Capítulo catorze: A bruxa!

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{Willian}

Nós estávamos andando pelo meio do nada, até que ficou tudo escuro.

— Eu não estou vendo mais nada. — digo. — Como nós vamos saber se a Spencer passou por aqui?

— Pode parecer estranho, mas eu acho que posso sentir a presença dela. — disse Théo.

E nós fomos seguindo o caminho, tendo a intuição do Théo como guia. Eu particularmente achei que ele fosse maluco, mas não havia muitas opções no momento.

E em um dos passo, eu senti que havia caído e comecei a gritar, pois eu sentia o vento batendo no meu rosto. Era um buraco que terminou em água.

— O que acabou de acontecer? — perguntou Théo.

— Eu não sei, eu não consigo ver nada. — digo. — Nós devemos estar em algum poço ou algo do tipo. Você sabe nadar?

— Sim, eu sei nadar. Mas o problema é como nós vamos sair daqui.

— Eu não faço ideia. — digo.

E como uma luz divina, aqueles bichinhos voadores apareceram e nós podemos enxergar o caminho para terra firme.

— Nós não estamos em um poço. — disse Théo.

— Pelo menos. — digo.

Nós seguimos para a margem e eu pude perceber que havia mais desses vaga-lumes no final do caminho.

— O que são esses insetos, afinal? — perguntou Théo.

— Dado à semelhança com os vaga-lumes, acredito que sejam dessa espécie. — respondi. — Eu acredito que eles aparecem quando percebem a presença de humanos.

— Bizarro. — disse Théo.

— Vamos seguir os insetos. — digo.

E andando até lá, nós encontramos uma cabana.

— A Meredith deve viver aqui. — disse Théo.

— Vamos entrar para descobrir. — digo.


{Spencer}

E depois de ouvir aquela voz bizarra, eu apaguei. Quando eu acordei, pude ver um garoto olhando para a minha cara.

— Quem é você e porque eu desmaiei? — perguntei, irritada.

— Spencer, calma! — disse Willian. — Você está bem?

— Eu estou bem! — respondi. — Agora desembucha.

— Eu sou o menino que estava preso na forma de Slender Man. Meu nome é Théo. — respondeu.

— O Willian conseguiu te libertar, que bom! — digo. — Agora eu preciso fazer uma coisinha.

— O que? — perguntou Théo.

— Isso. — respondi, dando um soco em seu rosto. — Esse soco foi por tudo o que você me fez passar até agora.

— Meu Deus, você é forte. — disse Théo, com a mão no rosto. 

— Minha nossa senhora! — disse Willian. — Você não precisava fazer isso. 

— Eu precisava. — digo.

— E o que você está fazendo aqui, afinal de contas? — perguntou Willian.

— Eu caí em um buraco e aí achei essa casinha. — respondi. — O bizarro foi que eu escutei uma voz, antes de eu perder a consciência. Alguém aqui me conhece.

— Pelo o que eu sei, a única pessoa que vive aqui é a Mredith. — disse Willian. — O Théo me contou que ela ainda está viva.

— Ela é a única opção que nós temos. — digo.

— Olha, eu não vou ficar bravo com você, Spencer. — disse Théo. — Eu só quero lhe pedir perdão e agradecer por tudo!

— Está bem! Mas isso não anula a raiva que eu tenho de você. — digo.

— Spencer, eu acho que você deveria tentar entendê-lo. — disse Willian.

— Não! — gritei. — Não posso esquecer de tudo assim de uma hora para outra. 

— Mas se você está tão irritada comigo, por que veio me salvar? — perguntou Théo.

— Porque eu descobri a verdade. Eu não sou uma pessoa ruim, seu idiota! — respondi, irritada. — Não foi justo você perder quase a sua vida toda por causa de uma maldição.

— Não precisa explicar, eu já entendi que não gosta de mim. — disse Théo.

— Caramba, Spencer! O que custa você dar uma chance à ele? — perguntou Willian.

— Eu não consigo dar uma chance de uma hora para outra a alguém que destruiu os meus amigos. — respondi. — Sem falar nas outras crianças.

— É uma guerra inútil, você não pode levar isso a diante. — disse Willian. 

— Eu só preciso de um tempo. Você não consegue entender isso? — digo.

— Quer saber? Eu não irei dizer mais nada. — disse Willian.

— Chega de discussão. Nós precisamos sair daqui. — disse Théo.

— Está escuro lá fora. — digo. 

Nós ficamos em silêncio por alguns instantes e ouvimos uma risada assustadora.

— Nós nos encontramos de novo. — disse uma mulher.

— Quem é você e porque você é tão velha? — perguntei.

— Eu sou a pessoa que causou tudo isso , sua atrevida! — respondeu a mulher. — E eu só estou viva por conta da magia, eu não tenho muitas opções de plástica por aqui.

— Olha, eu posso te emprestar uns cremes faciais. Eles são ótimos. — digo.

— Eu agradeço. — disse a mulher. — Eu sou a Meredith Street.

— Ai, droga! — disse Willian.

— Só pode ser brincadeira. — digo. 

— É, nós vamos brincar muito. — disse Meredtih.

E por impulso, eu puxo o Willian e o Théo pelo braço e os levo para fora da cabana.


Slender Man - O Conto [Livro 2]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang