Verde - A cor da esperança e juventude. E a cor deles.

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" – Bom dia, senhora Roberts!". – Exclamou a voz animada do nosso protagonista loiro, em direção a uma mesa em especial, ignorando as outras cheias de casais, famílias ou amigos, com um tabuleiro metálico entre vários tons de castanho claro e escuro, na mão direita, coberta de luvas brancas. Trajava um uniforme preto e formal, típica de empregado e com um crachá no peito, escrito "Bill Cipher".

O local onde trabalhava, pelos vistos, era um pequeno café no centro da cidade, onde toda a gente fazia questão de parar para tomar, pelo menos, um dos seus bolinhos tradicionais.

" – Vai desejar o habitual?". – Perguntou, com um sorriso doce e a ajeitar os óculos grossos de hipster com a mão esquerda, já que a direita segurava o tabuleiro com louça suja.

A senhora de porte forte, cabelos grisalhos e um ar idoso sorriu-lhe de forma calorosa e a sua face rechonchuda tornou-se tão brilhante como um raio de sol.

" – Exatamente, querido. Se não for incómodo, por favor".

" – Não é incómodo nenhum!". – Admitiu, ao colocar o tabuleiro debaixo do braço e escrever duas coisas muito rápidas no seu bloquinho de anotações de pedidos amarelado, por ser muito esquecido. – "Eu volto já, senhora Roberts!".

E saiu a passos largos, enquanto cantarolava a música deles em voz baixa, a saltitas, em busca do seu objetivo:

O moreno de costas, que também cantarolava outra música aleatória, a fazer um café de forma animada.

Chegando ao balcão, pousou os braços no mesmo, repousando a sua cabeça sobre estes, enquanto admirava as costas do baixote – Como lhe gostava de chamar – e a admirar os cabelos rebeldes dele na nuca, dando-lhe um ar extremamente fofo.

" – Preciso de um café e uma torta de morango, pequenote!".

O outro ficou muito direito de surpresa, ao escutar a voz do namorado. Rapidamente descontraiu, olhando-o de forma mortal, no canto do olho.

" – Eu também preciso de muita coisa. Incluindo que me deixes trabalhar sem me provocares, otário pontiagudo!".

Entre gargalhadas divertidas, o loiro sussurrou um "chato" e continuou a provoca-lo, até perceber que este já nem lhe dava a mínima.

Então, engoliu em seco, ao perceber que o uniforme do dia de hoje de Dipper era mais justo nas calças que o habitual, fazendo o seu olhar de pupilas rasgadas descer lentamente até à parte que desejava, começando a ter imaginações... Não muito profissionais.

Controla-te, cérebro! Estás a trabalhar! Tra.Ba.Lhar!, teimava em pensar, enquanto fechava os olhos com força.

Foi acordado de pensamentos ao ouvir o som da porcelana bater no tabuleiro metálico, enquanto duas luvas brancas o pousavam, à sua frente. Rapidamente, deslizou os olhos da torta de morango e do café, que era o pedido da senhora Roberts, até ao rapaz de braços cruzados e de uma sobrancelha arqueada.

" – Controla-te, Cipher. Estamos a trabalhar!" – Advertiu o outro, a negar constantemente com a cabeça e de olhinhos fechados, enquanto encolhia os ombros. – "És um idiota".

Pegou de forma atrapalhada no tabuleiro, enquanto resmungava e observou o mais baixo pelo canto do olho.

" – Tenho lá culpa que uses calças justas. Até parece que fazes de propósito!".

Para sua surpresa, o moreno rasgou um sorriso de malícia.

" – Talvez até faça".

E voltou a virar-se novamente e a cantarolar para fazer os novos pedidos, como se fosse a coisa mais normal do mundo. O alto demorou um pouco a recompor-se com a frase, imitando o sorriso do outro e pronto para entregar o pedido da senhora Roberts.

COLOURS △ BillDip [Wattys2017]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora