CAPÍTULO XXVII

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GABRIELA SAHANI

Eu fiquei cega quando vi a Cindy ser atingida. E depois quando aquele cara veio tentando se passar por um idiota mediador, eu não pensei duas vezes, meu punho fechado voou sim para o nariz dele. Eu estava acostumada a bater forte, meus irmãos e eu, nós sempre fizemos questão de aprender certos tipos de coisas, autodefesa, que também serve para o ataque.

Claro que eu me surpreendi quando ele caiu, não esperava que fosse acontecer algo assim, mas, pior que ver o nariz quebrado dele sangrando foi ver a face horrorizada da Cindy.

– Vamos embora, Gabriela! Vem...

– Cindy... – chamo.

– Você vem ou vou sozinha?

Cindy olha pra mim com raiva e depois dessa pergunta é claro que eu prefiro ir com a minha mulher, não ousaria desafiá-la. Ainda mais agora que estamos começando um relacionamento, eu tento seguir seus paços até que ela se vira.

– Me dê essas chaves! – estende a sua mão pequena, batendo o seu pé.

– Mas, não mesmo! – saio de sua frente.

– Por quê? – diz, entrando no carro. – Olha só o seu estado, Gabriela! – Cindy procura por algo no carro e encontra uma colcha e algumas no banco de trás. – Pra que essas coisas?

– Saberá quando me disser se está com raiva de mim. – pega um pano e passa-o sobre o canto da minha boca. Devo ter mordido.

– Raiva? Porque eu teria raiva de você?

– Ela bateu em você! – digo, com raiva.

– Ela também bateu em você. E você bateu em alguém. Não resolveu nada, nada mesmo! Então, vamos colocar uma pedra por sobre essa noite. – diz, parando de limpar e sinto seu corpo relaxar com sua mão ainda perto do meu rosto. Seguro sua mão entre as minhas, tirando o pano dela. – Por favor!

– Ainda não, pequena Cindy! Eu estava planejando lhe mostrar algo hoje, vamos esquecer o começo da noite. Mas, o resto dela será inesquecível.

– É uma promessa?

– Sim! – a porra é que quando ela riu, foi como se a noite virasse dia. Como ir pra casa de novo! – Entra no carro.

Quando me sentei do lado do motorista, vi-a sentada ao lado com um dos pés sobre o banco e a perna dobrada, o vestidinho indo para bem acima da coxa me fazia ter ideias nada puras.

– Se sofrermos um acidente, não foi a bebida. – digo e ela fica vermelha quando olha para seu colo.

Eu ri, mas, enquanto dirigia pelo asfalto para longe da cidade, nos trechos mais limpos, minhas mãos não saiam da sua coxa e, volte e meia, estavam perigosamente perto de algo que eu desejava muito.

Apenas eu sei quantas vezes eu me contive para não tocá-la. Mas, eu prometi esperar por ela, então, pesarosamente, eu esperaria.

– Então, para onde vamos? – pergunta, desligando o ar e abrindo a janela. – E mantenha essas suas mãos quietas. – coloca a sua mão sobre a minha tirando do local em que eu estava quase chegando.

– Não tenho culpa se elas teem vontade próprias. – volto a por a minha mão próxima ao local.

– Gabriela! – repreende batendo em minha mão, mas eu percebo o momento em que ela abriu um pouco mais as suas pernas.

– Sim, meu amor. – aproximo só mais um pouco para que ela possa entender que eu a desejo.

– Você... – faço-a calar quando encosto meu dedo em sua calcinha.

Além do horizonte - Romance Lésbico (Completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora