Um amor ?

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Cap.4    

Eu estava em uma selva e alguém me chamava, eu procurava a voz e estava cada vez mais perto dela, quando parecia que eu ia ver quem estava me chamando, a voz sumia.

Sinto alguém me balançando e gritando no meu ouvido, abro os olhos lentamente e percebo que havia sonhado, e Dayse estava me balançando para acordar.

-Meu Deus, acorda Diana- Dayse diz desesperada. -Você está super atrasada!

Dou um pulo da cama, tropeço mas não caio, saio correndo pro banheiro , nossa, esse banho que tomei nem deve se chamar de banho, acho que durou dois minutos.Me troco e já vou para a sala, nem vou tomar café da manhã, corro para a Van.

- Garota, você não é diferente de ninguém pra ter que ficar dormindo por mais tempo não. -o motorista diz todo grosso.

Eu to morrendo de sono, o pessoal olha com cara feia pra mim, pouco me importo, aff.

Chegamos cinco minutos atrasados na escola, o motorista entra conosco para explicar o atraso para a diretora. Vou para a minha sala, bato na porta e paro ali.

-Com licença, posso entrar ?- pergunto, é aula de português.

-Onde a senhorita estava? - a professora pergunta.

-Atrasamos um pouco hoje, desculpas. - eu atrasei heuehehe.

- Entra. - ela diz.

Vou para meu lugar. Presto atenção na aula, e percebo um clima bom na sala, observo toda a sala e não acho Nathália.Ué, mas que bom, melhor assim.

Bate o sinal, alunos correndo pelo corredor, alunos saindo da sala, vou até as amigas da Nathália e pergunto:

- Cadê ela?

- Ela quem? Ah sim, ela foi viajar, por que? - Bárbara diz.

- Hum, nada não. -digo

Ficamos esperando o professor de Geografia e ele não aparece, a inspetora vem até nossa sala e diz que ele não veio, então é aula vaga, graças a Deus.

Vou para o pátio e fico lá sentada, sozinha como sempre, observo que as meninas da sala passa em grupinhos, dando risadas, outras fofocando, alguns meninos passam.

Deve ser legal ter amigos, nunca fui de ter, às vezes fico triste por causa disso mas não deixo isso me abalar. Vou para trás da escola e fico lá sentada. Ouço passos de um ser correndo pra minha direção, penso em levantar, se não ele vai esbarrar em mim, mas ele vai virar com a cabeça né para ver para onde está indo, para minha decepção ele não vira, hora que eu vou sair ele tropeça em mim, e cai.

-AIII!!! – ele murmura ao cair no chão, ele bate com o pé na minha perna, mas nem doeu tanto, levanto e vou ajudá-lo. Nossa!!!Ele é muito bonito, alto, cabelo castanho, olhos verdes, branco, nossa, olha o que estou falando.

-Está tudo bem?- pergunto encostando minhas mãos na cabeça dele

-Você não olha pra onde anda não?-ele diz grosso, no mesmo instante, solto minhas mãos de sua cabeça e a deixo bater no chão, levanto e digo.

-Oxi, você que deveria olhar para onde anda, você vem correndo, olhando para trás, e eu estava sentada aqui seu idiota. - devolvo com grosseria também. Ele fica me olhando atentamente com surpresa.

-Nossa, ela é nervosinha, gatinha arisca hein!- ele diz.

Fico o olhando sem saber o que dizer, apenas o encarando, sinto minhas bochechas ficarem vermelhas e ainda não sei o que dizer;droga.

-Não precisa ficar com vergonha baby- ele diz e pisca, me sento e ele sai, mas volta e diz:

-Desculpa.

...Fico ali sozinha novamente, e aquele menino, aquelas cenas não saiam da minha cabeça, ele era tão bonito, meu Deus, olha o que eu tô falando, eu nem conheço ele, apesar de que ele era bonito mesmo, o duro que eu não sei absolutamente nada sobre ele, nem o nome.

Um tempo se passa e o sinal toca, já é o recreio, vou para a fila pegar meu lanche, e fico olhando para os lados não sei por que, vou me sentar, e alguém chega junto, dois meninos se sentam junto comigo e percebo que um é o que tropeçou em mim.

- É essa ai? -o menino pergunta

- Essa mesmo. -o que tropeçou em mim fala.

- Eu o quê? –pergunto curiosa levantando minhas sobrancelhas.

- Nada, e meu nome é Matheus, e o seu?- o que tropeçou em mim pergunta, fico o observando mas acabo por responder.

-Diana.

-Hum, Diana, bonita, nome bonito. - ele diz, apenas dou uma risada, espera, por que eu ri disso, nem foi engraçado, poderia muito bem ter sido grossa com ele, mas algo me impediu, e eu não sei o que.

-Falou aí cara, não estou a fim de ficar de vela- o outro diz, Matheus apenas ri.

Fico em silêncio por alguns minutos e resolvo falar. - Você vai ficar aqui mesmo, perdendo seu tempo com uma garota como eu? –pergunto

- Como assim? -ele pergunta curioso, ele não deve saber que moro em um orfanato, mas não vou falar, porque; sei lá.

-Esquece.- digo, ele apenas ri e fica me encarando,olhando bem no fundo dos meus olhos, e eu também, mas logo desvio o olhar e sinto minhas bochechas queimarem novamente, não sei porque estou tendo essas reações, eu nunca gostei de um garoto antes, parou tudo, eu não gosto dele, eu nunca tinha visto ele, nem conheço.

-Bom vou indo, até. -ele diz. Nããão ficaaa imploro, no meu pensamento claro. Fico ali intacta pensando, observando ele ir, queria saber mais sobre ele.

....

Chego ao orfanato e vou direto para o quarto, deito e fico pensando nele, penso em enviar uma mensagem para ele, mas me lembro que não tenho o número dele, nem um celular, droga. Seria tão mais fácil se eu tivesse um celular ou um computador. Espera, pra que eu quero enviar uma mensagem pra ele?droga droga droga, eu não posso estar gostando dele, por que nós mulheres nos iludimos até com um oi? E eu deveria estar com raiva dele, ele tropeçou em mim. E dai? Aff, odeio quando começo a discutir com meu subconsciente.


Querido ProfessorWhere stories live. Discover now