A Grande Maçã (Romance gay)

Esquecendo de tudo

Havia se passado mais uma semana e eu ainda não tinha recebido a ligação. Eu acordei naquela manhã de sábado um pouco cansado e decepcionado já que aquela era a última semana para o resultado da prova.

Era domingo e meu irmão Charles tinha convidado minha mãe e tio Jeff para um almoço na casa dele e deixou bem claro que eu não era bem vindo. Eu mesmo iria fazer meu almoço naquele meu domingo solitário aonde as minhas únicas companhias eram Homer no computador e a lembrança de Warren em meu pensamento. Eu tinha realmente ficado tocado pelo que tinha acontecido na semana anterior.

Eu ainda não tinha criado coragem para ligar para ele e guardava o número para quando isso acontecesse.

Eu esta sozinho em casa, pois minha mãe já tinha ido para a casa do Charles por volta dás 10:00, eu coloquei uma música no aparelho de DVD e coloquei meu notebook em cima da mesa da cozinha.

- bom dia – digitei para Homer.

- bom dia – digitou Homer – tudo bem?

- melhor agora que estou falando com você.

- como assim? – digitou Homer.

Eu achei estranho o que ele tinha digitado.

- meu nome é Nick eu sou namorado do Homer, eu só quero te dizer para ficar longe dele, eu não quero que você converse mais com ele, você está interferindo em nossa relação.

- você está enganado – digitei – nós somos apenas amigos.

- isso é o que Homer me diz, mas eu não acredito nele e muito menos em você, espero que atenda meu pedido, pois eu estou falando com muita educação.

- tudo bem – digitei me desconectando.

Eu tinha realmente ficado chateado com o que tinha acontecido afinal eu gostava muito do Homer e não tinha segundas intenções.

Como eu não tinha mais o que fazer e ainda era cedo para o almoço eu decidi fazer um segundo lanche e peguei uma fruta e me deitei no sofá apreciando a música que tocava. Depois de uns 20 minutos eu ouvi alguém batendo na porta. Eu me levantei e fui ver quem era

- bom dia – falou meu tio Jeff quando abri a porta.

- bom dia – falei saindo da frente da porta para ele entrar. – você não devia estar na casa do Charles?

- sim, mas sua mãe me contou o que seu irmão fez com você.

Eu fechei a porta e ele foi até a cozinha e pegou um copo de água.

- você não precisava ter vindo – falei me sentando a mesa junto com ele.

- eu vim te ver, só vou voltar lá daqui umas duas horas.

- porque? – perguntei.

- digamos que seu irmão convidou gente que pensa como ele e estão debatendo sobre você.

- com é que é?

- coitada da sua mãe, ter que ficar ouvindo um monte de gente defecar pela boca.

- não acredito que ele está fazendo isso. E a Michele?

- ela não fica perto dele.

- coitada dela, ter casado com meu irmão. – falei me levantando – eu vou lá. – eu fui andando até a porta e antes que eu colocasse a mão na maçaneta meu tio me segurou colocando a mão no meu ombro.

- você não pode fazer isso Fry, não ligue para o que ele fala.

- minha mãe não é obrigada a ficar ouvindo meu irmão dizendo um monte de bobagens sobre mim e ter que aguentar calada.