, acho que é de alívio.
   Alex: Menos mal.
   Ali: Me ligou só pra isso?
   Alex: Não, me passo endereço, vo ti buscar.
   Ri com aquilo, ri não, gargalhei.
   Ali: Não vou te dar o endereço, e você não vai me fazer voltar.
   Alex: Olha aqui Maluquinha, eu fiquei louco nessa escola procurando pelo menos uma pessoa que tinha o seu número, pra eu poder te achar então você vai SIM, para a merda dessa escola comigo.
   Ali: Você procurou porque quis.
   Não deixei ele nem responder, desligue na cara dele.
 
   Camada off:

   Gui me encarou.
    — Ele se preocupa com você.
    — Não ligo. — Falo dando outro gole da minha Skol.
   — Tô com dó desse garoto.— Falou se sentando ao meu lado no sofá.
   O olhei, " mas por que diabos ele tá com dó dele?" Ele deu risada ao ver a minha expressão.
   — Ele gosta de você, e do jeito que você é ele vai ficar com cabelos brancos já,já.
   — Tu andou fumando craque? Da onde você tirou a ideia de ele gosta de mim?
   Ele não me respondeu, pelo contrário, ele deu de ombros. Não me importei.
    Então foi assim a minha noite, fiquei bebendo com o meu amigo, ficamos vendo filmes, e acabamos dormindo no sofá mesmo.

  [...]

   Acordei com uma dor de cabeça do demônio, levantei, Gui ainda dormia. Fui para o quarto dele, tomei banho, tomei aspirina pra vê se resolve alguma coisa.
   Minha barriguinha começou a roncar, então comecei a fuçar nos armários procurando comida.
   Meu Deus, o Gui tem que urgentemente fazer uma despesinha, hem?
   Nos armários não tinha nada, nem uma bolachinha. Coloquei uma roupa, simples que o Gui tinha guardado para mim, sim ele tem roupa minha aqui do mesmo jeito que eu tenho dele.

   Depois de pronta peguei as chaves da moto do Gui, sim eu sei dirigir, eu até tinha uma moto mas ela foi destroçada no acidente eu sofri, mas essa história fica para outro dia

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   Depois de pronta peguei as chaves da moto do Gui, sim eu sei dirigir, eu até tinha uma moto mas ela foi destroçada no acidente eu sofri, mas essa história fica para outro dia.
   Sai do ap, mas antes é claro deixei um bilhete com um copo de água  e do lado uma cápsula de aspirina.
   Peguei a moto é dei partida, e fui em direção ao mercado. Comprei tudo o que precisava, e voltei para o ap.
   Entrei no ap com algumas sacolas nas mãos, fui na cozinha dando, assim, de cara com Gui e Miguel, eles pararam de conversas,e me olharam. Meu irmão tirou as sacolas de minhas mãos e entregou-as para Gui. Me deu um abraço.
   — Vim assim que soube que o canalha foi pra lá. Você tá bem? — Disse depois de separar o abraço. Ele ficou me ligando, analisando a minha expressão, pude ver medo, desespero em seu olhar, Sorri com aquilo, sabe é bom saber que tem alguém que se preocupa com você.
   — Calma, eu tô bem. Mas o meu ego não, mano eu saí de lá correndo. Eu fugi, você me conhece essa é a primeira e pretendo a última vez que acontece.
   Ele não falou nada, ficou me lá, me olhando como se eu fosse uma obra de arte.
   — As vezes você tem que recuar para avançar. — Beleza isso pode ser meio idiota mas eu amei essa frase.
   Dei outro abraço nele, que o retribuiu. Nos separamos por causa de uma tosse forçada. Olhamos para Gui que se encontrava com uma cara de poucos amigos, que foi bem engraçado já que ele é todo brincalhão. Ri da sua cara e me afastei um pouco do Miguel, fui até Gui e apertei sua bochecha.
   — Já disse que você fica muito fofo quando tá com ciúmes?
   Ele fez uma careta e depois tirou a minha mão da sua bochecha.
   — E muito chato.
   Diz Miguel, que tava mexendo nas compras, ele deve tá com fome. Fui ate a sacola e peguei a mesma levando a cozinha, fui fazer o nosso café da manhã, em quanto os meninos foram colocar a mesa.
  

   [...]

   — Bora, levanta.— Falou meu irmão tentando me convencer de voltar para o colégio.
   — Eu não vou voltar, quero ficar aqui com o meu ruivinho! — Falei fazendo birra. E ainda abraçada no Gui.
   Miguel se virou para Gui.
   — Mano você ainda não contou pra ela? — meu irmão fala com indignação na voz.
   — Oie? Como assim pode falar. O que você está me escondendo? — Agora quem tá indignada sou eu.
   Ele engoliu em seco. O encarei queria a minha resposta.
   — Bem... Eu ... Vou...

...Where stories live. Discover now