Cap. 33

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   Dou risada da cara de maravilhado do Alex. Chamando sua atenção, ele me olha com os olhos brilhando de espantado e de felicidade.
   Alex: por que me trouxe aqui?
   Diz se sentando do meu lado no sofá, enquanto eu afinava minha guitarra.
   Ali: vai fazer um tempo que quero te mostrar esse lugar. Mais quando eu decidi, você começou a ficar grosso comigo, sempre batia de frente comigo e com o Luke, aí nos fomos nós afastando... Você já sabe o resto. — o olho, ele está cabisbaixo, mal sinal.
   Alex: desculpe por isso. Não queria ser grosso com você. É que te ver com aquele imbecil me deixou muito irritado.
   Ali: você tá falando do Luke? — pergunto erguendo sua cabeça a partir do queixo.
   Alex: sim. Não me pergunte o porquê nem eu sei direito isso. Mais quando te vejo com ele, uma onda de fúria, mágoa, tristeza me invade. E eu não consigo me controlar. — o olho tentando entender o que ele está me dizendo— esses dias que fiquei longe de você, com toda certeza do mundo, foi as piores da minha vida, uma uma semana longe de você me deixou totalmente louco, ficar perto de você me deixa louco, sentir seu calor em mim me deixa louco, ver você perto de outro cara me deixa loucamente louco, isso é apavorante. — diz se jogando no resto do sofá.
   Ali: sou eu que te deixo apavorado é louco?— pergunto com um pouco de medo com a resposta, nunca fui muito boa com desabafos, principalmente sobre sentimentos.
   Alex: o que me deixa apavorado é o que eu sinto. Para ser mais exato, o que eu sinto por você. Eu nunca na minha vida me apeguei a ninguém, principalmente a uma garota, mais quando eu te conheci, você deixou meu mundo ao contrário, a noite eu fico com saudades do seu corpo ao meu, do seu cheiro, do seu calor de tudo que lhe pertence. Naquela noite, onde você colocou a adaga encostada em meu pescoço, uma onda elétrica me invadiu e me acertou em cheio, quando sua boca encosta na minha, quando você faz questão de me provocar... Por favor me diz que isso é um sonho, que eu não estou me declarando para Alice Albuquerque a Maluquinha, que eu posso acordar a qualquer momento e perceber que isso tudo é apenas um sonho.
   O encaro, pela primeira vez, desde que conheço Alexandre Saltiman, a um mês inteiro, eu finalmente consegui fazer ele se abrir, fazer ele botar tudo que o sufoca pra fora. Finalmente enchergo que ele é só um garoto confuso com que sente.
   Ali: você queria acordar e perceber que não sente nada por mim, que assim você pode comer todas as suas putas sem ter que me olhar. Eu tenho culpa disso. — digo meio desapontada, foi isso que entendi. Que eu sou apenas mais um erro pra ele, apenas mais uma que ele faz questão de ignorar.
   Ele se levanta e me olha, acariciando minha bochecha, analisando cada gesto feito por mim, ele diz:
   Alex: apesar de tudo, eu nunca, nunca, iria querer não sentir o que eu sinto por você, e-eu só não sei o que eu sinto, mais quando eu souber, eu te garanto, vai ser a primeira a saber. Mais, se você for um erro, você foi o melhor erro da minha vida.— beija minha testa— melhor irmos para os nossos dormitórios, infelizmente, amanhã teremos aula.
   Eu só afirmo com a cabeça, levantamos do velho sofá e vamos em direção a saída, depois de garantir que não havia ninguém nos corredores, vamos pro nosso quarto, sem fazer barulho ponho meu pijama de unicórnio e vou me deitar.

   Me processem sobre o meu pijama, eu amo esse pijama. Fiquei pensando sobre a minha "conversa" com o Alex, eu acho que e-ele se declarou para mim. Isso com certeza é mais do que novo para mim. E super, mega, confusa eu acabo dormindo.

   [...]

   Acordo cedo com os meninos discutindo quem iria tomar banho primeiro. Como eles conseguem discutir tão cedo, nunca ouviram falar sobre a lei do silêncio, não?
   Do mesmo jeito que você consegue arrumar confusão as 5:00 da manhã.
   De que lado você tá, hem sub.?
   Do lado da razão, ou seja, do meu lado. Já que eu sou seu subconsciente, sua razão...
   Tá, tá, já entendi.
   Me levanto praticamente correndo para o banheiro pegando a toalha de um dos dois no meio da correria, me tranco no banheiro, pude ouvir a discusão dos dois, ri e revirei os olhos com isso. Me despi e entro no box, tomo um relaxante e demorado banho, fico pensando por um longo tempo. Saio do banheiro já vestida, encarando os dois garotos lindos em minha frente levando um belo de um sermão da Dora, fico até com pena deles, mano acho que já levei uns 14 sermões da Isadora, só porque fico respondendo o prof, faço minhas pegadinhas com a diretora, os profs, com as patricinha( Alexia, Ana e Giovanna), com as líder de torcidas, e trolo os atletas  ... E por aí vai.
   Ali: coitados deles, faz assim: um toma banho aqui e o outro toma banho no quarto do Miguel. Sem discussão, vai um dois três.— empurro cada um para um lado, com toda certeza eles vão ficar o resto do dia reclamando.— vamos estou morrendo de fome.
   Ela me olha com reprovação ao ver meu uniforme do meu jeito, comparando ao dela que estava todo arrumadinho.
   Ali: nem vem, gosto do meu uniforme assim. Agora vamos comer que eu quero de uma vez por todas, matar quem ta me matando. — e nessa hora meu estômago roncando muito alto, fazendo nos duas nos entre olharmos e cair na risada.
   Dora: melhor mesmo, até eu tô com fome.
   Então fomos em direção ao refeitório, o caminho até lá foi como sempre, todos me olhando.
   Ali: cadê o pessoal? —pergunto entrando no refeitório e vendo que eles não estavam na nossa mesa de sempre.
   Xxx: BUUU! — Falou uma voz atras de nos. Isadora instantaneamente pulou soltando um gritinho, eu até me assustei, mais internamente.
   O olho, e lá estava André levando leves tapas da Dora. E o resto do pessoal rindo aos montes.
   Ali: Alex e Luke, vão lá fora comigo por favor. — todos pararam de rir instantaneamente e se encararam.
   Vou até do lado de fora da escola sendo seguida pelos meninos que não estavam com cara nada boa.
   Luke: o que ouve?
   Alex: você tá começando a me deixar tenso.
   Respiro fundo.
   Ali: só pra deixar claro uma coisa. O porão, ambas sabem da existência dele. E nem vem com sermão de ter contado, quero saber se vocês acham certo não contar a ninguém do pessoal sobre o segredo.
   Eles se olharam, sabia que eles estavam analisando, deduzindo tudo o que eu disse. E rolou uma bela de uma confusão, eles discutindo, o que não foi uma novidade já que é o que eles mais fazem.
   Ali: JÁ CHEGA!!! — grito chamando a atenção dos dois— quando vocês pararem de discutir, me avisem. Agora eu quero é comer em paz sem vocês enchendo a porra da minha paciência sem vocês dois discutindo.
   Saiu de lá pisando duro, odeio com todas as minhas forças esses dois brigando, as vezes penso como seria se nenhum dos dois soubessem sobre o porão.
   Vou direto pro refeitório, e lá encontro todos comendo e conversando. Me junto a eles, e entro na conversa também. O sinal bate e nem sinal dos dois patetas, o que deixa preocupada.
   A primeira aula passa e nem sinal dos meninos, até Luke entrar na sala entre a troca de professores. Ele me lança um leve sorriso, que faço questão de devolver do mesmo jeito. Mais nem sinal do Alex. O que me deixa bem preocupada.
   Humm, preocupada com o Alex é.
   Sim sub, tem algo contra isso? Se tem e so me falar agora que eu já te mando se fuder e cala r a boca de uma só vez.
   Ui grossa. Educação mandou lembranças.
   E eu a deixei no útero da dona Emily.
  Sou despertada de meus pensamentos quando o professor Erick entra na sala, ele é o prof de português e o mais bravo e mais legal de todos os profs dessa prisão, os únicos professor que eu realmente respeito dessa bagaça é a prof Elizandra e o prof Erick.
  
   [...]

...Where stories live. Discover now