Capítulo 32

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MATT ON

Uma onda de decepção, raiva, e por incrível que pareça alívio, tomaram conta de mim naquela hora, todas de uma vez só, decepção por minha própria mãe saber e participar de tudo, por saber que ela nem em um segundo se quer pensou em mim, seu próprio filho, sem pensar nos meus sentimentos, na minha vida, nas minhas escolhas, no meu sofrimento, como ela foi capaz de fazer isso comigo!?
Eu sinto raiva das duas a vontade que eu tenho é de nunca mais vê-las por toda a minha vida e alívio por saber que eu não cometi o maior erro da minha vida, quer dizer, criança é uma coisa boa, é esperança é felicidade é capaz de trazer alegrias e risos apenas com uma palavra, mas de que me adiantaria ter isso tudo se não fosse com quem eu realmente amo...

- Sua tonta! É realmente uma burra! - minha mãe fala enquanto a Natália se levanta aos prantos.

- Matt... - a Natália me olha e vem se aproximando mas eu a impeço.

- Nem mais um passo ou uma palavra se quer, apenas saia daqui agora! - eu aponto para a porta.

- Vocês vão me pagar por toda essa humilhação! - ela pega sua chave do carro e sai em direção à rua.

- Ótimo agora fiquei sem carona! - minha mãe fala e me olha esperando alguma reação.

- Você pode pegar um táxi!

- Você vai me deixar ir sozinha pra casa Matt. - ela fala incrédula.

- Você chegou aqui sozinha então acho é capaz de refazer o caminho para casa. - eu quase a arrasto até a porta.

Ela sai e eu imediatamente pego o meu celular e ligo incansáveis vezes para Lia...

Onde ela pode estar?
Pra onde ela foi?
Será que ela está bem?
Está sozinha?
Perdida?

São incontáveis as perguntas sem respostas que rondam a minha mente, mas quando eu achei que tudo estava perdido e que não haveriam respostas ela atende, mas o estranho é que ao invés de eu ouvir a doce voz de Lia no telefone eu ouço a voz de um homem...

- Oi quem está falando?

- Sou o Matt, mas quem é você, cadê a Lia, não se atreva a por um dedo nela!

- Calma senhor, eu só quero ajudar, eu me chamo Antônio e acabo de achar essa moça no meio do asfalto com a cabeça sangrando e desacordada, o celular dela foi parar a uma distância pequena dela, eu vi que estava tocando e decidi atender para avisar a qualquer conhecido sobre o que aconteceu, o covarde que cometeu o acidente apenas a deixou ali no chão e fugiu.

Minha cabeça começou a girar, parecia que haviam caído toneladas sobre minhas costas e toda e qualquer expectativa de ouvir a voz de Lia se esvaia junto com a minha paz exatamente naquele momento.

- Senhor por favor me diga que é mentira, eu não posso acreditar no que eu estou ouvindo, onde você está que eu vou aí agora! - minha voz soava claramente como um desesperado pedido de ajuda.

- Ok, acalme-se eu chamei a ambulância e eles acabaram de chegar você tem que ir direto para o hospital Bernadeth.

- Ok!Obrigado! - desliguei o telefone.

Eu apenas peguei minha jaqueta e saí literalmente correndo até o carro. Acelerei o máximo possível e em alguns minutos eu estava no hospital, pelo visto cheguei junto com a ambulância que a carregava, eu vi os médicos, vi ela, com todas aquelas pessoas de branco ao redor dela, mexendo nela, algumas com seu sangue em suas roupas, ela tinha algumas agulhas nos braços, ela estava tomando soro, deduzi pela cor, o rosto dela estava sujo com sangue e sujeira do asfalto, o sangue escorria por sua testa e ia até as orelhas, sem contar os inúmeros cortes e arranhões nos braços, o nariz dela também sangrava e junto com ela sangra também meu coração, por não poder fazer nada, por estar de mãos atadas, por não ter ido atrás dela, se eu tivesse ido quem sabe isso tudo teria sido evitado, eu daria tudo, tudo mesmo para não ter que vê-la nesse estado, nesse momento as lágrimas já estão por todo o meu rosto, eu corro atrás daquela maca em que ela se encontra até alcançá-la...

- Oi por favor, alguém me dê alguma informação, eu sou o namorado dela, acabei de chegar aqui... - eu chamo atenção da médica que parece não oivir.

- Senhora por favor!

- Continuem ai com ela que eu já vou. - a médica que eu havia chamado se virou para mim me pegou pelo braço e me afastou da minha amada Lia e me levou para um canto mais calmo.

- Você não pode a abandonar...

- Se acalme, ela está na mão de ótimos médicos. - ela fala tirando suas luvas e as jogando no lixo.

- Por favor me diz que ela vai ficar bem!

- Não posso te dar certeza nenhuma, por enquanto não temos nem o diagnóstico direito....

- Por favor não a deixe morrer... - eu falo com muita dificuldade por conta das lágrimas.

- Eu prometo que vou fazer tudo que estiver ao meu alcance. - ela segura em meus ombros e fala olhando diretamente em meus olhos. - Agora tome uma água ou um café, algo que te faça ficar mais calmo, a sua namorada vai precisar de você com todas as forças e energias boas recarregadas, logo volto para te dar mais informações sobre ela.

Eu faço o que a médica sugeriu, tomo uma água e para acompanhar um medicamento calmante.
Eu liguei para os pais da Lia para os avisar sobre o acontecido e logo eles estavam ali também, eu os vi chegando de longe.

- Matt? - a mãe de Lia pergunta.

- Sim, que péssima maneira de nos conhecermos né, eu sinto muito. - falo cabisbaixo.

- Como ela está? - os dois perguntam quase que juntos.

- Eu ainda não sei de nada, a médica não deve demorar a vir para nos informar do quadro em que ela se encontra. - falo tentando os acalmar.

- Só nos resta esperar então. - o pai de Lia fala aflito.

Nós esperamos cerca de uns quarenta minutos pela médica.

- Matt, tenho notícias! - médica vem em nossa direção.

- Como ela está? - pergunto realmente esperançoso.

- Está estável agora, mas ela quebrou duas costelas, uma perna e teve graves cortes pelo corpo que precisaram de ponto, e também alguns mais superficiais, além disso ela está em coma temporário por conta da batida forte na cabeça, mas não se desesperem em cerca de uns três dias ela deve acordar.

Cada palavra que ela dizia parecia como um soco, um por um, atigindo meu estômago, me deixando enjoado, com vontade de vomitar, tirando minhas forças, fazendo doer mais do que eu achei ser possível humanamente.

- Obrigada. - a mãe de Lia fala cabisbaixa e com a voz embargada.

- Podemos vê-la? - pergunto.

- Infelizmente não, vocês só poderam vê-la amanhã. - ela fala se despede e sai.

Nós ficamos ali juntos torcendo para que tudo desse certo, infelizmente não podíamos fazer nada por enquanto, nem ao menos podíamos vê-la, só nos restou a irritante e demorada espera.

-----------------Capítulo novo gente, desculpem a demora eu passei por alguns problemas pessoais e ficou realmente difícil de escrever, mas já está tudo bem e prometo que os capítulo vão ser postados toda semana como antes!Bjos espero que entendam

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Capítulo novo gente, desculpem a demora eu passei por alguns problemas pessoais e ficou realmente difícil de escrever, mas já está tudo bem e prometo que os capítulo vão ser postados toda semana como antes!
Bjos espero que entendam.
Boa Leitura!
Bjos

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