Capítulo 7

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"- Gostei desse seu lance grunge, as meninas não costumam vir aqui assim.

- Fui coagida a vir aqui, não se esqueça. Não me passou pela cabeça impressionar você. – Emma diz, irritada por seu plano ter falhado.

- Ah, verdade. – Regina sorri. – Enfim, vamos?

Emma acompanha a morena até a garagem do prédio, onde elas se dirigem até uma Ferrari preta.

- Uau! – Emma murmura sem perceber."

Beep!

O som do alarme e as luzes do carro fizeram Emma despertar de seu pequeno transe.

- Com licença. – Regina deu a volta e abriu a porta para a loira, que estreitou os olhos para a morena, mas entrou de bom grado.

Regina estava vestindo uma calça Jeans escura modelo Skinny, uma blusa branca comprida, que se acentuava perfeitamente ao seu corpo sarado com um blazer preto boyfriend de manga 3/4 e nos pés um par de scarpins louboutin também pretos. Ao entrar no carro tirou os saltos e depositou-os atrás do banco de Emma, logo depois encostou a mão numa perna da loira:

- Com licença, beija-flor. Pode abrir o porta-luvas pra eu ver se meus documentos estão aí?

Uma corrente elétrica percorreu o corpo das duas no momento do toque.

- Cla-claro! – Emma gaguejou e abriu o porta-luvas, entregando o documento para Regina.

- Obrigada.

As duas saíram da garagem subterrânea e seguiram por algumas quadras em silêncio, até que Emma não se conteve.

- É assim que você conquista suas vítimas? Sendo sempre tão gentil, "cavalheira" e as levando pra dar passeio de Ferrari? – Emma fez aspas com as mãos.

- Na verdade não. Nenhuma garota anda nos meus carros a não ser minhas amigas, porque normalmente eu as mando direto lá pra casa. A gente pula essa parte do jantarzinho romântico, sabe? Eu só disponibilizo o voucher do táxi.

Regina abriu um sorriso largo, divertido e meio infantil, o que deixou Emma com raiva, na esperança de disfarçar sua inquietação. Ela não sabia como as garotas se sentiam quando estavam perto da morena, mas já tinha visto como se comportavam. Emma estava vivenciando algo mais parecido com uma sensação de náusea e desorientação, em vez de paixonite mesclada com risadinhas tolas, e, quanto mais Regina sorria, mais perturbada ela ficava.

Regina virou uma esquina entrando em uma avenida e em cerca de 50 segundos elas pararam na frente do restaurante. Regina desceu na frente, entregando a chave ao manobrista, enquanto a loira saltou do carro bufando.

- Você é louca?

Regina deu uma risadinha enquanto dava a volta no carro.

- Eu fui no limite da velocidade.

- Claro, se estivéssemos em uma estrada da Alemanha! - Emma diz desfazendo o coque e arrumando alguns fios que estavam soltos.

Regina observou Emma tirando o cabelo do rosto e depois foi andando até a porta, mantendo-a aberta.

- Eu nunca faria nada que te colocasse em perigo, flor.

Emma passou por ela pisando duro e entrou no restaurante. Sua cabeça não estava muito em sincronia com seus pés. Algumas pessoas cochichavam quando Regina passava seguida por Emma; a morena escolheu uma mesa num canto longe do barulho de conversas.

- Oi Regina. – Uma garçonete se aproximou.

- Boa noite, linda. – Regina deu um sorriso cordial.

Beautiful DisasterWhere stories live. Discover now