O resultado

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Havia se passado as três semanas e eu ainda não tinha recebido a ligação. Eu estava muito nervoso aqueles dias eu nem estava atendendo como garoto de programa. Cada vez que meu celular tocava meu coração disparava imaginando se era a ligação que mudaria minha vida, mas toda vez era um tarado querendo sexo.

Eu sentia falta de Homer, fazia exatamente 7 dias eu não falava com ele. Eu queria era me conectar e falar com ele de qualquer jeito, mas eu me sentia culpado por estar interferindo na relação dele. Ele gostava do Nick e se Nick não queria ele falando comigo eu não iria atrapalhar os dois.

Sexta-feira era o último dia para as ligações com os resultados e até o momento eu não tinha recebido. Eu tinha pedido folga para aquele dia para ficar esperando a ligação.

- fica calmo – falou minha mãe durante o almoço – você vai receber a ligação?

- mas hoje é o último dia! Quais as possibilidades?

- todas – falou ela – a esperança é a última que morre filho.

- espero que a senhora esteja certa ou eu vou me sentir muito decepcionado e arrasado só de pensar em todo o tempo que eu perdi estudando e tudo.

- nenhum estudo é em vão. – falou ela.

- o pior vai ser ver meus sonhos destruídos.

Depois do almoço eu me deitei na cama e fiquei olhando o celular sem piscar esperando ele tocar. Eu comecei a me sentir cansado e fraco e comecei a cochilar e soltei o celular em cima do meu peito e dormi. De repente eu acordei assustado com meu celular vibrando e tocando alto.

Eu peguei ele e ví o número desconhecido. Quem seria?

- Quem será? – perguntei para mim mesmo antes de atender.

- alô – falei.

- boa tarde – falou a voz masculina. – você é Fry?

- sou sim – respondi.

- quanto é o seu programa? – perguntou a voz.

Eu me senti um pouco decepcionado, mas antes de dizer um não bem grande para aquele homem eu pensei em algo: ficar deitado lá encarando o celular realmente me ajudaria? Eu tinha que ocupar minha mente com outras coisas.

- US$ 150,00 – falei.

- ok – respondeu ele.

- você vai querer marcar algo? –perguntei.

- sim, de preferencia agora mesmo.

- eu preciso de pelo menos uma hora.

- poxa cara eu precisava agora mesmo, não dava pra agilizar? Eu posso te buscar aonde você estiver.

- tudo bem. – respondi passando o endereço da última rua do meu bairro que ficava bem longe da minha casa. – pode vir que eu vou estar te esperando lá.

- daqui 15 minutos eu estou aí. – falou ele desligando o telefone.

Eu tomei um banho bem rápido e avisei minha mãe que eu iria sair.

Eu fui andando até o local e assim que ví um carro parado meu celular tocou.

- eu estou vendo o carro.

- tudo bem – falou ele.

Eu cheguei no carro e entrei.

- boa tarde – falou ele apertando minha mão.

- boa tarde – falei sorrindo para ele – você se chama?

- Patrick – falou ele.

- você já sabe aonde vamos Patrick?

A Grande Maçã  (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora