Como me inspiro em ti, nesta noite fria de inverno. A chuva cai forte, lá fora. As folhas dançam ao som do vento, e tu danças na minha cabeça, por horas.
Pergunto-me constantemente se estarás a pensar em mim, mas a resposta é uma evidente incógnita, e bem sabes que nunca fui boa com essas coisas da matemática.
Ainda tenho as tuas palavras a passear pelos meus ouvidos, o teu sorriso a encher-me o peito. Sabes bem que és a única coisa que me mantém quente nestas noites tão frias.
Não te culpo por seres tão irresistível, mas culpo-te por deixares que me atraia por ti. Culpo-te por cada sorriso que me diriges, por cada palavras de conforto que me das, e acima de tudo, por todas a vezes que te perdes a olhar para mim pensando que eu não sei que me observas.
Nem imaginas como me custou deixar-te ir, e agora estas aqui de novo. Talvez a vida seja um circulo, talvez tudo se repita. Mas se assim for, quero que desta vez continue as voltas, mas contigo.
Mas talvez não o possa fazer. Talvez as coisas se repitam para nos deixar desconfortáveis, para nos testar. Talvez, repito, porque se há algo que aprendi nesta vida, é que até as coisas mais certas se tornam em grandes incertezas, seja quando for.
É bom observar-te ao longe, desenhar os teus contornos na minha mente, e até esperar ansiosamente que o se aproxime a hora de voltar para as tuas harmoniosas melodias.
Mas sei que tenho de te deixar ir, e contigo ira uma parte de mim que não me permitirei resgatar de novo.
KAMU SEDANG MEMBACA
Aquilo que era
SpiritualCartas de amores perdidos, sentimentos e angústias. Breves reflexões de historias alheias.