CAPÍTULO XXX

5.9K 405 32
                                    

 "A arquitetura começa quando você junta dois tijolos com cuidado. Aí ela começa."  

Ludwig Mies Van Der Rohe

CINDY SIMMONS

– Me larga! – tento me soltar dos braços dele.

– Te largar? – ele gargalha, me arrastando. – Não mesmo, Cindy. – pela forma que ele me pega eu grito de dor por causa do meu ferimento.

– Jason! – tento arranjar alguma força, mas, me sinto fraca.

– Calem a boca dessa cadela! – sou jogada dentro de uma van.

Tento me levantar, porém fraquejo, meus braços falham até que sinto alguns braços me erguer.

– O que faremos com ela, Rihan? – ouço um deles falando para o outro.

– Deixa eu dar uma olhada nela! – meu corpo estremece ao sentir seu toque.

– Me soltem! – começo a me debater. – Seus filhos da puta, espero que vocês morram.

– Primeiro vamos brincar um pouco com ela, depois vamos levar a vadia para o chefe! – sinto nojo pela forma que falam. Mas, mais raiva ainda por não saber onde a Gabriela está.

– O que fizeram com ela?

– A outra viada? Apodrecendo na floresta.

– Mentira. Gabriela? Gabriela? – chamo, irritada, então sinto-os apertando meus braços, me mexo tentando me soltar, então, eu vejo seus olhos!

– Ei, foi apenas um delírio. Estou aqui. – sorrio.

– Pra onde você ia?

– Pensei em ir procurar ajuda. – seguro forte sua mão, pedindo que não me deixe sozinha. – Tudo bem, eu ficarei aqui com você. – tento me levantar um pouco. – Nada disso!

– Estou cansada de ficar deitada. – continuo me mexendo.

– Certo! – Gabriela senta e assim me puxa. – Pode ficar assim, mas, evite fazer algum esforço. – me aconchego em seu corpo enquanto olho pra fogueira. – Pelo menos a senhorita não está com febre. – sorrio, e aperto o seus braços por cima de mim.

– Qual a probabilidade de passarmos a noite aqui? – pergunto ouvindo o seu estômago roncar.

– Muita, meu amor! – ela afaga meus cabelos.

– Gabriela! – me lembro de que pus duas barrinhas na parte de trás da mochila. –Coloquei duas barrinhas na parte de trás da mochila.

– Não estou com fome, meu amor. – seu estômago avisa que sim.

– Está mentindo, aposto que nem procurou pelas barrinhas. – faço-a pegar a mochila.

– Pega! Coma, princesa. – Ela coloca um pedaço em minha boca, seu estômago ronca sob mim. – Pegue mais um pedaço.

– Você está comendo?

– Estou, amor. – fico aliviada. Sorrio sentindo sua mão acariciando meu corpo.

– Acha mesmo que não nos acharão? – pergunto, preocupada.

– Eles não vão achar, meu bem. Mas não podemos ficar pra sempre. Você ainda está com febre.

Toca minha testa para comprovar.

– Relaxa, Gabriela.

– Nada disso. Toma. – coloca um comprimido em minha boca e depois um pouco de água. – Vou deixar esse pedaço pra você comer mais tarde.

Além do horizonte - Romance Lésbico (Completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora