O reencontro

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Três semanas se passaram e a medida que se passava a faculdade mais difícil ficava, ela começava a me tomar mais e mais tempo. Eu ligava para casa todos os dias no começo e agora eu ligava apenas 2 vezes por semana e conversava com minha mãe e as vezes com meu tio e meu irmão Charles.

Agora que eu tinha um namorado tive que incluir ele nos meus planos. Warren e eu nos encontrávamos todas ás terças e quintas no meio de semana. Sábado eu dormia na casa dele a não ser que eu tivesse algum trabalho para fazer.

Era terça-feira e eu estava sentado no restaurante esperando por Warren, pois nós iriamos almoçar juntos. Logo eu ví ele atravessando a rua e vindo em minha direção.

Eu me levantei e assim que ele chegou seu um selinho na minha boca.

- boa tarde – falou ele.

- boa tarde. – falei me sentando – senti sua falta.

- também – falou ele. – desculpe pela demora eu estava resolvendo algumas coisas no trabalho.

- sem problemas. – o importante é que você veio – falei abrindo a mão em cima da mesa e esticando o braço para segurar a mão dele e Warren colocou a mão junto a minha.

- você já fez o pedido? – perguntou Warren.

- não – falei pegando o cardápio.

Depois que comemos nós conversamos um pouco e logo nos levantamos. Nós estávamos atravessando a rua quando ele acendeu um cigarro.

- o que você vai fazer hoje?

- alguns trabalhos.

- porque você não vem até meu trabalho agora? Eu te apresento para o pessoal e depois te deixo em casa.

- não precisa – falei.

- o que foi? Não quer conhecer meus amigos?

- quero sim, mas é que tenho um enorme trabalho para fazer hoje. Fique pra próxima ocasião.

- tudo bem – falou ele um pouco decepcionado.

- semana que vem, terça que vem eu prometo que vou até seu trabalho ai você me apresenta todo mundo.

- combinado – falou ele com um sorriso novamente no rosto.

Logo que cheguei no meu flat eu comecei a fazer o trabalho, uma pesquisa. A hora passou rápido e logo fui surpreendido com alguém tocando a campainha.

- quem é? – falei me levantando e indo até a porta.

- sou eu, Homer – falou a voz.

Eu abri a porta.

- Ho-Homer? O que está fazendo aquí.

- eu queria muito conversar com você, eu não acho que deixamos as coisas esclarecidas.

- por favor, você não devia ter vindo.

- me ouve – falou ele.

- eu estou muito ocupado fazendo um trabalho de faculdade.

- eu vim até aquí.

Eu respirei fundo.

- vamos fazer assim, amanha nós nos encontramos no restaurante.

- naquele mesmo?

- não, o que fica no fim dessa rua, nada de almoço, apenas uma conversa, só não converso com você hoje porque estou realmente atrasado com esse trabalho.

- tudo bem – falou ele.

- amanhã ás 13:00 você me encontra lá e a gente conversa.

- combinado – falou ele com um meio sorriso no rosto e logo que ele se foi eu fechei a porta e meio atordoado voltei a fazer o trabalho. Agora que eu tinha encontrado alguém que eu gostava muito e quem sabe um dia amaria Homer aparece.

Eu não posso negar que tive sentimentos por Homer, mas eles estava desaparecendo, mas parece que essa breve visita me fez sentir algo outra vez. Por isso foi fácil esquecer o amor e minha paixão por Phil, eu nunca mais o ví, mas se Homer ficar aparecendo eu nunca vou esquecê-lo.

No dia seguinte compareci no restaurante na hora marcada e ás 13:00 Homer apareceu.

- olá – falou ele se sentando a mesa comigo.

- olá – respondi – o que você queria tanto falar comigo.

- acho que eu devo desculpas para você – falou Homer. – não devia ter feito o que eu fiz, não devíamos ter transado – falou ele.

- não precisa pedir desculpas pra mim eu é que peço desculpas por interferir no seu casamento.

- eu só queria dizer que não quero perder sua amizade.

- não posso fazer isso – falei.

- o que? – perguntou ele.

- sabe aquela ceda no elevador? Sabe todo aquele drama? Foi uma tentativa frustrada de disfarçar meus sentimentos por você.

- você se apaixonou por mim? – perguntou ele.

- sim, você foi meu amigo e conselheiro por muito tempo, mas isso é coisa do passado eu já não sinto o mesmo.

- tem certeza? – perguntou ele.

- posso te perguntar uma coisa? – falei.

- pode – respondeu Homer.

- se eu disser que estou apaixonado e sou todo seu, você largaria seu namorado por mim?

- não sei – respondeu ele – ficaria em um conflito interno.

- está vendo? É por isso que não podemos ser amigos.

- entendo.

- vamos apenas esquecer isso ok? Não vamos esquecer nossa amizade ou o sexo que tivemos porque foi maravilhoso, mas vamos acabar aquí com essa história, vai ser melhor para nós dois especialmente agora que eu tenho um namorado.

- você tem um namorado? – perguntou Homer.

- sim.

- quem é?

- você não conhece.

- ele é ciumento? – perguntou Homer.

- qual namorado não é ciumento? Olha só o que Nick fez por ciúmes e ele não está errado ele estava apenas protegendo o homem dele.

- ok então – falou Homer se levantando – vamos nos despedir aquí – falou ele estendendo a mão.

- ok – falei estendendo a mão. – foi bom te conhecer Homer.

- também foi bom de conhecer Fry.

Nós nos despedimos e seguimos caminhos diferentes destinados a não se encontrar nunca mais.

Continua.....

A Grande Maçã  (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora