Cap. 18

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   Juro que tentei resistir, mas não teve jeito, tive que ceder, nossas línguas pareciam travar uma batalha e ao mesmo tempo pareciam dançar tango. Quando me toco de quem eu tô beijando me afasto.
   Ele grudou nossas testas, nossas respirações estavam aceleradas. Ele estava com as mãos do lado do meu pescoço.
   — Desculpe, mas tinha que provar só mais uma vez. — diz acariciando minha bochecha, seu toque era suave, gentil.
   — Para de pedir desculpas. Temos aula e eu não quero me atrasar Alex.
   Saímos dali, não tinha ninguém nos corredores, Alex bateu na porta — por mim entrava sem bater— o professor a abriu, e nos encarou.
   — Não sei se sabem, mas aqui nesta escola não toleramos atrasos, senhor Saltiman e senhorita... — Ele deixa espaço para que eu possa falar meu sobrenome.
   — Albuquerque, e antes que fale alguma coisa, fique sabendo que por mim, nem batia na porta mais sim na tua cara de bunda— falei fazendo todos arregalaram os olhos, ahhh se acham que eu vou levar desaforo para casa está muito enganado, se não eu não me chamo Alice Albuquerque.
   — Em minha aula não tolero mau educação, então sugiro que a senhorita Albuquerque consiga conter a língua, peguem suas coisas, vocês não vão assistir minha aula. — Falou duro, quando fui responder Alex segura meu pulso, acho que ele pediu mentalmente para que eu parace.
   — Com muito prazer, imbecil. — Falei saindo da sala com alex aindo segurando meu pulso.
   — Sério? Primeiro dia de aula e já brigando Maluquinha? — Perguntou, parecia um pouco frustrado.
   — Só lembrando, que se você não tivesse me puxado para aquele quartinho, nos não teríamos nos atrasados e eu não teria falado com aquele professor chato. — Falei me soltando dele, paramos no meio do corredor, ele me olhava com uma mistura de admiração com indignação mas não sei ao certo.
   Desviei seu olhar, voltei para a sã consciência e caminhei tranquilamente até nosso quarto, se eu não ia assistir a aula eu é dormir, pelo menos ganho mais.
   Ele me seguiu pelo corredor, assim que chegamos no corredor do nosso querido quarto, ele pega meu pulso e me arrasta para dentro do quarto, ao fechar a porta, me prensa na mesma. Nossos rostos estava bem próximos, conseguia sentir sua quente respiração em contato a minha pele. Seus lindos olhos azuis me deixavam hipnotizada.
   — Já que não podemos assistir a aula, vamos terminar o que começamos naquele quartinho. — Falou com um toque de malícia no tom de voz. Engoli em seco.
   — M-me so-solta. — Gaguejo, merda! Eu nunca gaguejo.
   Ele sorriu com minha fala meio trêmula.
   Meio trêmula? Completamente trêmula.
   Não extrapola sub.
   — Sua voz não tem tanto certeza assim. Fala olhando em meus olhos que que você quer que eu te solte.
   Olhei em seus olhos, mas ele esta errado, eu quero que ele me solte, ou não? Mas é claro que quero.
  — Me solta. — Falei meio receosa, desde o quase beijo no provador ficou um clima entre nós. — Você é comprometido, não fico com caras que tem um compromisso, principalmente se é com a chata da Alexia, ela pode ser a vadia que for mais não merece um par de chifres.
   Ele analisou meu rosto, sua expressão era calma, não sei descrever direito.
   — Como você consegue ser tão... única?! Apesar do que a Alexia fez, você ainda consegue ser assim. — fala me olhando com ... admiração? E ainda acariciando meu rosto.
   — Porque eu sei o quanto dói ser traído. E não desejo essa dor nem para o meu pior inimigo. Pera como você sabe o que a Alexia fez?! — falei afastando me dele, e indo em direção a minha cama.
   — No dia da seção de fotos, enquanto você se trocava, eu perguntei para o Guilherme quem era aquele cara e porque você ficou tão nervosa, aí ele me contou que se tratava do seu ex, e o que ele fez. — ele me olhou meio envergonhado, que por acaso, o deixava muito fofo.
   Agora você o acha fofo?
   Sim, eu acho sim, só não vou falar para ele ou dizer em voz alta.
   Cuidado para não se apaixonar.
   Nunca, quer saber, vou deixar ele ainda mais envergonhado.
   — Sabia que você fica ainda mais fofo com vergonha. — Falei fazendo ele corar, sorri, gostei do efeito que eu faço nele.
  — Obrigado, por proteger no dia da seção de fotos, e por se preocupar comigo quando fugi da escola feito covarde, quando fui idiota por ter medo de chuva... — ele não me deixou terminar, me interromperam com um abraço.
   Eu precisava daquele abraço, naquele abraço me senti protegida. Ele começou a fazer cafuné em minha cabeça.
   — Não sei o que você fez comigo, mas eu tenho a estranha sensação de que eu tenho o dever de te proteger, nao quero ver você chorando, triste. E eu acho que mataria um se te machucasse, te fizesse sofrer, você me faz bem, eu acho.
   Para o mundo! Ele acabou de se declarar para mim?! Que que isso produção?!
   Mas antes que eu possa falar algo, sou interrompida pelo sinal das aulas. Nos entre olhamos, até ele falar.
   — Vamos Maluquinha, temos aula, ou você quer discutir com o professor de novo? — Fingi estar pensando e falei.
   — Ótima ideia.
   Ele revirou os olhos, agarrou minha mão e me guiou, contra minha vontade, pelos corredores até a entrada da sala.
   Quando chegamos na sala, todos nos olhavam, aí eu percebi que ainda estavamos de mãos dadas. Retiro minha mão da dele e vou até o pessoal ( Miguel, Bella, Alec, Gus, Matt, Gui e a Bárbara) e mais uma menina que eu não conheço. Me aproximo e todos me olham.
   — Você tá de rolo com o Alex? — pergunta nada discreta Bala, e novamente todos me olham. Pude perceber que Miguel não estava contente com isso, muito menos Gui.
   — Não temos nada, estávamos de mãos dadas por que o senhor mandão, me obrigou a vir para essa maldita aula. Mas fala aí, quem é essa?— pergunto apontando para a garota desconhecida.
   — Prazer, sou a Isadora, irmã da Bárbara.
   — Bom dia alunos, — Falou o professora entrando na sala, ela era alta, cabelos cor de mel, corpo bem conservado, e aparentava ter mais ou menos uns 36 ou 37 anos. Sentamos em nossos devidos lugares —como o ano está começando, temos alunos novos. E para nós conhecermos melhor, vamos fazer uma roda com as carteiras e cada um vai falar um pouco de si mesmo.
   Como eu odeio primeiro dia de aula!
   Verdade, sempre a mesma coisa.
    Primeira vez que você concorda comigo. Que milagre!
    Larga de ser chata.
    Chata quem me chama.
    Sai dessa discussão comigo mesma, e coloquei minha carteira igual as outras. E me sentei, focando entre Alex e Alexia, quando percebi, ia saindo — fazendo Alexia sorrir — mas Alex segura minha mão, — Alexia sessa seu sorriso—  o olho, ele sorri e me puxa para me sentar novamente.
 
  

...Where stories live. Discover now