O plano

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Minha mãe tinha ficado muito feliz por eu ter conseguido a bolsa em Nova York e ela tinha ficado feliz por saber que meu tio iria morar com ela para que eu pudesse realizar meu sonho sem me preocupar com ela.

Era terça-feira de manhã e eu estava nervoso para aquela noite. Meu tio disse que tinha convidado meu irmão e eu para uma conversa naquela noite.

Por volta dás 14:00 horas eu liguei para meu tio.

- olá – falei.

- olá, preparado para hoje à noite? – perguntou ele.

- eu estava ligando exatamente para sabe se ainda está de pé.

- está sim, eu já convidei seu irmão e ele vai vir aquí ás 19h00min.

- ele sabe que eu vou?

- não – falou meu tio.

- tudo bem então.

- não se preocupe depois da conversa de hoje ele nunca mais vai falar sobre você.

- ok, ás 19h00min eu chego aí.

Eu saí de casa ás 18h00min e avisei minha mãe que iria para a casa do meu tio.

- manda um abraço para ele – falou minha mãe se despedindo.

- tudo bem – falei me despedindo – se sentir alguma coisa é só ligar pra mim ou para a emergência eles estão gravados no número de emergência.

Eu saí pela porta e peguei o ônibus em direção a casas do meu tio. No caminho eu fiquei pensando no que eu diria para meu irmão, eu queria mudar a opinião dele, ele tinha que mudar sua forma de pensar.

Eu cheguei na porta da casa do meu tio ás 19:24 e toquei a campainha da casa dele.

- olá – falou ele abrindo o portão.

- demorei um pouquinho. – falei entrando.

- não tem problemas, foi melhor você ter demorado mesmo um pouquinho.

- meu irmão já chegou?

- sim, por volta dás 17:50.

-nossa, ele chegou cedo – falei sentindo uma ponta de nervosismo – ele sabe que eu venho?

- sabe.

Nós fomos entrando na casa e ele fechou a porta.

- aonde ele está?

- lá em cima – falou meu tio Jeff.

Nós subimos ás escadas e entramos no quarto dele. Quando eu entrei eu levei um susto, meu irmão estava deitado na cama com as mãos para trás amarradas na cabeceira e as pernas amarradas nos pés da cama.

- tio o que é isso? – perguntei assustado.

- eu coloquei um sonífero na bebida do seu irmão.

- pra que?

- sabe o que eu penso de pessoas preconceituosas como o seu irmão?

- o que?

- que são pessoas que não se aceitam.

- você acha que meu irmão é gay?

- acho sim e nós vamos ter a noite toda para provar.

- como assim? A gente vai torturar ele até que confesse?

- o que você acha? – perguntou meu tio.

Eu pensei por alguns segundos e finalmente minha ficha caiu.

A Grande Maçã  (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora