Cap. 37

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   Luke: você tem que comer alguma coisa. — eu continuo negando, cara é tão difícil entender que eu não tô com fome. — olha, sei que você me odeia, demonstrou isso desde que eu cheguei naquela escola, mais dá pra você comer alguma coisa. Faz 2 dias que você não come nada, não toma banho como se deve, não dorme e nem sai dessa poltrona.
   Alex: eu comi ontem!— tento me defender.
   Alec: uma mordida em uma maçã não é se alimentar.— sim o Alec tá aqui no hospital também, e desde o acidente dá minha Maluquinha eu não sai do seu lado, e nem vou até ela acordar.
   Carlos(pai dá Maluquinha): eles tem razão, vão todos pro colégio e eu fico aqui com a minha filha, e qualquer coisa eu aviso vocês. Podem fechar comigo.
    Vocês acreditam que todos estamos contra mim? Até o pai dá minha mala? Mais eu não posso fazer nada, ele tem todo o direito de ficar com a sua filha.
   Vou atualizar vocês: Miguel está na sua casa tentando tirar sua mãe do quarto, Lari foi junto, ela se abalou bastante nesse acidente; Luke, Gui Alec e o senhor Carlos estão tentando me convencer a ir pro colégio e me alimentar, coisa que eu não tenho vontade; André tá cuidando da namorada dele— Isadora nem sei o que ela fez, mais o mudou por completo— Cody e Izzy, tão na mesma; Bela e Matt estão namorando, mais muito desanimados, todos estão; Gus e Amanda tão tentando segurar as pontas lá, mais não tá fácil; Liv, Babi estão sempre querendo vir ver a Maluquinha, até já vieram, mais ficaram pouco tempo, elas também estamos sempre discutindo com a Alexia. Não sei o porquê.
   Alex: vocês venceram, eu volto pro colégio. Mais depois de tomar banho, e comer alguma coisa eu vou voltar pra cá. E nem tentem me impedir.

[...]

   Alice narrando:

   Acordo com a merda da claridade em meus olhos. Tento abrir, mais a claridade os feri. Tento de novo, mais dessas vez consigo.
   Percebi que estou num lugar todo branco. Pessoas normais iriam achar que está no céu, e como eu disse, pessoas normais. Não é o meu caso. Ou seja, sei que estou no hospital, conheço meus comportamento, é mais provável que eu vá pro inferno do que para o céu.
   Olho pro lado, e lá encontro um garoto moreno dormindo numa poltrona, me assusto, afinal, quem é ele? E o que aconteceu? E porque ta segurando a minha mão?
   Cutuco ele, que por acaso acorda com a mesma dificuldade que eu de abrir os olhos, mais quando me vê, logo abre um sorriso—que sorriso senhor— percebo que seus olhos são azuis, e incrivelmente lindos.
   Garoto dos olhos azuis: como você tá Maluquinha? Senti tanta saudade sua, você não faz ideia.— pelo visto ele me conhece, e se preocupa comigo, acho que eu deveria me lembrar dele, mais não me lembro.
   Ali: desculpa, mais quem é você? — vejo seu olhar ficar sem luz, acho que não era isso que eu isso que eu deveria dizer. — o que aconteceu comigo você sabe?
   Vejo que ele se abalou bastante, mais o que eu iria fazer? Eu nem o conheço.
   Garoto dos olhos azuis: você não se lembra de mim? — eu nego com a cabeça, fazendo ele ficar visivelmente triste.
   Ali: Desculpa, mais me diga. Por que vim parar no hospital?
   Garoto dos olhos azuis: você sofreu um acidente. Me chame de Alex. — afirmo com a cabeça— vou chamar o médico.
   Novamente eu afirmo com a cabeça, e ele se retira do quarto totalmente branco. Acho que era pra eu me assustar ao ver um desconhecido segurando a minha mão, mais o estranho fato é que é como se eu o conhecesse. E sobre o acidente? Foi muito grave? Onde estão os meus pais? Miguel? O meu ruivinho? Tantas perguntas e nenhuma resposta.
   O médico me examina, e logo depois os meus pais chegam me abraçando, veio eles, Gui e Miguel acompanhados de duas garotas bem simpáticas, mais elas não estavam totalmente felizes, acho que eu as conhecia antes do acidente. O Dr. Felipe disse que no acidente eu bati muito forte a cabeça, o que danificou minhas memorias, ele também me disse que as minhas memorias podem voltar ou não mais isso só o tempo pode contar. Recebo alta dá qui 2 dias, tenho que ficar em observação.
   E agora nesse exato momento estou nessa maldita cama de hospital, até que um garoto loiro entra em meu quarto, ele se parece familiar.
   Loiro: Ali sei que não se lembra de mim. Mais quero que saiba que éramos amigos antes do acidente, meu nome é Luke.
   Luke? Com certeza já ouvi esse nome antes, mais aonde?
   Ali: Luke. Esse nome é me familiar. — forço minhas lembranças. — você é o meu colega de quarto, não é? O do tal colégio interno?
   Seus olhos se iluminam, acho que estou me lembrando. Mais ainda não tenho certeza.
   Luke: sim, somos colegas de quarto. Todos estão com saudades de você. Seu irmao, seus primos, seus amigos.
   Não tenho certeza, mais algo me diz que nele eu posso confiar.
   Ali: acho que me lembro deles, mais ultimamente não tenho certeza de nada. Tá tudo tão bagunçado.
   Ele sorri fraco, sei que ele queria que eu me lembrace, todos querem que eu lembro das minhas memorias, mais não consigo parece que algo me impede de alcança-las.
   Luke: o Dr. Felipe disse que se nós contarmos a história de como nós conhecermos, pode lhe ajudar a lembrar. — ele afirma.
   Ali: então, como nós conhecermos?
   Ele se senta na beirada da cama.
   Luke: você e os outros tinham acabado de voltar de sei lá o que, então você entrou quarto em quanto eu conversava com o Alex...
   Luke me contou toda a história, parece que eu fui a primeira pessoa que se intimou com ele, essa garota que ele descreveu não se parece com Alice Albuquerque, a antiga pelo menos, a antiga ia aprontar, mais até numa parte da história ele disse que nos encontramos no corredor e eu estava prestes a aprontar, nisso eu fui me recordado de poucos detalhes. Mais lembrando.

...Where stories live. Discover now