Slender Man - O Conto [Livro 2]

Capítulo treze: Eu sou humano

{Willian}

Eu até queria ficar encarando o Slender Man até ele me dizer aonde está a Spencer, mas eu queria muito saber se o feitiço iria dar certo.

— Escuta aqui, grandalhão, eu vou te libertar desta aparência abominável e depois você vai me ajudar a encontrar a Spencer. — digo. — Caso contrário, eu mato você!

Um bela mentira. Eu não consigo matar nem uma barata.

Então, lendo o livro, eu fiz um círculo de sal grosso no chão. A Spencer foi bem esperta ao ler o feitiço antes para podermos saber o que trazer, pois, normalmente nós fazemos tudo de última hora.

— Você precisa ficar aí dentro. — digo ao Slender, acendendo uma vela.

E ele me obedeceu, logo eu estarei falando as palavras mágicas.

{Spencer}

É, eu caí e meu amigo, a queda foi feia! Mas eu caí na água, o que foi por um lado bom, pois eu não me machuquei e por outro lado foi ruim porque eu não sei nadar. E lá se vai o meu corpinho lindo afundando na água e perdendo a consciência. É o fim de Spencer Carter.

Não era assim que eu esperava o meu final.

{Willian}

— Tudo que agora pela água passa, que por ela se desfaça. Leva contigo o feitiço contra Théo Roosevelt e que Meredith Street o receba de volta com esta água que se revolta! — digo o feitiço, segurando um copo d'água.

E funcionou! Aquela coisa horrível desapareceu e um homem apareceu.

— Você está bem? — perguntei.

— Não sei, eu acho que sim. Só estou um pouco zonzo. — respondeu Théo. — Quem é você e que lugar é esse?

— Ah, que ótimo! Você não se lembra. — digo.

— E isso é motivo de alegria? — perguntou Théo. — Mas eu me lembro sim de alguém.

— Quem? — perguntei.

— É uma menina. Spencer. — respondeu Théo.

— Ah, é claro que você lembra dela! — digo, rindo. — Ela é a minha amiga. Eu sou o Willian.

— Obrigado por me salvar! — disse Théo.

— Agradeça à Spencer. — digo. — Mas, foi um prazer. Agora você está bastante encrencado porque eu acho que você sumiu com ela e pela sua cara, não sabe onde ela está.

— Isso é ruim. — disse Théo. — Tem uma velha que mora aqui dentro e acho que foi ela quem me enfeitiçou. 

— E como alguém vive aqui? — perguntei, confuso. — Quem é a moça?

— A Meredith Street, ela é uma bruxa. — respondeu Théo.

— E como nós vamos encontrá-la? —perguntei.

— Eu não sei, eu não conheço esse lugar. — respondeu Théo. 

— Olha, eu preciso perguntar. — digo. — Você nos via?

— Não, mas reconhecia pela voz. — respondeu Théo.

— E como fez para pegar aquelas crianças? — perguntei. — Você tem ideia de quantas foram?

— Eu seguia a voz delas brincando por aí. Eu não sei quantas forma, mas devem ter sido muitas. — respondeu Théo. 

— É complicado, eu até entendo. — digo. — Bom, como você sabe que ela ainda está viva?

— A Meredith? Eu sinto a presença dela a todo momento. Eu conheço o livro, ele pertenceu a primeira família que veio morar aqui assim que a cidade foi construída. — disse Théo.

— A Spencer que achou este livro e veio te ajudar. Foi ela quem descobriu a verdade. — digo. — Você a sequestrou há doze anos atrás, matou os amigos dela e então nesses doze anos que se passaram, ela encontrou o livro e quis vir ajudar você a voltar a forma humana. 

— Ela é uma boa pessoa. Eu sempre senti uma coisa estranha quando ela estava por perto. — disse Théo.

— E por algum motivo, você nunca a machucou. Só que ela também te muita raiva de ti guardada por conta do que aconteceu com os nossos amigos. — digo.

— E mesmo assim ela veio me ajudar. — disse Théo. — Eu devo desculpas à vocês. 

— Peça desculpas à ela, eu posso lidar com isso numa boa. — digo. — Vamos procura-lá.

E depois de tanto papo furado, nós fomos atrás da Spencer.

{Spencer}

E eu acordei em terra firme. Senhoras e senhores, não era a hora de Spencer Carter morrer.

— Quando eu encontrar aquele menino, eu vou dar um soco na cara dele! — resmunguei, deitada no chão.

Vários daqueles vaga-lumes estavam perto de mim e eu pude ver com clareza aonde eu estava. Encontrei uma casinha e resolvi entrar.

— Olá! — digo. — Tem alguém aqui?

— Olá, Spencer. Eu estava esperando por você! — ouço uma voz.

E eu me lasquei mais uma vez.